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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Português - 10º Ano |
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Luís Vaz de Camões Autores: Ana Alves, André Freire, Janice Mendonça, Leandra Nunes Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 08/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a vida e obra de Luís Vaz de Camões, realizado no âmbito da disciplina de Português (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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IntroduçãoLuís Vaz de Camões, poeta português mundialmente conhecido pela sua obra “Os Lusíadas”. Que contribuiu de grande forma para o enaltecimento da Língua Portuguesa. É considerado o maior poeta de todos os tempos e um ícone para a nossa língua. Além d´Os Lusíadas este poeta escreveu outras obras (por ordem cronológica de publicações): . Os Lusíadas [1572]: O poeta escreveu esta obra, de modo a enaltecer a grandeza do povo português, sendo que o título, significa: Os portugueses através dos movimentos renascentistas unidos nesta época sendo que Luís de Camões se baseou essencialmente no filosofo grego – Petrarca. . O Auto do Anfitriões [1587] . O Auto de Filodino [1587] Peças Teatrais
. O Auto de El-rei Seleuca
[1645]
Camões, A Vida e Obra
A Vida
A Obra
PoesiaConceito de poesia No dicionário: Conjunto de obras em verso, escritas numa determinada língua, ou próprias de uma determinada época, de uma corrente literária.
O que é a poesia? Não há
definição objectiva dela, mas a poesia é, talvez, a expressão de
sentimentos, emoções e sentidos do poeta em relação àquilo que o rodeia
ou pelo que toma como tema, revelada numa forma escrita, cuja sonoridade
e estrutura, muitas vezes se assemelha a um cântico, a um apelo, etc. “Eis que temos aqui a Poesia, A grande Poesia. Que não oferece signos Nem linguagem específica, não respeita sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio. como o sangue nas artérias, tão espontânea que nem se sabe como foi escrita. E ao mesmo tempo tão elaborada - feito uma flor na sua perfeição minuciosa, um cristal que se arranca da terra já dentro da geometria impecável da sua lapidação.”
Rachel
de Queiroz, escritora brasileira "A poesia não é nem pode ser lógica. A raiz da poesia assenta precisamente no abstrato" Ana Paula Alves e André Freire. O que se entende por “Poesia Camoniana” A poesia Camoniana, como qualquer outra, não foge do conceito, acima mas engloba outras características. Nesta, coexiste a poética tradicional e o estilo renascentista. É praticamente considerada como um conceito à parte. Camões apesar de seguir Petrarca cria o seu próprio estilo. Estes aspectos serão mais aprofundados no ponto à seguir. “A poesia lírica de Camões é, em grande parte, poesia de circunstância, o que significa que emerge da vida, como a espuma do movimento da vaga, e isso lhe dá o valor autobiográfico precioso para quem não encontrou nenhum contemporâneo que dele com demorada atenção se ocupasse.” Autor anónimo. “Joga magistralmente com a linguagem comercial e provoca-me um arrepio o último verso” Richard Zenith. “A eficácia e o fascínio da poesia camoniana dependem precisamente do choque entre a perfeição formal e o fogo que pula alto e forte e que os versos bem medidos mal conseguem conter. Sem esse fogo, Camões seria um excelente e provavelmente enfadonho técnico da palavra. Camões sem o fogo não seria Camões; nem consigo imaginar isso”, Richard Zenith.
Características Gerais da Poesia Camoniana Características da corrente tradicional As formas poéticas tradicionais: cantigas, vilancetes, esparsas, endechas, trovas... Uso da medida velha: redondilha menor e maior. Temas tradicionais e populares; a menina que vai à fonte; o verde dos campos e dos olhos; o amor simples e natural; a saudade e o sofrimento; a dor e a mágoa; o ambiente cortesão com as suas “cousas de folgar” e as futilidades; a exaltação da beleza de uma mulher de condição servil, de olhos pretos e tez morena (a “Barbara, escrava”); a infelicidade presente e a felicidade passada. Características da corrente renascentista O estilo novo: soneto, canção, écloga, ode, entre outros. Medida nova: decassílabos. O amor surge, à maneira petrarquista, como fonte de contradições, entre a vida e a morte, a água e o fogo, a esperança e o desengano; A concepção da mulher, outro tema essencial da lírica camoniana, em íntima ligação com a temática amorosa e com o tratamento dado à Natureza (“locus amenus”), oscila igualmente entre o pólo platónico (ideal de beleza física, espelho da beleza interior), representado pelo modelo de Laura e o modelo renascentista de Vénus. Camões traz-nos uma conjunção dessas duas correntes, de uma maneira bem subtil, que quase não conseguimos notar. O soneto clássico (que é o que Camões segue) segue a forma de duas quadras e dois tercetos, e nestes, a chave do poema geralmente se encontra no último verso do segundo terceto. Os versos são decassílabos e a rima segue o esquema abba / abab. Camões seguiu esta forma e adicionou certos aspectos que verificamos em vários dos seus sonetos. Ele usa nas duas primeiras quadras o exemplo da natureza, nos dando um exemplo concreto, e logo depois, nos dois tercetos ele interioriza (para o eu lírico) os sentimentos implícitos nas quadras. Usando muitas figuras de estilo, ele finaliza o soneto, classicamente, com a chave de ouro. Recursos Estilísticos Utilizados por Camões Anáfora: Repetição intencional de uma palavra ou palavras no início de frases ou versos seguintes, para destacar o que se repete. Antítese: Consiste no contraste entre dois elementos ou ideias. Comparação: Consiste em estabelecer uma relação de semelhança através de uma palavra, ou expressão comparativa, ou de verbos a ela equivalentes. Enumeração: Consiste na apresentação sucessiva de vários elementos (frequentemente da mesma classe gramatical) Eufemismo: Consiste em transmitir de forma atenuada uma ideia ou realidade que é desagradável Hipérbole: Consiste no emprego de uma expressão que exagera o pensamento para dar mais ênfase ao discurso. Ironia: Consiste em atribuir às palavras um significado diferente daquele que na realidade têm. Metáfora: Consiste em designar um objecto ou uma ideia por uma palavra (ou palavras) de outro campo semântico, associando-as por analogia. Se, no contexto, essa analogia é por vezes fácil de identificar, outras vezes permite interpretações diversificadas... Paradoxo: Expressa uma contradição, através da simultaneidade de elementos contrários. Perífrase: Consiste em dizer por várias palavras o que poderia ser dito por algumas ou apenas uma. Personificação: Consiste na atribuição de propriedades humanas a animais irracionais ou a seres inanimados. Interpretação do texto “Amor é fogo que arde sem se ver” “Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente, É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem-querer, É solitário andar por entre a gente, É nunca contentar-se de contente, É um cuidar que ganhou em se perder. É querer estar preso por vontade, É servir a quem vence o vencedor, É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é
o mesmo Amor?” Neste soneto temos o exemplo do uso da poesia para “definir” o amor. Deste modo se pode dizer que Camões pretende dizer o que é o amor, passando além do conceito abstracto ou inexplicável, gerando imensos contrastes para definir este mistério que todos nós conhecemos. Luís de Camões tenta chegar a uma conclusão, através da interrogação expressada no último terceto. Através da análise do poema e dos conhecimentos que nos foram incutidos ao longo destes últimos anos, nas mais variadas disciplinas, é-nos possível afirmar que: À primeira vista deparamo-nos com um “jogo renascentista”, uma interrogação e um conjunto de novas ideias, iniciada a partir das ideias já existentes. Depois após uma análise mais aprofundada, apercebemo-nos que existe um sentido muito maior, nomeadamente a tentativa de resposta à pergunta - o que é o amor? Pegando neste primeiro conjunto de ideias, percebemos a verdadeira alma do poeta, que tem uma capacidade de pegar de leve (como se fosse um jogo) este tema, deveras profundo e faz-nos pensar de um modo racional, em problemas neste caso psicológicos (considerado por alguns como) bastante complicados. Além de observarmos a sua bela poesia, também nos deparamos com a sua inteligência para relacionar os seus versos uns com os outros, o que nos revela que ele estudou literatura, pois no seu soneto encontramos duas estruturas a interna e a externa que consistem: - A primeira relaciona-se na intenção e intervenção; - A segunda na ordem em que o poeta organizou o soneto. Na estrutura externa o poeta escreve os seus sonetos com duas quadras e com dois tercetos em que as rimas estão interligadas em esquemas cruzados e emparelhados mas também se interligam de estância para estância. Na parte interna o poeta refere também que o amor surge quando não o queremos nas nossas vidas, que por vezes amamos alguém sem nos apercebermos. Atribuindo assim vários significados ao sentimento amor (alma do poema) mas apesar de o fazer a pergunta continuara sempre sem uma resposta certa, pois não nos podemos esquecer que cada pessoa tem uma noção diferente do que esse sentimento nos provoca. ConclusãoAssim terminamos o nosso trabalho sobre este grande poeta que foi Luís Vaz de Camões, abordamos ao longo deste as características gerais da sua escrita e fizemos a análise do seu famoso soneto – “Amor é fogo que arde sem se ver”; e assim não só verificámos como também descriminamos a suas intenções com este poema (a tentativa da resposta ao que é o amor) e percebemos assim como este o faz (neste caso através do jogo renascentista). Em relação á sua vida descobrimos, através da análise de documentos e histórias publicadas em livros e na internet, que este poeta nasceu entre 1517 e 1525, não existindo uma certeza da data ou local do seu nascimento, e terá morrido em 10 de Junho de 1580, em Lisboa sendo a sua sepultura o mar. Apesar de hoje em dia este poeta ser reconhecido mundialmente e as suas obras serem de um carácter extremamente enriquecedor para a nossa língua, durante a sua vida Luís de Camões não teve a merecida consideração e como tantos outros poetas só foi “descoberto” após a sua morte. Apesar dessa sua grandiosidade, as informações acerca da sua vida não são certas ou contem algum tipo de certeza, estando a sua história cheia de contradições. Podemos então dar um exemplo pelo qual não encontramos forma de ter certeza: é-nos dito que este só foi descoberto após a sua morte, mas encontramos evidencias de que este foi famoso quando trocou a sua vida académica pela da corte de D. João III onde foi considerado poeta com uma idade de 18 anos (1524-1542). A sua mais famosa obra – Os lusíadas – terá sido escrita após o regresso do autor do oriente, e provavelmente concluída em 1556. BibliografiaAqui encontra-se a lista de sites visitados para a conclusão do nosso trabalho: http://publib.upol.cz/obd/fulltext/Romanica7/Romanica7-09.pdf http://portuguesonline.sapo.pt/liricacamoes.htm http://gredes.no.sapo.pt/camoes/ http://restosefragmentos.blogspot.com/2009/09/soneto-ordinrio-inspirado-em-camoes.html http://pt.shvoong.com/humanities/linguistics/915118-lu%C3%ADs-vaz-cam%C3%B5es/ http://www.ruadapoesia.com/content/view/92/99/ http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/literatura7/romantismo/garret.htm http://bndigital.bn.br/pesquisa.htm
http://bndigital.bn.br/scripts/odwp032k.dll?t=es&pr=fbn_dig_pr&db=fbn_dig&use=kw_titulos&disp=list&sort=off&ss=new&arg Lista dos livros: “Introdução á poesia de Luís de Camões”, por Maria Vitalina Leal de Matos “Entre Margens”, por Olga Magalhães, Fernanda Costa. Revisão científica por António Moreno, Helena Couto Lopes e João Veloso. “Gramática do Português Moderno”, por José Manuel de Castro Pinto e Maria do Céu Vieira Lopes. “Dicionário da Língua Portuguesa”, Texto Editora. Outros Trabalhos Relacionados
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