
O histograma foi inventado
em 1833 pelo estatístico francês Gerry, durante um estudo de ocorrências
criminais. É uma das Sete Ferramentas da Qualidade.
Na estatística, um
histograma é uma representação gráfica da distribuição de frequências de
uma massa de medições. Permite distinguir a forma, o ponto central e a
variação da distribuição, além de outras informações como a amplitude e
simetria na organização dos dados.
Um histograma é a base de
qualquer estudo uma vez que é um dos mais importantes indicadores de uma
distribuição de dados. A partir da análise de um histograma somos
capazes de constatar se a distribuição se aproxima de um função normal
ou se existe uma mistura de populações quando estas se apresentam
bimodais.

É um gráfico composto por
retângulos justapostos em que a base de cada um deles corresponde ao
intervalo de classe e a sua altura à respetiva frequência.

A base de um estudo sobre
uma dada população são os dados da amostra tal que, a um aumento da
amostra corresponda um aumento da quantidade de dados recolhidos.
À medida que os dados
aumentam a dificuldade em compreender a população também aumenta e,
apesar de estes poderem ser organizados em tabelas, será necessário um
método capaz de simplificar a análise da população. Esse método é o
histograma.
Limites de especificação
Os limites de
especificação têm por base um valor alvo a partir do qual são definidos
valores de limite máximos e mínimos. Estes valores são determinados de
acordo com os padrões de qualidade do cliente.
Uma vez colocados estes
limites no histograma, é possível obter as informações necessárias para
prever os movimentos futuros do processo podendo, deste modo,
desenvolver ações que visem diminuir o número de produtos fora dos
limites delineados.
Aplicações no controlo da
qualidade
O histograma tornou-se
numa ferramenta indispensável nas mais variadas indústrias uma vez que
permite, através da interpretação de dados, identificar possíveis
problemas, assim como as suas causas e consequências, e também
reconhecer frequências de eventos ou determinar fluxos.
Nos sistemas considerados
estáveis (não há alteração na rotina dos diferentes processos) é
possível, através do histograma, fazer uma previsão dos seus desempenhos
futuros. Por outro lado, em sistemas instáveis (alteram-se
periodicamente) a análise de um histograma não se revela tão vantajosa.
Através do histograma
podem ser confrontados e comparados os progressos da empresa face à
exigência dos clientes, constatando se os requisitos e necessidades
destes estão a ser preenchidos ou não.
Assim, e como referido
anteriormente, a utilização desta ferramenta permite, na generalidade
das empresas, o cálculo do desempenho futuro dos processos, auxilia na
identificação de ocorrências importantes e facilita, igualmente, a
identificação de anomalias durante o procedimento.

Vantagens:
. Permite trabalhar com
amostras;
. Possibilita visualização
e entendimento claro e objetivo do comportamento da população;
. Facilita a solução de
problemas, principalmente quando se identifica numa série história a
evolução e a tendência de um determinado processo;
. Rapidez na elaboração;
. Mostra a forma da
distribuição de um grande conjunto de dados.
Desvantagens do Histograma:
. Impossibilidade de ler
os valores exatos porque os dados são agrupados em categorias;
. É mais difícil de
comparar dois conjuntos de dados;
. Utiliza apenas dados
contínuos;
. O uso de intervalos
impede o cálculo exato da medida de tendência central;

HISTOGRAMA
Tipos de histograma
Os perfis a seguir
enunciados são os mais típicos e podem ser utilizados como modelos para
a análise de um processo.
Tipo geral (simétrico ou em
forma de sino):
Caraterísticas: A
frequência é mais alta no centro e decresce gradualmente em direção aos
extremos, simetricamente (forma de sino).
A média e a mediana
apresentam valores aproximadamente iguais e localizam-se no centro do
histograma (ponto de pico).
Ocorre: usualmente em
processos padronizados, estáveis, em que a característica de qualidade é
contínua e não apresenta nenhuma restrição teórica nos valores que podem
ocorrer. É o perfil de histograma mais comum;

Tipo pente (multimodal):
Caraterísticas: A
frequência das classes alterna entre altas e baixas.
Ocorre: normalmente quando
os valores variam de classe para classe ou quando existe uma tendência
particular no modo como os dados são arredondados.

Tipo picos duplos (bimodal):
Característica: ocorrem
dois picos e a frequência apresentada entre estes é baixa.
Ocorre: em situações em
que há mistura de dados com médias diferentes, obtidos em duas condições
distintas. Por exemplo, a análise de dois tipos de matérias-primas
diferentes.

Tipo picos isolados:
Característica: algumas
faixas de valores ficam isoladas da grande maioria dos dados, gerando
barras ou pequenos agrupamentos separados.
Ocorre: quando acontecem
situações anómalas no processo decorrentes de alguma falha como erros de
medição, erros de registo ou transcrição de dados, produzindo resultados
distintos.

Tipo despenhadeiro ou declive:
Característica: o
histograma termina abruptamente de um ou dos dois lados, parecendo estar
incompleto.
Ocorre: quando são
eliminados dados, explicando, assim, o “corte” na figura.

Tipo picos duplos (bimodal):
Característica: ocorrem
dois picos e a frequência apresentada entre estes é baixa.
Ocorre: em situações em
que há mistura de dados com médias diferentes, obtidos em duas condições
distintas. Por exemplo, a análise de dois tipos de matérias-primas
diferentes.

Tipo assimétrico (um só pico):
Características: a
frequência decresce abruptamente num dos lados e de forma gradual no
outro. Quando a assimetria se apresenta à direita a mediana é inferior a
média, quando se apresenta à esquerda a mediana é superior à média.
Ocorre: quando a
característica de qualidade possui apenas um limite de especificação e é
controlada durante o processo, de modo a satisfazer essa especificação.

Como construir um histograma
. Recolha de dados;
. Contagem dos dados
recolhidos durante a tabulação;
. Determinar a amplitude
. Dividir a amplitude pelo
número de classes que é escolhido consoante a seguinte tabela
Nº de valores de tabulação |
Nº de classes |
Abaixo de 50 |
5 – 7 |
Entre 50 e 100 |
6 – 10 |
Entre 100 e 250 |
7 – 12 |
Acima de 250 |
10 – 20 |
. Determinar o intervalo
de classes dividindo a amplitude pelo número de classes;
. Determinar o limite de
classes;
. Construir uma tabela de
classes com base nos valores acima calculados;
. Construir o histograma.
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