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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História - 11º Ano |
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O Reforço das Economias Nacionais e Tentativas de Controlo do Comércio Autores: Sara Ramos, Sofia Andrade Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 04/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o reforço das economias nacionais e tentativas de controlo do comércio, realizado no âmbito da disciplina de História (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução “No século XVII, a afirmação da grandeza do Estado e do poder real tornou mais evidente a recessão económica que se abateu sobre a Europa. Procurando ultrapassá-la, elaborou-se a primeira teoria económica consistente, que ficou conhecida como Mercantilismo. De cariz altamente proteccionista e competitivo, o Mercantilismo contribuiu para agudizar as tensões entre os estados europeus, que se envolveram numa negra série de conflitos pelo domínio das áreas coloniais e das carreiras marítimas.” Unidade 3: Triunfo dos estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII, pág.77 do manual
O Reforço das Economias Nacionais e Tentativas de Controlo do Comércio O Tempo do Grande Comércio Oceânico Nos séculos XVII e XVIII, Portugal, França, Espanha, Holanda e Inglaterra detinham a maior parte do comércio intercontinental e, assim, considerados os países com mais lucro. Isto levou ao desenvolvimento de novos mecanismos financeiros e o saber era orientado para a expansão dos negócios entre os mercadores europeus. Iniciou-se a era do Capitalismo Comercial, que se caracterizava por gerar capital, investi-lo e aumentá-lo privilegiando o grande comércio. Com esta nova dinâmica económica, impulsiona-se a colonização da América, que adquire de seguida um lugar de destaque nos circuitos comerciais europeus, uma vez que, da mesma, se extraía: açúcar, café, tabaco, algodão, gado e ouro.
Unindo-se à próspera rota
atlântica que unia a Europa à África, surge o comércio triangular e, a
partir daí, o aumento do tráfico negreiro. Reforço das economias nacionais: o Mercantilismo
A expansão do comércio
deu-se juntamente com a afirmação das monarquias absolutas. A riqueza e
o domínio de grandes áreas comerciais proporcionavam para os reis e os
seus reinos uma forma de aumentarem o seu poder e o seu prestígio.
Assim, surgiu o Mercantilismo: uma doutrina económica que valorizava a
actividade mercantil como meio de fortalecer as monarquias, aumentar a
riqueza nacional e impor a supremacia do país em relação aos seus
vizinhos. . O proteccionismo económico – caracterizava-se pela sobrecarga de taxas alfandegárias dos produtos estrangeiros, tornando os produtos nacionais mais baratos e competitivos; . O fomento da produção industrial – tinha como objectivo promover a auto-suficiência do país no domínio industrial; . A reorganização do comércio externo – era uma forma de proporcionar mercados de abastecimento de matérias-primas e de colocação dos produtos manufacturados.
Uma das características
mais importantes do Mercantilismo era o estado da balança comercial. Um
país só poderia ser bem sucedido se estabelecesse uma balança comercial
positiva ou favorável, isto é, se o número de exportações fosse maior
que o número de importações. Assim se justifica o fomento da produção
industrial: era necessário produzir internamente o mais possível, para
reduzir o número de mercadorias importadas e aumentar as vendas ao
estrangeiro.
O Mercantilismo em França
Para fazer frente ao grande número de importações de produtos holandeses, Colbert introduziu novas indústrias em França, como os cristais de Murano, tecidos holandeses e bordados de Veneza. Para conseguir isto, recorria à importação de técnicas e mão-de-obra estrangeiras. Para impulsionar a criação de grandes manufacturas, concedia privilégios, benefícios fiscais e subsídios. Foi assim que surgiram as manufacturas reais. As manufacturas reais eram protegidas pela realeza e fabricavam sobretudo produtos e artigos de luxo para a corte. Outra característica marcante desta doutrina é o seu carácter altamente dirigista. O Estado controlava e regulamentava minuciosamente a actividade industrial, nomeadamente a qualidade, a matéria-prima, as horas de trabalho e os preços, através de um grupo de inspectores do Estado criado especialmente para o efeito.
Em relação ao comércio,
Colbert investiu intensamente no desenvolvimento da frota mercante e da
marinha de guerra. Como prova do seu sucesso: no início do seu mandato
como ministro, em 1661, a França possuía apenas 18 navios de guerra e 6
galeras. Em 1681, vinte anos mais tarde, a marinha de guerra francesa
contava já com 258 embarcações.
Colbert procedeu também à criação de grandes companhias monopolistas,
seguindo o exemplo da Holanda e da Inlgaterra. A estas reservou os
direitos de comércio sobre determinada zona, e assim todos os que
pretendessem negociar nela teriam de se unir ao Estado.
Representado a corrente
mais dirigista de todo o Mercantilismo, e apesar das críticas e pequenas
revoluções que se lhe fizeram, o Colbertismo foi o modelo mercantilista
mais adoptado pelos países europeus. O sistema mercantil em Inglaterra
O mercantilismo inglês distinguiu-se, também,
pela valorização da marinha e do sector comercial. Tal como aconteceu em
França, foi o poderio económico dos Holandeses que motivou as medidas
proteccionistas mais fortes. Além disto, houve ainda a criação de grandes
companhias de comércio, em cuja mais conhecida e bem-sucedida foi a
Companhia das Índias Orientais.
O Equilíbrio Europeu e a Disputa das Áreas Coloniais Durante o Antigo Regime, as nações europeias
aceitavam a ideia de que constituíam uma comunidade regulada por um
certo equilíbrio de poder, ou seja, tentava-se evitar uma potência
hegemónica. A partir da segunda metade do século XVIII, as motivações económicas surgiram da maior parte desses conflitos, tornando-se uma prioridade política dominar nos mercados, visto que se vivia uma época de grande desenvolvimento do Capitalismo comercial. Uma vez que as medidas proteccionistas dificultaram a circulação de mercadorias no circuito europeu, as áreas coloniais tornaram-se o centro de grandes rivalidades. As áreas europeias eram exploradas em sistema exclusivo colonial pela respectiva metrópole, para obter matérias-primas e produtos exóticos a baixo preço. Este sistema permitia ao Estado dominador controlar as produções e os preços sem preocupação com a concorrência dos outros países, impedidos de aí realizarem quaisquer negócios. Daí a importância dada aos impérios coloniais/ de comércio, essenciais à dinamização económica das nações europeias. A disputa da supremacia no grande comércio marítimo travou-se essencialmente entre a Holanda, a Inglaterra e a França. Podemos distinguir duas fases nesta luta: . Entre 1651 e 1689, a Holanda e a Inglaterra opuseram-se e travaram grandes guerras, em parte por consequência dos Actos de Navegação. Estas guerras marcaram o fim da hegemonia comercial holandesa. . Entre 1689 e 1763 marcou a rivalidade anglo-francesa, por uma longa série de conflitos territoriais, de mercados e abastecimentos de produtos coloniais. Este período de tensão culminou na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). A guerra tornou a Inglaterra vitoriosa, e esta vitória foi reconhecida no Tratado de Paris. Foi assim que, após mais de um século de conflitos, a Inglaterra se tornou a maior potência colonial e marítima da Europa, perdurando todo o século XIX.
Biografia Jean-Baptiste Colbert (1619-1683)
Passa depois ao serviço de seu bisavô, Jean-Baptiste Colbert de Saint-Pouange, primeiro comissário do Ministério da Guerra de Luis XIII. Em 1640, com 21 anos, seu pai empenha suas relações amorosas e de fortuna para lhe comprar o cargo de Comissário ordinário de guerra. Este posto o obrigou a inspeccionar as tropas, o que lhe deu uma certa notoriedade. Em 1645, Saint-Pouange recomendou-o a Michel Le Tellier, seu cunhado, que trabalhava como Secretário de Estado de guerra, e este contratou-o, primeiro como secretário privado e mais tarde, em 1649, conseguiu que o nomeassem conselheiro do rei. Em 13 de dezembro de 1648, casa-se com Marie Charron, filha de um membro do conselho real. Tiveram 4 filhos: Jeanne Marie, Jean-Baptiste (Marques de Seignelay), Jules Armand (Marqués de Blainville) e Ana Maria. Em 1651, Atonieta Carocha apresenta-o ao Cardeal Mazarino que o contrata para gerir a sua vasta fortuna pessoal. Antes de morrer, em 1661, Mazarino recomendou Colbert ao rei Luís XIV de França, salientando as suas qualidades de dedicado trabalhador. Assim, tornou-se controlador geral das Finanças (em 1665). Viria ainda a desempenhar as funções de secretário de Estado na Marinha e na Casa Real (1669). Em 1670, comprou o baronato de Sceaux no sul de Paris. Converte o domínio de Sceaux em um dos mais charmosos da França, graças a André Le Nôtre que desenhou os jardins e a Charles Le Brun que se encarregou de toda a decoração tanto dos edifícios como do parque. Como ministro de Luís XIV, Colbert quis tornar a França a nação mais rica da Europa, e para isso implantou o mercantilismo industrial, incentivando a produção de manufacturas de luxo visando a exportação. Biografia Oliver Cromwell (1599 - 1658)
Em 1628 foi eleito membro do Parlamento distinguindo-se pela veemência na defesa do puritanismo e por ataques à hierarquia da igreja inglesa. Tornou-se representante de Cambridge em 1640 no novo Parlamento. Em 1642, na guerra civil que opôs os partidários do rei D.Carlos I aos do Parlamento conduziu o exército em 1645, dois anos após o início da mesma e triunfou em Naseby e Langport. Em 1651 com a derrota dos realistas escoceses, a guerra civil terminou e dois anos mais tarde, 1653, dissolveu o Parlamento devido ao descontentamento pelo mesmo. Foi nomeado Lord Protector da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia, partilhando o poder com o seu exército. Apoiou o Partido Puritano contra a arbitrariedade monárquica e contra o episcopado anglicano. Até 1658 tornou a Grã-Bretanha numa grande potência marítima e o prestígio internacional cresceu assustadoramente. Reorganizou a fazenda pública, fomentou a liberalização do comércio, reformou a igreja nacional, promoveu o desenvolvimento das universidades e estabeleceu uma aliança com a França. Morreu em Londres e foi enterrado na Abadia de Westminster embora os respectivos restos mortais tenham sido transferidos para Tiburny em 1660. Vocabulário . Mercantilismo: teoria económica enunciada nos séculos XVI, XVII e XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na economia. O objectivo dessa intervenção é o aumento da riqueza nacional, identificada com a quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. . Balança Comercial: termo que designa a relação entre o montante de importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das importações, a balança comercial é positiva. . Proteccionismo: política económica que impede a livre iniciativa e circulação de mercadorias. Traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objectivo destas medidas é desenvolver as produções internas, para que se tornem mais competitivas. . Manufactura: o termo designa as diferentes actividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas pré-industriais. . Companhia monopolista: associação económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. . Capitalismo Comercial: sistema económico caracterizado pela procura de maior lucro, espírito competitivo e no qual o comércio tem um papel determinante como motor de desenvolvimento económico. . Comércio Triangular: circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e americano. Este comércio prosperou nos séculos XVII e XVIII, suportado pelas necessidades de mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas plantações e explorações mineiras. . Tráfico Negreiro: intenso comércio de escravos negros. Canalizou para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, Angola e Moçambique; . Exclusivo Colonial: forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida proteccionista cujo objectivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a baixo preço, bem como escoar as produções manufactureiras do país dominador; Bibliografia . http://br.geocities.com/estudohistoria/ringlesa.htm . http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2780.html (biografia de Oliver Cromwell) . http://www.irelandhistory.org/pictures/oliver-cromwell-portrait.jpg (imagem de Oliver Cromwell) . Manual “O Tempo da História 1ª parte, História A.11ºano”, Célia Pinto do Couto, Maria Antónia Monterroso Rosas; Revisão Científica: Elvira Cunha de Azevedo Mea, Porto Editora, 2008. . http://br.geocities.com/fcpedro/frabsol2.html . http://historia.campus2.vilabol.uol.com.br/moderna/mercantilismo.htm . http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_Colbert Outros Trabalhos Relacionados
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