I . Autor – Dados Biográficos Nome: Mafalda Ribeiro. Nascimento (local e data): Lisboa, no ano de 1983. Morte (local e data): Está viva. Outras Obras: Esta é a única. II . Elementos Paratextuais Capa: A capa desta obra possui o nome da autora –Mafalda Ribeiro-; o título da obra –Mafaldisses crónicas sobre rodas…- (“mafaldisses” vem do nome Mafalda –nome da autora- e significa coisas de uma Mafalda/ “crónicas sobre rodas…”, pois são crónicas de uma pessoa que anda de cadeira de rodas); uma imagem de uma cadeira de rodas, que está forrada com papel de jornal, visto que a autora anda numa cadeira de rodas e é apaixonada pelo jornalismo; e por baixo faz referência ao símbolo da editora e ao nome –papiroeditora-. Contracapa: A contracapa desta obra possui um resumo que cativa a leitura a qualquer leitor, pois tenta explicar o que vai encontrar ao ler o livro, mas sem desvendar todo o desencadear das crónicas –texto escrito pela autora-; Uma imagem desta, que também contém uma cadeira de rodas; para finalizar, contém também o código de barras. III . Obra Título: Mafaldisses crónicas sobre rodas... Assunto: Esta obra possui diversas crónicas feitas durante 52 semanas, por “uma Mafalda” que convive com Osteogénese Imperfeita (ossos de vidro) e se move numa cadeira de rodas ou ao colo de amigos, fazendo dos pés de outros, por vezes, os seus. Estas crónicas são críticas feitas à sociedade que, por vezes, não age como devia e outras vezes nos surpreende mostrando pessoas especiais, que se destacam umas pela positiva e outras pela negativa. Parte mais interessante. Entre tantas crónicas formidáveis é-me muito complicado decidir qual a mais interessante. No entanto, decidi escolher a crónica “Resistir ao Preconceito”. Em ‘todas as esquinas’ eu encontro um ídolo –uma pessoa que eu vejo como sendo um exemplo a seguir-, e entre a minha mãe, a minha prima, o jornalista Hernâni Carvalho, e outros, há mais duas pessoas que se denominam Mafalda Ribeiro e Paulo Azevedo. E é este rapaz que Mafalda trata no capítulo anteriormente referido. Um rapaz que nasceu sem braços, sem pernas e sem mãos, mas que faz tudo ou até mais, que uma pessoa, que não tem qualquer tipo de deficiência. E é por ambos nos darem ‘lições de vida’ que eu sou ‘fã’ deles! Parte menos interessante. Não encontro um aspecto negativo a não ser o facto de saber da existência de pessoas ignorantes, que encaram as pessoas com certas deficiências no seu exterior, como se fosse animais que não tivessem sentimentos. Como exemplo, posso referir a “cena do elevador” em que duas senhoras, falam para ela como se fosse um ‘insecto’ ou algo do género, visto que chegam mesmo a referir cara-a-cara com Mafalda que “Mais valia que Deus a tivesse levado!” ou que não tivesse sequer nascido. Personagem preferida. A personagem principal é a autora –Mafalda Ribeiro- que partilha (em crónica) as histórias que viveu. Esta é, sem dúvida, a minha personagem preferida, mas não me esqueço de todas as outras secundárias que são referidas com tanto carinho, que nos deixam a sentir o mesmo, mesmo sem as conhecer. O que nos acontece também e de forma mais intensa com Mafalda. Duas citações marcantes. “Continuo a perguntar porquê. Porquê a ele? Como talvez um dia tenha ele questionado relativamente a mim: «Porquê a ela»”, pois ela retrata o caso de um jovem da sua idade que era radical e de boa saúde, até ao dia em que teve um acidente de mota e ficou numa cadeira de rodas; “(…) Obrigada por ter de limpar os óculos e o aparelho auditivo todos os dias, mas conseguir ver e ouvir o que quero e até o que não quero”, pois este é um excerto de uma carta que ela mandaria ao Pai Natal. Enquanto todos pedimos, ela agradece tudo o que tem e o que não tem, pois tudo isso contribui para a felicidade dela, para ‘ela ser ela’. Comentário sobre a obra: Esta obra fez-me reflectir sobre o quão ignorante eu era antes de conhecer os casos de Paulo Azevedo e da autora da obra, visto que, no fundo, sentia ‘pena’ de quem possuía uma deficiência. Agora parece que me revolta o facto de alguém se considerar ou ser tratado como ‘coitadinho’, porque as diferenças exteriores não contam para nada mais que o visual, que a apresentação ao outro, porque encontrarmos muitas pessoas bonitas, mas é raro encontrarmos alguém com um carácter e com tanta personalidade como estes dois grandes exemplos. __________________________________ Outros Trabalhos Relacionados | Ainda não existem outros trabalhos relacionados | |