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Trabalhos de Português - 10º Ano

 

Leda Serenidade Deleitosa

Autores: Karen Mira

Escola: Escola Básica e Secundária de Ourém

Data de Publicação: 01/08/2011

Resumo do Trabalho: Análise do soneto: "Leda Serenidade Deleitosa", realizado no âmbito da disciplina de Português (10º ano). Ver Trabalho Completo

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Leda Serenidade Deleitosa

Análise do soneto: ‘’Leda serenidade deleitosa’’

Leda(1) serenidade deleitosa(2) ,
que representa em terra um paraíso;
entre rubis e perlas, doce riso,
debaixo de ouro e neve, cor de rosa;

presença moderada e graciosa,
onde ensinando estão despejo
(3) e siso(4)
que se pode por arte
(5) e por aviso(6) ,
como por natureza, ser fermosa;

fala de quem a morte e a vida pende,
rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
repouso nela alegre e comedido;

estas as armas são com que me rende
e me cativa Amor; mas não que possa
despojar-me da glória de rendido.

Luís de Camões

1 Leda: alegre. | 2 deleitosa: deliciosa; agradável. | 3 despejo: desenvoltura; naturalidade. | 4 siso: bom senso; juízo. | 5 arte: habilidade. | 6 aviso: discrição.

Tema: A figura feminina.

Assunto: O autor descreve a mulher física e psicologicamente como sendo perfeita, portadora apenas de qualidades. Este considera a mulher como ser superior divino de beleza incomparável. Camões expressa a sua opinião, claramente positiva sobre a figura feminina (confessa que nunca deixa de resistir aos seus encantos).

Estrutura Externa

Soneto (2 quadras, 2 tercetos) logo, 14 versos, sendo estes decassílabos;

Nas quadras, esquema rimático, abba, formando a rima emparelhada/interpolada;

Nos tercetos, esquema rimático, cde/cde.

Estrutura Interna

O poema é constituído por 4 momentos diferentes.

A 1ª quadra corresponde à apresentação do tema a desenvolver, a mulher. O autor descreve-a como sendo valiosa, alegre e serena, chegando mesmo a compará-la com um paraíso. Elogia ainda fisicamente, comentando o seu riso e a sua pele. Camões considera a sua amada perfeita.

Na 2ª quadra que corresponde ao desenvolvimento do tema, o autor dá continuidade à descrição da mulher, nunca deixando de recorrer aos elogios. Fala da sua graciosa presença, não deixando de frisar a naturalidade, o bom senso, a discrição e a formosura da figura feminina.

No 1º terceto (confirmação), Camões confirma tudo o que disse anteriormente, falando da Senhora, como ‘’rara’’ e ‘’suave’’, dizendo mesmo que a vida e a morte dependem dela. Resumindo, Camões seria capaz de morrer pela sua amada, pelo seu amor. Esta influencia-o de tal modo que a sua presença o deixa sossegado e calmo.

Finalmente, o soneto termina com uma chave de ouro que encerra o seu pensamento. É nos revelado o sentido do poema. Ao longo do soneto, o autor descreve algo pelo qual mostra muita admiração e também desejo. Para Camões, as armas que o cativam no amor são todas as características da mulher que falou anteriormente, daí considerar-se como rendido aos encantos da mulher. Só neste terceto entedemos a paixão de Camões, justificada pela figura bela da mulher. Esta paixão referida poderia ser pela Infanta D.Maria.

Figuras de estilo

Enumeração (adjectivos)

- ‘’Leda1 serenidade deleitosa ,’’ (v.1)

- ‘’entre rubis e perlas, doce riso,’’ (v.3)

Hipérbole

- ‘’que representa em terra um paraíso;’’ (v.2)

- ‘’fala de quem a morte e a vida pende,’’ (v.9)

Personificação

- ‘’doce riso,’’ (v.3)

Adjectivação

- ‘’Leda1 serenidade deleitosa ,’’ (v.1)

Dupla adjectivação

- ‘’presença moderada e graciosa,’’ (v.5)

Antítese (morte e vida)

- ‘’fala de quem a morte e a vida pende,’’ (v.9)

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