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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de Química - 11º Ano

 

Neutralização: Uma Reacção Ácido-Base

Autores: Alexandra Faria

Escola: Escola Secundária Domingos Rebelo

Data de Publicação: 29/08/2011

Resumo do Trabalho: Relatório de actividade experimental cujo objectivo foi conhecer processos para neutralizar resíduos de ácidos/bases, realizado no âmbito da disciplina de Química (11º ano).

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Neutralização: Uma Reacção Ácido-Base

1.  Introdução:

No laboratório realizamos a actividade laboratorial AL3 – Neutralização: uma reacção ácido-base. Na sua realização tivemos como objectivos base: o reconhecimento do laboratório como um local de trabalho onde a segurança é fundamental na manipulação de todo o material, equipamento, ácidos e bases, pelo que ao longo desta actividade tivemos cuidados no manuseamentos dos reagentes, evitando o seu contacto directo com a pele e a inalação de gases provenientes destes; não devemos esquecer ainda o uso de óculos de protecção, bata e luvas.

Conhecer processos para neutralizar resíduos de ácidos/bases, o que nos permite pois responder à questão problema desta actividade: “Como minimizar os efeitos de uma queimadura com ácido sulfúrico?”. Deve ser-lhe adicionada uma base, pois esta neutraliza o efeito do ácido.

Previamente, tivemos a necessidade de saber o que é e como se realiza uma titulação; pelo que, uma titulação consiste num método de análise volumétrica para determinação da concentração de uma solução mediante a utilização de uma solução padrão de concentração rigorosamente conhecida (neste caso NaOH), contida numa bureta (o titulante), que se adiciona lentamente á solução em análise (o titulado: solução cuja concentração se pretende determinar.).

Numa titulação o pretendido é conhecer o ponto de equilíbrio, ou seja o ponto exacto em que termina a titulação - ponto de equivalência - mas na verdade o que se conhece é o ponto final, momento em que há variação de uma propriedade física ou química no titulado. A diferença entre o ponto de equivalência e o final chama-se erro de titulação. Neste caso, a alteração física observada na experiência feita, foi a da coloração (por mais de 30 segundos) da substância, devido á adição prévia de um indicador colorimétrico (fenolftaleína). Um indicador colorimétrico ácido-base é um par conjugado ácido-base, em que as formas ácidas e básicas são responsáveis por cores diferentes de soluções. Por isso, há que ter em conta, a correcta selecção dos indicadores em cada titulação, pois este deve mudar de cor bruscamente, e a sua zona de viragem tem de estar contida na zona de variação brusca de pH, embora seja preferível que a zona de viragem contenha o pH no ponto de equivalência (ver anexos).

Aprofundando agora as titulações ácido-base, a que se refere o trabalho realizado, tal como o próprio nome indica, nesta volumetria a reacção que ocorre é uma reacção ácido-base e a propriedade que varia ao longo da titulação, à medida que se adiciona titulante, é o pH do titulado. É, portanto, muito importante conhecer o tipo de variação do pH no decurso de uma titulação de ácido-base. Ao efectuar-se um gráfico de variação do pH em função do volume adicionado de titulante obtêm-se uma curva a que se chama curva de titulação.

Podemos considerar três tipos diferentes de titulações:

1 - Titulações envolvendo um ácido forte e uma base forte;

2 -  Titulações envolvendo um ácido fraco e uma base forte;

3 -  Titulações envolvendo um ácido forte e uma base fraca.

A titulação realizada envolveu um ácido forte e uma base forte. Quando temos uma reacção entre um ácido e uma base fortes, a ionização do ácido e a dissociação da base são ambas completas. A 25ºC e no ponto de equivalência a solução é neutra, pelo que o pH da solução é 7.

Outra das fases importantes nas titulações é a fase dos cálculos. O cálculo da concentração da solução a analisar faz-se partindo de um cálculo estequiométrico simples. Para tal, conhece-se a equação química que traduz a reacção ocorrida na titulação, e também o volume do titulante e o volume ou massa de titulado gasto na titulação. Aplica-se, então, a seguinte fórmula: CA x VA = CB x VB .

Respondendo à questão problema desta actividade: “Como minimizar os efeitos de uma queimadura com ácido sulfúrico?”, deve ser-lhe adicionada uma base, pois esta neutraliza o efeito do ácido.

2.  Material:

. 4 Balões Erlenmeyer;

. 1 Bureta de 50,00 mL;

. 1 Esguicho;

. 1 Funil para buretas;

. 1 Pipeta volumétrica de 20 mL;

. 1 Placa com agitador magnético;

. 1 Pompete ou pipetador automático;

. 1 Suporto Universal com garras;

. 1 Sensor de pH ou medidor de pH.

Reagentes:

. Solução de ácido forte (HCl), 0,050 mol.dm-3;

. Solução de base forte (NaOH), 0,10 mol.dm-3;

. Solução alcoólica de fenolftaleína e/ou indicador de metilo.

3.  Procedimento Experimental:

1ª Parte – Para a titulação

1. Medir rigorosamente, com uma pipeta, 3 tomas de 20,00cm3 para cada um dos três balões de Erlenmeyer. Perfazer com água destilada até à marca (500 mL) e homogeneizar com uma vareta.

2. Adicionar 3 gotas do indicador a cada balão..

3. Encher a bureta, depois de devidamente preparada, com solução-padrão de NaOH, de concentração rigorosa.

 

4. Registar o volume inicial de titulante na bureta, atendendo aos algarismos significativos.

5. Proceder á adição cuidadosa de titulante até ocorrer a viragem de cor do indicador, que permaneça por agitação durante 30s.

6. Registar o volume final de titulante na bureta, atendendo aos algarismos significativos.

7. Repetir o ensaio até obtenção de três volumes concordantes (ΔV= 0,10 cm3)

8. Lavar de imediato e abundantemente a bureta com água da torneira.

2ª Parte – Para o traçado da curva de titulação

1. Medir rigorosamente, com pipeta, 1 toma de 20,00cm3 para um balão de Erlenmeyer.

2. Encher a bureta, depois de devidamente preparada, com solução-padrão de NaOH de concentração rigorosa.

3. Registar o volume inicial de titulante na bureta, atendendo aos algarismos significativos.

4. Proceder á adição cuidadosa de pequenos incrementos de volume de titulante, registando o valor de pH após cada adição com agitação.

                 

5. Lavar de imediato e abundantemente a bureta com água da torneira.

4. Apresentação/Interpretação dos Resultados:

A concentração do titulante tem de ser rigorosamente conhecida, estando pois previamente preparada, não podendo assim ser preparada na escola, pois o material lá existente não permite a obtenção de uma solução precisa.

1ª Parte:

À medida que se ia adicionando, gota a gota, o titulante (NaOH), a cor inicial do titulado (HCl), ao qual foram previamente adicionadas 3 gotas de Fenolftaleína, ia alterando a sua cor, ganhando uma tonalidade carmim. Nas primeiras gotas, essa cor, no entanto, desaparecia, sendo que apenas se mantinha após algumas gotas de titulante.

O quadro seguinte refere-se aos valores do volume de titulante utilizado, para se atingir o ponto de equivalência da reacção.

Ensaio

Medição do volume de titulante

Vi (mL)

Vf (mL)

Volume efectivamente utilizado (ΔV – mL)

1

0

20,40

20,40

2

0

20,30

20,30

3

-

-

-

2ª Parte: 

pH

Vad. NaOH/mL

pH

Vad. NaOH/mL

1,62

0,00

3,50

19,90

1,79

5,60

3,67

20,00

1,98

10,00

3,97

20,10

2,09

12,00

4,30

20,20

2,22

14,00

5,09

20,25

2,39

16,00

6,25

20,30

2,52

17,00

9,37

20,35

2,60

1750

9,95

20,45

2,69

18,00

10,61

20,60

2,78

18,50

11,13

21,00

2,95

19,00

11,58

22,00

3,16

19,50

11,79

23,00

3,29

19,70

12,00

25,00

5.  Cálculos:

[NaOH] = 0,1 M

V= 25 mL

 

[HCl] = 0,05 M

V = 20 mL

Calcular o volume de NaOH

No ponto de equivalência:

nB = nA

como:  C=n/v  temos que:  [NaOH] x Vef.gasto = [HCl] x VHCl

 

0,1 X Vef.gasto = 0,05 X 20 Û Vef.gasto = 10 mL

Calcular a concentração inicial de HCl

Durante a titulação:

HCl(aq)         +       NaOH(aq)    à           H2O(l)        +        NaCl(aq)

1 mol

1 mol

 

 

nHCl = nNaOH

CHCl X VHCl = CNaOH X VNaOH Û Vef.gasto = 10 mL

CHCl X 20 = 0,1 X 10 Û CHCl = 0,05 M

Após a realização da experiência, e depois de feitos os cálculos, verificou-se que os volumes utilizados nos diferentes ensaios foram diferentes, embora se encontrassem dentro dos valores correctamente admissíveis. Estes valores representam aproximadamente o ponto de equivalência da reacção, que observamos a partir da mudança de cor do indicador adicionado ao titulado (Fenolftaleína) à medida que se foi adicionando o titulante (NaOH). Assim, a cor inicial da solução de HCl (titulado), foi substituída por uma cor carmim, cuja permanência nos acusa o ponto de equivalência.

O pH inicial da solução de HCl é baixo. À medida que adicionamos NaOH, o OH- reage com o ácido, e o pH começa a subir gradualmente. Perto do ponto de equivalência, a variação de pH com a adição de base é muito brusca e a curva de titulação torna-se praticamente vertical. Depois de todo o ácido ser consumido, a adição de mais base sobe o pH cada vez mais lentamente, até que o pH da solução seja semelhante ao da base.

Neste tipo de titulação (cuja reacção é completa), o ponto de equivalência é superior a 7, porque neste ponto a solução resultante da reacção entre titulante e titulado tem pH maior que 7, devido ao facto do sal formado (que está em solução aquosa) derivar do ácido fraco e da base forte. Foi também devido a isto que utilizamos a Fenoftaleína como indicador.

A reacção ocorrida pode ser representada pela seguinte equação química: HCl(aq)+NaOH(aq) à H2O(l)+NaCl(aq).

6.  Anexos: Indicadores ácido-base

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