ESTE RESUMO FOI-NOS ENVIADO PELA SARA. SE ÉS ESTUDANTE E TENS TRABALHOS COM BOAS CLASSIFICAÇÕES ENVIA-NOS (DE PREFERÊNCIA EM WORD) PARA O NOSSO MAIL notapositiva@sapo.pt POIS SÓ ASSIM O NOSSO SITE PODERÁ CRESCER.
Direrenças entre Senso-Comum, Ciência e Tecnologia |
“A palavra «moral» tem que ver etimologicamente com os costumes, pois é precisamente «costumes» que significa a palavra latina mores, e também com as ordens, mas a maior parte dos preceitos morais dizem qualquer coisa como «deves fazer isto» ou «não te lembres sequer de fazer aquilo». Todavia, há costumes e ordens – como já vimos – que podem ser maus, ou seja, «imorais», por muito ordenados e costumeiros que se nos apresentem. Se quisermos aprofundar deveras a moral, se quisermos aprender a sério como empregar bem a liberdade que temos (e nessa aprendizagem consiste justamente a «moral» ou «ética» de que estamos aqui a falar), o melhor será deixarmo-nos de ordens, costumes e caprichos. O primeiro aspecto que devemos deixar claro é que a ética de um homem livre nada tem a ver com os castigos ou os prémios distribuídos por qualquer autoridade que seja – autoridade humana ou divina, para o caso tanto faz. Aquele que se limita a fugir do castigo e a procurar a recompensa que outros dispensam, segundo normas por eles estabelecidas, não goza de condição melhor do que a de um pobre escravo. (...) Mas é aqui necessário um certo esclarecimento de termos. Embora eu use as palavras «moral» e «ética» como equivalentes, de um ponto de vista técnico (...) elas não significam o mesmo. «Moral» é o conjunto de condutas e normas que tu, eu e alguns dos que nos rodeiam costumemos aceitar como válidas; «ética» é a reflexão sobre o porquê de as considerarmos válidas, bem como a sua comparação com as outras «morais», assumidas por pessoas diferentes.” Savater, F., Ética para um Jovem, Ed. Presença, pag.46 |
Sara M.
N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006):
© 2006 - NotaPositiva | Todos os direitos reservados