|
Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Português - 12º Ano |
|
|
"Ela Canta, Pobre Ceifeira" Autores: Ana e Raquel Escola: Escola Lajes do Pico Data de Publicação: 31/10/2011 Resumo do Trabalho: Análise do poema "Ela Canta, Pobre Ceifeira" de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
|
|
“Ela Canta Pobre Ceifeira” Ela canta, pobre ceifeira Julgando-se feliz talvez; Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia De alegre e anónima viuvez,
Ondula como um canto de ave No ar limpo como um limiar, E há curvas no enredo suave Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece, Na sua voz à o campo e a lida, E canta como se tivesse Mais razões p'ra cantar que a vida.
Ah! canta, canta sem razão! O que em mim sente 'stá pensando. Derrama no meu coração A tua incerta voz ondeando!
Ah, poder ser tu, sendo eu! Ter a tua alegre inconsciência, E a consciência disso! Ó céu! Ó campo! Ó canção! A ciência
Pesa tanto e a vida é tão breve! Entrai por mim dentro! Tornai Minha alma a vossa sombra leve! Depois, levando-me, passai! Tema Desejo de ser inconsciente como a ceifeira , “Ah, poder ser tu, sendo eu!\Ter a tua alegre inconsciência,”
Estrutura Interna do poema Este poema divide-se em duas partes. Na primeira parte o sujeito lírico descreve a ceifeira e o seu canto. “Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia / De alegre e anónima viuvez”
Na segunda parte, o sujeito lírico exprime a sua emoção em relação ao canto da ceifeira. “O que em mim sente 'stá pensando” “ Ter a tua alegre inconsciência”
Estrutura Externa do poema
A Ceifeira e o seu canto
Ceifeira: . “pobre” e duma “anónima viuvez” . Julga-se “feliz” . Símbolo de harmonia, inconsciência e tranquilidade. . Canta . incerta voz . Alegre inconsciência “ E canta como se tivesse / Mais razões para cantar que a vida”.
O Canto: . Era suave, “ondula como um canto de ave”( a voz) . “Alegre” porque talvez ela se julgasse feliz, mas ela era “pobre” e a sua voz “cheia de anónima viuvez”. . Inconsciente -a ceifeira canta “como se tivesse… razões para cantar”. Não as tem. . Encanta e prende o poeta Desejos e estado de espírito do sujeito Poético . Deseja ser ela . Desejava a inconsciência da ceifeira por ser (para ela) a única causa da sua alegria. . O poeta é incapaz de permanecer ao nível das sensações, transforma-as de imediato em ideias Dor de pensar . O poeta sente a “dor de pensar” e deseja libertar-se dela . Dor de pensar é um factor que invade a mente do poeta e o impede de viver plenamente a vida, ou seja, a extensão dos seus sentimentos é constantemente diminuída pela vastidão do seu pensamento . “Pensa que a vida só vale a pena ser vivida quando vivida sem pensamento” . “Mais feliz é aquele que vive na ignorância” “Ah, poder ser tu, sendo eu! / Ter a tua alegre inconsciência, / E a consciência disso!”.
Outros Trabalhos Relacionados
|
|