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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Português - 12º Ano |
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Episódio de D. Sebastião em Os Lusíadas e em A Mensagem Autores: Vasco Mostez e Eduardo Pereira Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 31/07/2007 Resumo do Trabalho: Trabalho de comparação entre obras de Camões e de Fernando Pessoa relativamente ao Episódio dedicado a D. Sebastião, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Os Lusíadas vs. A Mensagem D. Sebastião (20 de Janeiro de 1554 — 4 de Agosto de 1578), foi o 16º Rei de Portugal, e o sétimo da Dinastia de Avis. Era neto do rei João III, tornou-se herdeiro do trono depois da morte do seu pai, o príncipe João de Portugal duas semanas antes do seu nascimento, e rei com apenas três anos, em 1557. Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também lembrado como O Encoberto ou O Adormecido, devido à lenda que se refere ao seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a Nação. Durante a sua menoridade, a regência foi assegurada primeiro pela sua avó Catarina da Áustria, princesa de Espanha, e depois pelo tio-avô, o Cardeal Henrique de Évora. Neste período Portugal continuou a sua expansão colonial em África e na Ásia, onde se adquiriu Macau em 1557 e Damão em 1559. O jovem rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, que passava muito tempo em jejuns e o resto em caçadas. D. Sebastião desenvolveu uma personalidade mimada e teimosa, dada a sua posição de rei, aliada à convicção de que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os Mouros do Norte de África. As lutas que entretanto se verificaram em Marrocos, como a defesa de Mazagão, levavam-no a pensar em futuras acções em África. Assim que obteve a maioridade, D. Sebastião começou a preparar a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. Filipe II de Espanha recusou participar naquilo que considerava uma loucura e adiou o casamento de D. Sebastião com uma das suas filhas para depois da campanha. O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e ignorando os conselhos dos seus generais, D. Sebastião rumou imediatamente para o interior. Na batalha de Alcácer-Quibir, os portugueses sofreram uma derrota humilhante às mãos do sultão Ahmed Mohammed de Fez e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a D. Sebastião, provavelmente morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Mas para o povo português de então o rei havia apenas desaparecido. Este desastre tem as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país. Ele tornou-se então numa lenda do grande patriota português – o "rei dormente" (ou um Messias) que iria regressar para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à do Rei Artur tem em Inglaterra. D. Sebastião foi um rapaz frágil, um resultado de casamentos entre a mesma família desde várias gerações. Por exemplo, ele só tinha quatro bisavós (em vez dos normais 8), e todos eles descendentes do Rei D. João I. Havia casos de demência na família (a sua bisavó foi a rainha Joana, a Louca, de Espanha). Em conclusão, a Dinastia de Avis, popular entre o povo após ter guiado Portugal à sua época de ouro, acabou por submergir na busca de um sonho: a União Peninsular. As mesmas complicações causadas pela procriação consanguínea causaram as mortes das crianças de D. João III e Catarina de Áustria e a loucura e desespero dos seus netos (Sebastião e Carlos), os últimos príncipes de Avis-Habsburgo.
Os Lusíadas
Canto I
Canto X
Análise interna Estrofe 6 Canto I O nascimento de D. Sebastião é a garantia da independência de Portugal e a esperança na expansão do cristianismo. Embora jovem já intimida os Mouros e está talhado para grandes feitos. Estrofe 18 Canto I Outros povos desejam ser governados por D. Sebastião, e ele, deve atrever-se em novas guerras em África, para que os versos cantados sejam a ele aplicados e para que se acostume a ser o Rei das terras conquistadas Estrofe 146 Canto X Camões aconselha D. Sebastião a olhar para os seus guerreiros que são excelentes, fazendo uma reflexão sobre o estado em que estava Portugal. Estrofe 155Canto X Camões incentiva D. Sebastião a continuar os ilustres feitos dos portugueses, já que tem inclinação para isso e porque os seus vassalos já estão habituados à guerra. Estrofe 156 Canto X Camões volta a incentivar D. Sebastião a voltar a África, para que possa cantar os seus novos feitos, desejando que tenha a mesma sorte que Alexandro, sem que este lhe tenha inveja.
Análise Externa Os Lusíadas estão divididos em dez cantos, cada um deles com um número variável de estrofes, que, no total, somam 1102. Essas estrofes são todas oitavas com dez sílaba métricas - decassílabo, obedecendo ao esquema rimático ABABABCC, rimas cruzadas nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos.
Divisão métrica
E\ vós\, ó \bem nas\ci\da\ se\gu\ran\ça
A Mensagem1ª Parte
III – As Quinas
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
2ª Parte XI. A Última Nau
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
3ª Parte
I – Os Símbolos
'Sperai! Caí no areal e na hora adversa
I – Os Símbolos
Onde quer que, entre sombras e dizeres,
III – Os Tempos
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Ninguém sabe que coisa quer.
É a Hora! Análise interna
As Quinas Quinta / D. Sebastião, Rei de Portugal Primeira / Segunda estrofe
Louco por querer mais, procurar para além da sorte.
XI. A Ultima Nau Primeira estrofe
A nau em que D. Sebastião foi para Alcácer-Quibir, viu-se pela
última vez, alto um pendão (bandeira, sinal), era o pendão do
Império material. Segunda estrofe
Desapareceu D. Sebastião e com ele o velho Império Material, em
que ilha misteriosa. Terceira estrofe Quanto mais a decadência toma conta de Portugal, mais se exalta pelos exemplos do passado, o seu nacionalismo mítico enche-o num plano que não é terrestre, mas infinito, no mar e vê o vulto de D. Sebastião, e que ele quer retornar. Quarta estrofe
Não sabe quando será a hora mas tem a certeza que vai acontecer,
mesmo que demore.
I – Os Símbolos Primeiro / D. Sebastião Primeira estrofe
D. Sebastião pede tempo. Depois cai no areal. Segunda estrofe
Fala na morte no areal de Marrocos.
Terceiro / O Desejado Primeira estrofe
Mesmo que a memória de D. Sebastião ande por entre sombras e
rumores, ela pode ser reavivada novamente pelo sonho. Segunda estrofe
Vem, cavaleiro nobre da nação, erguer de novo o país, agora em
altura de grande dificuldade, para renovar a alma dos
Portugueses. Terceira estrofe
Mestre da Paz, ergue a tua memória de guerreiro de Deus, o teu
direito divino, a tua verdade.
III – Os Tempos Quinto – Nevoeiro Primeira estrofe
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de conflito, podem
definir a verdade o presente é triste. Segunda estrofe
Os portugueses não sabem o que verdadeiramente querem, não
conhecem a sua alma. Terceira estrofe É o momento de surgir o Quinto Império, a Nova Vida.
Análise Externa Divisão métrica
Nin/guém/ sa/be/ que/ coi/sa /quer.
Métrica e Ritmo Tem sete versos (sétima), cada versos e composto por oito sílabas métricas (octossilábicos), esquema rimático: ABBCDDD com rima solta, emparelhada.
Recursos estilísticos
Os Lusíadas Invocação ex: “E vós, ó bem nascida segurança” Hipérbato ex: “A vista vossa tema o monte Atlante,”
Anáfora ex: “E vós, ó bem nascida segurança Sinédoque ex: “Da Lusitana antígua liberdade,” Antítese ex: “De aumento da pequena Cristandade;” Personificação ex: “Que são vistos de vós no mar irado,” Perífrase ex: “E vereis ir cortando o salso argento”
A Mensagem Pleonasmo ex: “mim minha certeza:” Hipérbole ex: “choros de ânsia” Personificação ex: “alma atlântica” Anáfora ex: “E entorna, ” “E em mim” Invocação ex ; “Demore-a Deus” Sinédoque ex: “Surges ao sol em mim, e a névoa finda:” Comparação ex; “Nem o que é mal nem o que é bem.” Hipérbato ex: ” Mas já no auge da suprema prova ”
Analise morfossintática
“ Ninguém sabe que coisa quer. “ Analise sintáctica Ninguém sabe – Oração subordinante que coisa quer – Oração subordinada integrante 1ª Oração Ninguém – sujeito indeterminado Sabe – predicado 2ª Oração Sujeito - subentendido que coisa quer. – Complemento Directo da oração subordinante quer - predicado
coisa - Complemento Directo Analise morfológica Ninguém – pronome indefenido sabe – forma do verbo Saber no presente do indicativo 3º pessoa do singular que – pronome relativo coisa – substantivo comum abstracto, feminino grau normal singular quer – forma do verbo Querer no presente do indicativo 3º pessoa do singular
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