|
Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Físico-Química - 11º Ano |
|
|
Síntese do Sulfato de Tetraminocobre (II) mono-hidratado Autores: Raquel Sofia Escola: Escola Secundária Forte da Casa Data de Publicação: 12/12/2007 Resumo do Trabalho: Relatório de trabalho experimental sobre a Síntese do Sulfato de Tetraminocobre (II) mono-hidratado, efectuado no âmbito da disciplina de Físico-Química (11º ano). Ver o Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer. |
|
Objectivo O objectivo desta actividade é a obtenção de um Sal Complexo (síntese de sulfato de cobre (II) monohidratado) mediante o uso da amónia como matéria-prima, assim como o aperfeiçoamento de algumas técnicas já aprendidas anteriormente. A experiência teve ainda como objectivo o respectivo cálculo do rendimento da reacção de síntese. Fundamento Teórico Uma reacção de síntese é uma reacção química em que dois ou mais reagentes dão origem a um só produto, contemplando a Lei de Conservação das Massas. Estas reacções são também conhecidas como reacções de composição. Neste tipo de reacção um único composto é obtido a partir de dois compostos, obedecendo a uma relação do tipo aA + bB → xX . Na presente actividade, ocorre uma reacção de síntese parcial, ou seja, os reagentes são substâncias elementares e compostas, ou apenas substâncias compostas. Exemplo: a Síntese do Sulfato de Tetraminocobre (II) mono-hidratado. Cu SO (aq) + 4 NH (aq) à [Cu(NH ] SO . H O (aq) Com base nas reacções de síntese executam-se sínteses de compostos orgânicos, obtendo a formação de sais. Se estes ao longo da reacção se combinarem com moléculas de água designam-se “ hidratados” . Relativamente a um Sal complexo, cujo é abordado nesta actividade temos que um Ião complexo pode definir-se como sendo um ião que contem um catião metálico central ligado a uma ou mais moléculas ou iões (ligandos). Os ligandos dispõem de pelo menos, um par de electrões de valência não partilhados. Os ligandos podem classificar-se em: Monodentados, Bidentados ou Polidentados, conforme o número de átomos dadores presentes na ligação. Associado aos ligandos, está o número de coordenação, isto é, o número de pares electrónicos aceites pelo átomo central. A ligação coordenada envolve pares de electrões não ligantes dos ligados. Um Sal Complexo é um composto constituído por um mais iões complexos e outros iões de carga eléctrica oposta. A um composto deste género atribui-se também o nome de composto de coordenação, estes compostos são electricamente neutros. Relativamente às propriedades dos sais destacam-se algumas propriedades como a eflorescência de sais hidratados que consiste na libertação de moléculas de água por exposição ao ar e a deliquescência que se verifica quando os sais absorvem a humidade do ar dissolvendo-se nela, ou seja, estes absorvem tanta humidade que ficam “molhados”. Os sais complexos são caracterizados pelas suas cores vivas, essas mesmas cores, dependem de alguns factores, tais como: Do número de electrões presentes nas orbitais d do ião metálico central, do arranjo dos ligandos à volta do ião central ( geometria do complexo ), pois isso afecta a separação das orbitais, da natureza do ligando , já que diferentes ligados têm diferentes efeitos nas energias relativas das orbitais e das transições entre orbitais. Para realizar a síntese de um sal, é necessário ter em conta as condições em que tal é feito, pois estas afectam significativamente o rendimento final. Rendimento é uma espécie de comparação entre a quantidade de produto obtida experimentalmente e a quantidade obtida teoricamente. Porém, o valor de rendimento não pode nunca exceder os 100%, pois a quantidade de produto obtida nunca é inferior à que deveríamos obter. Este facto deve-se principalmente à possível ocorrência de reacções paralelas, má atmosfera de trabalho e até mesmo a má condição do material. O valor de rendimento é calculado de acordo com a seguinte expressão:
Material - Almofariz com pilão (1) - Balança Semianalítica (1) - Gobelé (1) - Vareta (1) - Espátula (1) - Filtro Liso (1) - Proveta de 10ml (2) - Pipeta de 10ml (1) - Vidro de Relógio (1) - Caixa de Petri (1) - Funil de Buchner (1) - Gukos de Buchner (1) - Erlennmeyer (1) - Esguicho (1) - Luvas (1) - Macrocontrolado (1) Reagentes - Solução de Amoníaco - Sulfato de Cobre (II) - Álcool Etílico (Etanol) Nota: é de referir uns pequenos cuidados a ter com reagentes utilizados: . O álcool é facilmente inflamável. Deve manter-se o recipiente bem fechado e afastado de qualquer fonte de calor. . O Sulfato de Cobre(II) penta-hidratado é nocivo por ingestão. Deve evitar-se o contacto com a pele. . A amónia é irritante para os olhos, vias respiratórias e pele. Procedimento Experimental 1º Põem-se o vidro de relógio na balança e faz-se a respectiva tara. Com auxílio da espátula, coloca-se o sulfato de cobre (II) no vidro de relógio que está na balança. Pesa-se uma amostra de massa 4,79 (após o cálculo da massa) correspondente a 0,020 mol de sulfato de cobre (II) penta-hidratado. 2º Reduz-se a pó, num almofariz com auxilio do pilão, a quantidade de sal pesado. 3º Com a pipeta de 10ml e macrocontrolado, retira-se 8,0 cm da solução de amónia e dilui-se o sal com auxílio da vareta, após a junção de 5,0 cm de água num gobelé de 100ml. 4º Mede-se o álcool etílico (Etanol), numa proveta de 10 ml e adiciona-se no gobelé da solução, com a ajuda da vareta. 5º Após o passo anterior, coloca-se o vidro de relógio por sob o gobelé e deixa-se de repouso. 6º Recorta-se o papel de filtro à medida do Funil de Buchner, o mesmo funil contém o guko de Buchner. 7º Pesa-se o papel de filtro e coloca-se no funil de Buchner que está “apoiado” no erlennmayer. 8º Abre-se a torneira e com auxílio da vareta, coloca-se a solução preparada para se iniciar a separação entre os cristais e a fase líquida, esta última fica acumulada no erlennmayer, deixando os cristais no filtro. 9º De seguida, mede-se 8 ml de amoníaco numa proveta e coloca-se no gobelé, lava-se o gobelé e põem-se o amoníaco sob os cristais que estão no papel de filtro. Repete-se este processo, mas com 5 ml de álcool etílico e seguidamente repete-se novamente o processo, mas com 5ml de amoníaco. 10º Prossegue-se a separação das duas fases, até constarem apenas os resíduos sólidos no filtro. Após este passo, retira-se o papel de filtro com os respectivos resíduos e coloca-se numa caixa de Petri. 11º Leva-se a caixa de Petri à estufa, onde fica durante mais ou menos 12 minutos com temperaturas variantes entre 75ºC e 93ºC, com o objectivo de secar os cristais. 12º Retira-se os cristais da estufa e consequentemente da caixa de Petri, pesa-se os cristais (com o papel de filtro). 13º Prossegue-se aos cálculos pedidos. Medições
* Sabe-se a massa do sulfato cobre (II), uma vez que foi calculado através do n.º de moles fornecido pelo protocolo (os cálculos completam o raciocínio). O mesmo se aplica para os cristais obtidos, o resultado está apresentado já sem a contabilização do peso do papel de filtro. Observações - Depois de se efectuar a pesagem do sulfato de cobre penta-hidratado, num vidro de relógio, e de se colocar este no gobelé, verificou-se que ficaram umas partículas no vidro de relógio assim como na transferencia do almofariz para o gobelé e também na vareta. - Quando se adiciona sulfato de cobre (II) penta-hidratado na solução de amoníaco (que é incolor) no, verifica-se que a solução tende para uma tonalidade de azul-escuro. - Teve de se manter a solução em repouso até à aula seguinte (após a realização dos 3 primeiros passos do procedimento). Depois do repouso a solução está ainda mais escura. - A temperatura a que estiveram submetidos os cristais após terem sido lavados e filtrados, na estufa foi importante para a cristalização (para a absorção da água adicionada). - Os cristais obtidos tinham a cor azul. Cálculos - Cálculo da massa de Sulfato de Cobre (II) Penta-Hidratado a pesar: n (CuSO4 . 5H2O) = 0,02 mol M (CuSO4 . 5H2O) = 63,55+32,06+(4x16)+10+(5x16) = 239,61 mol
x = 4,79 gramas de CuSO4 . 5H2O - Massa do papel de filtro m (papel de filtro) = 0,55 gramas Admite-se que o Reagente Limitante é Cu(NH ) 4 SO4 . H2O, uma vez que a reacção foi proposta com o intuito de o Cu(NH ) 4 SO4 . H2O se “gastar” todo, assim vai-se utilizar o seguinte valor para prosseguir os cálculos: M [Cu(NH)4SO4.H2O] = = 63,55+4x(14+3)+32.06+4x16+18 = 245,61 g/mol - Cálculo da quantidade de substancia dos cristais obtida (após retirados da estufa) massa obtida = 4,86 – 0,55 = 4,31 gramas
x= 0,017548 mol - Quantidade de substância prevista n[ Cu(NH )4 SO4. H2O] = 0,02 mol Isto verifica-se devido à equação:
- Cálculo do Rendimento da Reacção
n= 87,7% Conclusão e Crítica Como conclusão desta actividade verificamos que o objectivo foi cumprido, ou seja, o cálculo do rendimento foi efectuando, tendo sido de 87,7%, isto porque vários factores contribuíram para tal, ou seja, o rendimento nunca poderia ter sido 100%, uma vez que houve a perca de “uma parte da substância”, na transferência do vidro de relógio para o gobelé, uma outra perca na transferência da solução após o repouso, para a filtração e até mesmo os resíduos de água existentes após a saída dos cristais da estufa, foram condicionantes para que o rendimento da reacção não fosse 100%. Ainda assim, com o resultado do rendimento obtido, este nem sempre é muito fiável, porque além dos pontos referidos anteriormente, existem sempre arredondamentos nos cálculos e conclui-se então que houve a ocorrência de reacções laterais ou a presença de reagentes impuros. O álcool etílico não teve uma influência directa na reacção, atendo que também não figura na equação química global, este tem apenas a função de tornar mais solúvel a dita solução. Os cristais foram finalizados numa estufa a temperaturas da ordem dos 75ºC a 93ºC e obtiveram-se cristais que se observavam à vista desarmada, eram cristais relativamente “grandes”. Finaliza-se a aula prática com a obtenção de cristais azuis, relativamente “palpáveis”. A experiência decorreu com normalidade, não tendo existindo assim nenhum tipo de contratempo, não havendo assim nada mais a registar. Bibliografia
Outros Trabalhos Relacionados
|
|