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Trabalhos de Português - 9º Ano

 

Título: Vida e Obra de Gil Vicente

Autores: Maria Madalena de Sá Leitão

Escola: Escola Básica 2,3 Nicolau Nasoni

Data de Publicação: 20/03/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Vida e Obra de Gil Vicente, realizado no âmbito da disciplina de Português (9º ano). Ver Trabalho Completo

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Vida e Obra de Gil Vicente

Este foi o que inventou
isto cá, e o usou
com mais graça e mais doutrina,
posto que Juan del Encina
o pastoril começou.

- escrevia Garcia Resende, contemporâneo de Gil Vicente, no seu Cancioneiro Geral, publicado em 1516 – a propósito, justamente, de Mestre Gil, reconhecendo nele o criador do teatro em Portugal.

Introdução

Neste trabalho, vamos falar sobre a vida e obra do escritor Gil Vicente. Ao longo da sua carreira dedicou-se, essencialmente, ao serviço da “Rainha Velha”, Dona Leonor.

Mas quem era este Gil Vicente/Mestre Gil? E terá sido ele o «inventor» do teatro em Portugal?

Biografia

Pouco se sabe de muito seguro sobre este Gil Vicente, a não ser aquilo que alguns poucos documentos atestam e o que é possível inferir do conjunto da sua vasta obra.

Não se sabe onde nasceu, contudo há fortes suposições que o seu nascimento terá ocorrido em Guimarães.

Nasceu por volta de 1465, entre 1460 e 1470.

Não se sabe de muito certo qual o seu ofício: alfaiate; ourives da rainha D. Leonor, sendo este o ofício que tem mais força de argumentos; «mestre da balança», autor da peça da ourivesaria portuguesa, a Custódia de Belém.

Sabe-se, que em 1502, escreveu e represento, na câmara da Rainha D. Maria, o Monólogo da Visitação ou do Vaqueiro, sua primeira peça conhecida e, simultaneamente, a primeira peça de teatro português existente. Era de um curto monólogo, posto na boca de um vaqueiro que, com outros, vinha saudar o recém-nascido príncipe, futuro D. João III.

Sabe-se que foi casado duas vezes e que teve vários filhos, deles se destacando Paula e Luís Vicente; a primeira, íntima da Infanta D. Maria, foi uma das mulheres mais cultas do seu tempo; com seu irmão Luís preparou a edição póstuma das obras de Gil Vicente, publicada em 1562, sob o título de Copilaçam de tôdalas obras de Gil Vicente – edição devidamente autorizada e expurgada pela Inquisição, estabelecida entre nós em 1536.

Entre 1502 e 1536 Gil Vicente fez representar cerca de meia centena de peças da sua autoria, sempre ao serviço da família real.

Supõem-se que terá morrido pouco depois de 1536 - em todo caso antes de 16 de Abril de 1540.

Terá tido, no final da sua vida, alguns problemas com a Inquisição, o que explicaria que não haja peças suas posteriores a 1536. Continuam desconhecidas, por esse motivo, três peças da sua autoria, interditas pelo Santo Ofício – o Auto de Jubileu de Amores, o Auto da Aderência do Paço e o Auto da Vida do Paço.

A motivação inicial, o impulso que pôs em marcha a obra de Gil Vicente, vieram de Espanha., As primeiras peças que ele concebeu são imitações das éclogas dos poetas de Salamanca Juan del Encina e Lucas Fernandéz, chegando até a adoptar a língua deles. Contudo, a partir desses modestos começos, Gil Vicente foi construindo, por enriquecimentos sucessivos, uma obra de extraordinária diversidade.

Na «Copilaçam», de 1562, as obras de Gil Vicente aparecem classificadas em Obras de Devoção, Comédias, Tragicomédias, Farsas, Trovas e «Cousas Meúdas». O próprio Gil Vicente, em Carta-Prólogo à edição de D. Duardos, em 1525, considerava três modalidades para o seu teatro: comédias, farsas e moralidades.

Esta classificação é insuficiente para dar conta da enorme variedade e riqueza do Teatro Vicentino, creio que ela poderá servir-nos – e classificaremos as peças como de inspiração religiosa ou profana consoante a predominância dos dois elementos – religioso ou profano.

É muito rica a galeria de tipos em Gil Vicente, e variada a gama da sua múltipla expressão, desde a poetização do mais comum, até à religiosidade refinada e aos conteúdos abstractos e ideológicos que defende ou satiriza.

por diversas vezes Gil Vicente vem sendo designado por criador do teatro português, na sequência do testemunho do seu contemporâneo Garcia de Resende e da opinião corrente dos seus estudiosos e admiradores (entre estes convém citar Almeida Garrett que procurou recriar o teatro português, tornando Gil Vicente, simbolicamente, personagem da sua peça Um Auto de Gil Vicente). 

Bibliografia

Entre as suas inúmeras obras contam-se: o “Auto da Índia”, 1509, farsa que critica o abandono a que o embarque eufórico e sistemático dos Portugueses para o Oriente, em cata de riquezas, vota a pátria e as situações familiares; os Autos das Barcas (Barca do Inferno, 1517;Barca do Purgatório, 1518; Barca da Glória, 1519), peças de moralidade, que constituem uma alegoria dos vícios humanos; Auto da Alma, 1518, auto sacramental, que encena a transitoriedade do homem na vida terrena e os seus conflitos entre o bem e o mal; Quem tem Farelos?, 1515, e Inês Pereira, 1523, que traçam quadros populares de intensidade moral, simbólica ou quotidiana, em urdiduras de cómico irresistível e de alcance satírico agudo e contundente.

Lista de Obras:

Ano

Nome da Obra

 01

1502

Auto da Visitação

  02

1502

Auto Pastoril Castelhano

  03

1503

Auto dos Reis Magos

  04

1504

Auto de S. Martinho

  05 

1509

Auto da Índia

  06

1510

Auto da Fé

  07

1511

Auto das Fadas

 08

1512

O Velho da Horta

  09

1513

Exortação da Guerra

10

1513

Auto da Sibila Cassandra

11

1514

Comédia do Viúvo

12

1515

Quem tem farelos

13

1516

Auto dos Quatro Tempos

14

1517

Auto da Barca do Inferno

15

1518

Auto da Barca do Purgatório

16

1518

Auto da Alma

17

1519

Auto da Barca da Glória

18

1520

Auto do Deus Padre

19

1521

Comédia de Rubena

20

1521

Cortes de Júpiter

21

1521

Auto da Fama

22

1522

Pranto de Maria Parda

23

1523

Farsa de Inês Pereira

24

1523

Auto Pastoril Português

25

1524

Auto dos Físicos

26

1524

Frágua d'Amor

27

1525

Farsa do Juiz da Beira

28

1525

Farsa das Ciganas

29

1525

Dom Duardos

30

1526

Templo d'Apolo

31

1526

Breve Sumário da História de Deus

32

1526

Diálogo dos Judeus sobre a Ressurreição

33

1527

Nau d'Amores

34

1527

Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra

35

1527

Farsa dos Almocreves

36

1527

Auto Pastoril da Serra da Estrela

37

1528

Auto da Feira

38

1528

Auto da Festa

39

1528

Triunfo do Inverno

40

1530

O Clérigo da Beira

41

1531

Jubileu d'Amores

42

1532

Auto da Lusitânia

43

1532

Auto de Mofina Mendes

44

1533

Romagem de Agravados

45

1533

Amadis de Gaula

46

1534

Auto da Cananeia

47

1536

Floresta de Enganos

 

Conclusão

Neste trabalho ficámos a conhecer um pouco melhor a obra e vida desta tão ilustre personagem. Ficámos ainda a saber qual a motivação inicial que empolgou a obra de Gil Vicente.

Conforme o que estudamos sobre a obra vicentina, de facto, este foi o grande impulsor/«inventor» do teatro em Portugal.

Bibliografia/Siteografia

. de.academic.ru/dic.nsf/dewiki/522214

. srvofranco.blogspot.com

. Título: Auto da Barca do Inferno; Autores: Amélia Pinto Pais; Areal Editores; 2ª Edição; Ano de Publicação: 2000

. www.institutocamões.pt

. www.joraga.net/gilvicente/pags/ximagens.htm

. www.passeiweb.com/saiba_mais/biografias/g/gil_vicente

 

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