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Trabalhos de Português - 9º Ano

 

Lágrima de uma Preta

Autores: Inês Salgado

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 29/07/2011

Resumo do Trabalho: Análise do poema "Lágrima de uma preta", de António Gedeão, realizado no âmbito da disciplina de Português (9º ano). Ver Trabalho Completo

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Lágrima de uma Preta

Tema: Condenação do racismo

Assunto: O sujeito poético analisa uma lágrima de uma preta, testa de maneira científica e chega à conclusão que essa lágrima é igual a todas as outras.

O teste da lágrima: Este poema é como que um relatório científico, elaborado através de uma experiência feita com uma lágrima de uma mulher preta.

A figura principal é uma mulher preta que o sujeito poético encontrou a chorar nalgum lado “Encontrei uma preta/ que estava a chorar, (…)” (v.v. 1-2). Este ao observar esta cena, pede-lhe uma lágrima para a analisar de uma forma científica, daí a presença, no texto, de diversos termos científicos.

Exs: “(…)num tubo de ensaio bem esterilizado(…)” (v.v. 7-8)

        “Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, (…)” (v.v. 13-14)

Trata-se, assim, de uma análise química que o sujeito poético vai fazer à lágrima, seguindo um certo método experimental:

. Começa por recolher a lágrima e coloca-a num tubo de ensaio esterilizado “Recolhi a lágrima/ com todo o cuidado/num tubo de ensaio/bem esterilizado.” (v.v. 5-8), para que esta não ficasse contaminada e os resultados modificados.

. Seguidamente a lágrima é observada cuidadosamente “Olhei-a de um lado,/ do outro e de frente: (…)” (v.v. 9-10) igualando-a com uma gota transparente “(…) tinha um ar de gota/ muito transparente.” (v.v. 11-12). 

. Depois começa a análise experimental, recorrendo a vários reagentes “Mandei vir os ácidos,/ as bases e os sais,/ as drogas usadas/ em casos que tais.” (v.v. 13-16) e a processos experimentais “Ensaiei a frio,/ experimentei ao lume (…)” (v.v. 17-18)  e repetiu-os várias vezes, como se deve fazer em todas as experiências químicas “(…)de todas as vezes” (v. 19). 

. Após as repetições da mesma experiência o resultado foi sempre o mesmo “(…)deu-me o que é costume: (…)” (v.20), ou seja, a lágrima desta mulher negra tem uma constituição igual à de uma pessoa branca ou de outra cor: é constituída por água e cloreto de sódio “Água (quase tudo)/ e cloreto de sódio.” (v.v. 23-24) e não apresenta sinais de negro ou de ódio “Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.” (v.v. 21-22).

. Resultados: Este poema é para nos mostrar que somos todos iguais independentemente da nossa cor de pele. Facto que ele demonstrou com a inexistência de diferenças entre a composição química entre aquela lágrima e a de outras pessoas de outras cores (que se supõe que o sujeito poético já tenha analisado para poder comparar e retirar as suas conclusões).

. É assim que o autor evidencia a sua condenação ao racismo, mostrando que até cientificamente está provado que somos todos iguais.

. Este poema também demonstra a formação académica e profissional de António Gedeão, tanto a nível de ciências (pois este era professor de Física ou Química) como na sua oposição ao racismo.

ESTRUTURA FORMAL

É um poema constituído por 6 estrofes de 4 versos cada, ou seja, 6 quadras. Geralmente, cada verso tem 5 sílabas métricas (Redondilha menor).

Esquema rimático:

a – Verso solto (*)

b

c  *            (a,b) Interpolada

b

 

c *

d

e*              (d,d) Interpolada

d

 

d *

f

g *             (f,f) Interpolada

f

 

h *

i

j *              (i,i) Interpolada

i

 

l *

m

n *             (m,m) Interpolada

m

 

o *

p

q *            (p,p) Interpolada

p

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