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Trabalhos de Filosofia - 11º Ano

Novos Problemas da Ciência

Autores: João Mário Teixeira Salgueiro

Escola: Escola Secundária Dª Filipa de Lencastre

Data de Publicação: 12/06/2008

Resumo do Trabalho: Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia, tem como objectivo avaliar o progresso científico no que diz respeito à poluição atmosférica. Ver o Trabalho Completo

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Novos Problemas da Ciência - Poluição Atmosférica

Introdução

Este trabalho tem como objectivo avaliar o progresso científico no que diz respeito à poluição atmosférica. Esta tem, desde o início deste século, vindo a ser a principal preocupação ambiental.

Ir-se-á falar do desenvolvimento dos transportes, actualmente a principal fonte de poluição do planeta, das indústrias e sobretudo, das matérias de onde é retirada a energia necessária ao seu funcionamento: Os Combustíveis Fósseis.

Neste trabalho será também focada a quantidade de emissões de CO2 para a atmosfera e quais os responsáveis por estas.

Espera-se com este trabalho sensibilizar as pessoas para este novo problema que a ciência nos apresentou, de modo a que possa ser resolvido antes que seja tarde de mais.

Início do Desenvolvimento da Ciência

A ciência tem vindo a ser desenvolvida desde o século XVII, permitindo à humanidade alcançar progressos incríveis. As suas descobertas moldaram a sociedade dos dias de hoje, pois a tecnologia está embutida nas nossas vidas e já não passamos sem ela. Estas descobertas, permitiram-nos minorar o sofrimento humano, entre outras coisas. Mas nem tudo foi para o bem, muitas aplicações contribuíram também para aumentar a capacidade destrutiva dos aparelhos militares ou a degradação da vida na terra.

Neste trabalho vai ser focada sobretudo a poluição atmosférica, uma das principais causas da produção industrial em massa, e a maior preocupação ambiental deste século.

Tudo começou com a utilização de combustíveis fósseis no início do século XIX. Esta descoberta viria a mudar o mundo tal como era conhecido até então. Com a descoberta do carvão por volta de 1800 surgiram imensas tecnologias que o usavam como fonte de energia, principalmente a famosa locomotiva a vapor. Surgiu também na mesma época o Barco a Vapor. Com a descoberta da utilização do petróleo e sua subsequente exploração no início do século XX, criaram-se outros meios de transporte, entre eles aquele que todos nós usamos diariamente e do qual não prescindimos: o carro. Alimentado a gasolina, ou a gasóleo, ambos obtidos pela refinação do petróleo, este é o transporte que mais se multiplicou desde o famoso modelo T, de Henry Ford, e por isso o mais responsável pela emissão de CO2 para a atmosfera. Também inventados no século XX e também poluentes foram os aviões. Construídos pela primeira vez em série para combaterem na Segunda Guerra Mundial, estes são um meio de transporte rápido e um pouco mais poluente do que o carro normal, embora felizmente não existam em tão grande número. Para se ter uma ideia do grau de poluição de que se fala saiba-se que após os atentados de 11 de Setembro de 2001 os Estados Unidos suspenderam todos os voos em Nova York durante 3 dias, e que a temperatura nesses 3 dias foi 3ºC acima da média devido à transparência do ar.

Para que se compreenda bem o quão responsável nós somos pelo aumento da poluição atmosférica tem que se observar os nossos desenvolvimentos tecnológicos nos últimos 200 anos.

Observe-se o Gráfico à esquerda: este mostra que ao longo dos tempos tem havido variações da concentração de dióxido de carbono, mas que estas são cíclicas e coincidentes com os ciclos das idades do gelo. Até aqui tudo bem, o problema está no último ciclo, a concentração de CO2 aumentou, como era normal, mas nos últimos 200 anos em vez de descer como seria esperado continuou a aumentar a um ritmo alucinante, ficando assim a um nível nunca antes visto pelo planeta Terra.

Agora vamos retroceder 200 anos e ver que descoberta da ciência poderá ter causado o início desta anomalia. Com Revolução Industrial a utilização do carvão a partir de 1800, foi a principal causa do aumento das emissões de CO2 para a atmosfera terrestre. Vejamos ainda no gráfico das variações do dióxido de carbono após 1900, época em que se começa a utilizar o petróleo como principal fonte de energia tanto nas indústrias, como nos transportes. Observa-se ainda que nos últimos 50 anos, houve um aumento de emissões de CO2 coincidente com o incremento da utilização do petróleo e aumento também da utilização do carvão. Esta subida nas emissões a partir da década de 50 tem como responsável a industrialização em massa do desenvolvimento tecnológico. Acabada a segunda guerra mundial recomeçou o desenvolvimento das fábricas e a aceleração das suas produções com o objectivo de fazer avançar os países o mais rápido possível sem qualquer preocupação com o ambiente. No caso da URSS e dos Estados Unidos, este desinteresse pelo ambiente foi extremo, ambos na corrida ao armamento, aumentaram as suas produções de armas e expandiram a sua indústria sem qualquer preocupação com o que poderiam estar a fazer ao ambiente.

Mesmo quando foi assinado o Tratado de Quioto, com o fim de reduzir as emissões de poluentes para a atmosfera, o principal poluidor, os Estados Unidos, não ratificou.

Está então provado que os progressos científicos são responsáveis acontecimentos atmosféricos, mas será que podemos imputar as culpas inteiramente à ciência?

A ciência não criou a poluição, a ciência não é causadora da destruição do planeta Terra. A ciência não passa de uma ferramenta, muito poderosa, não haja dúvida, mas ainda assim apenas uma ferramenta.

Os verdadeiros causadores da poluição atmosférica somos nós, somos nós que estamos a causar o aquecimento global, o enfraquecimento da camada do ozono, as chuvas ácidas entre outros efeitos. A ciência apenas nos deu os meios necessários para destruir o planeta mas fomos nós que fizemos o trabalho sujo. A ciência tanto nos dá as ferramentas para destruir como para salvar este planeta, tudo depende das pessoas que as controlam, a ciência dá-nos apenas a tecnologia, como é utilizada depende unicamente de nós.

As grandes potências em vez de estarem sempre a pensar no que lhes dá mais lucro deveriam pensar no que é mais eticamente correcto.

A filosofia já se virou para os problemas mundiais, sobretudo para o problema da poluição. Hans Jonas até criou uma outra máxima que considera até mais importante do que as de Kant, uma máxima que abrange a preservação da natureza e denota preocupações com o futuro:

“Age sempre de tal maneira que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a preservação da vida humana genuína.”

Assim sendo apenas nos sobram duas hipóteses:

· Enterrar a cabeça na areia e fingir que está tudo bem.

· Dar tudo por tudo para conservar este planeta, pois é o único que temos e apesar de provavelmente ele ainda cá estar quando morrermos, pode já não estar na época dos nossos netos, a não ser que façamos algo para o impedir.

Uma vez mais vamos nos virar para a ciência em busca de uma solução para este problema, e como sempre esta já mostrou resultados, existem tantas alternativas…

Como energias renováveis temos a Eólica, a Solar, a Geotérmica, a Hidroeléctrica, a Bio massa, a das Ondas e a das Marés.

Para os transportes temos como alternativa imediata, os Híbridos, metade energia eléctrica metade gasolina, os Bio Diesel, os Eléctricos e os adaptados para funcionar a Óleo Vegetal. Mas para o futuro temos como opção o carro a Pilha de Hidrogénio.

Para a indústria, não seria nada de muito complicado, apenas tornar obrigatório a instalação de catalizadores (filtros) nas chaminés. E aplicar coimas pesadas às fábricas que desrespeitassem estas regras.

Sensibilizar as pessoas para a Regra dos 3R, reduzir, reutilizar e reciclar, algo muito importante nos dias de hoje.

E por último mas mais importante do que tudo o resto. Impor medidas contra a natalidade para reduzir a população mundial. Uma das principais causas de poluição é a sobrelotação do planeta.

Todas ou quase todas estas medidas têm inconvenientes para as grandes potências que têm interesses económicos no petróleo e no carvão, mas esses interesses terão de ser postos de lado.

Pela primeira vez em muitos séculos a Natureza terá que ser mais importante do que o DINHEIRO.

Conclusão

Podemos então retirar as seguintes ideias principais deste trabalho:

Actualmente os maiores poluidores são os transportes, seguidos das indústrias e das combustões domésticas.

A descoberta do Carvão no século XIX juntamente com a revolução industrial abriu as portas para um mundo onde reina a poluição.

O início da utilização do Petróleo no Século XX veio aumentar em grande escala o número de emissões de poluentes como o Dióxido de Carbono, o Monóxido de Carbono, O Dióxido de Enxofre entre outros, para a atmosfera.

Após a 2ª Guerra Mundial ouve um aumento enorme no desenvolvimento, as indústrias e as fabricas aumentaram exponencialmente e como tal a poluição atmosférica também subiu em flecha.

Tudo isto contribuiu para o Mundo que temos hoje, mas ainda há tempo para mudar, aliás muitas das máquinas que funcionam hoje em dia já estão a ser modificadas de modo a diminuir drasticamente as suas emissões de poluentes. Mas não basta meia dúzia de cientistas inventarem coisas novas e menos poluentes. Todos temos de contribuir com a nossa parte, temos de pensar Globalmente e agir Localmente. 

Bibliografia

· Gomes, Ana; Boto, Anabela. 2003. Fazer Geografia: Ambiente e Sociedade. Porto Editora.

· Gomes, Ana; Boto, Anabela. 2003. Fazer Geografia: Actividades Económicas. Porto Editora.

· Gomes, Ana; Boto, Anabela. 2003. Fazer Geografia: Contrastes de Desenvolvimento. Porto Editora.

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