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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História - 11º Ano |
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Absolutismo Autores: Inês Santos Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 08/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o absolutismo, realizado no âmbito da disciplina de História (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução:
No meu trabalho, irei
abordar o conflituoso tema do Absolutismo. Sempre me despertou um certo
interesse pois para mim, é intrigante como pode alguém ter em si poder
absoluto seja sobre o que for, ainda para mais tratando-se de um país,
daí eu ter tido vontade de descobrir e informar-me mais sobre este tema
e sobre como era exercido este tamanho poder concedido. Absolutismo Régio – Conceito:
Na Europa Medieval, o
poder político esteve fragmentado durante muitos séculos. Cada feudo
tinha suas próprias leis e seu próprio governo. A autoridade dos reis
valia pouco sobre os senhores feudais. Exercício do poder – Consideração:
Na Europa Medieval não
existia nenhum Estado Nacional, cada feudo era uma espécie de mini-país,
com as sua próprias leis, que além de serem baseadas nos costumes e
tradições explicitavam a vontade dos senhores feudais. Os reis não
passavam de senhores feudais poderosos, mas, nos outros feudos a vontade
do rei não valia muito. Não existia um poder central emitido sobre
todos. Fundamentos do poder real: O poder real adquiriu quatro características como base: . O poder real é Sagrado. Segundo Bossuet o poder vem de Deus, que o atribuiu aos monarcas para que estes o pudessem praticar em seu nome na Terra. Sendo então que qualquer atentado ao rei é entendido como uma profanação e que por isso se deve obedecer-lhe por principio e em honra da religião. No entanto, tal com a origem divina do poder concedia incontestabilidade, também impunha limites, sendo que o rei deveria respeitar o seu poder e deveria apenas executa-lo para o bem público. Ou seja, como o poder era concedido ao rei por Deus era impossível e indigno condena-lo ou questioná-lo, sendo que quem o fizesse era considerado pagão e era seriamente punido, apesar disso não era permitido ao rei governar sem limites, este deveria garantir que qualquer decisão deveria beneficiar o seu povo e não apenas a si próprio. . O poder real é Paternal. O rei era visto como um “pai do povo”. Era ele que se deveria preocupar com todas as necessidades da sociedade, com a protecção dos mais fracos, e com uma governação justa mas aprazível. Portanto, como “pai do povo”, o rei deveria cultivar essa imagem exercendo o seu poder de uma forma protectora e justa. . O poder real é Absoluto. Como portador do absolutismo do poder o rei tornava-se independente nas suas decisões, sendo que não era obrigado e nem deveria prestar esclarecimentos a ninguém daquilo que ordena. Com o seu poder absoluto, o rei assegurava que o respeito pelas leis e pelas normas da justiça era exercido, evitando a anarquia ou desordem, que extrai aos homens os seus direitos, instala assim a “lei do mais forte”.
. O poder real está
submetido á razão. Ou seja, á instrução que deve salvar mais os
estados do que a força. É esta percepção única das coisas pertencentes
ao príncipe, esta inteligência e esta ciência que deve e faz o povo
feliz. Supostamente o rei que é escolhido por Deus, deve
inquestionavelmente ser possuidor de qualidades internas tais como a
generosidade, a convicção, a força no carácter, a precaução e a
capacidade de previsão e percepção. “Há quatro caracteres ou qualidades essenciais na autoridade real: em primeiro lugar, a autoridade real é sagrada, em segundo lugar é paternal, em terceiro lugar é absoluta, em quarto lugar está submetida á razão.” Bossuet em “A Política tirada da Sagrada Escritura” Documento 1 – excerto de “A politica tirada da sagrada escritura” de Bossuet Privilégios Sociais do Poder Absoluto: O Absolutismo foi o regime baseado principalmente na centralização, ou seja, os soberanos passaram a concentrar todos os poderes em si, ficando os cidadãos excluídos de qualquer participação e controle na vida pública. O absolutismo continha como base social o privilégio, as honras, as riquezas e os poderes eram totalmente reservados a um pequeno grupo de pessoas, rei e nobreza, logicamente reservavam para si os privilégios que lhes convinham, sendo que este regime não era unânime nem nada democrático. Estes chamados privilégios ou direitos sociais eram os seguintes: . Os privilégios sociais, que concediam o acesso exclusivo a cargos, oficialato no exército, colégios, distinção nas vestes, etc. . Os privilégios jurídicos, que concediam direito de passar testamento, tribunais e penas especiais segundo vontades. . Os privilégios económicos, que concediam isenções de impostos, sendo que então estas recaíam sobre os pobres. Fundadores do Absolutismo: Os fundamentos e atributos da monarquia absoluta ou absolutismo régio, foram legitimados pelo clérigo Bossuet. Foi ele próprio que construiu o argumento de que o governo era algo divino e que os reis recebiam legitimamente o seu poder de Deus, conferindo aos monarcas autoridade ilimitada e incontestável. Com a sua teoria, ele procurou mais propriamente defender a forma de governação do rei Luís XIV, que foi o maior monarca a favor do absolutismo, sendo o principal defensor do absolutismo. No entanto existiram ainda teóricos do absolutismo, tais como Nicolau Maquiavel que foi o principal responsável pela secularização da política, Maquiavel subordina o indivíduo ao Estado, tornando-se assim no primeiro defensor do absolutismo, e Thomas Hobbes cujo pensamento estava centrado em explicar as origens do Estado. De acordo com Hobbes, o homem em seu estado de natureza é egoísta. Este egoísmo gera prejuízos para todos. Procurando a sociabilidade, o homem estabelece um pacto: abdica de seus direitos em favor do soberano, que passa a Ter o poder absoluto. Assim, o estado surge de um contrato. Quem foi Luís XIV?
Luís XIV de Bourbon nasceu
em 1638 e morreu em 1715, conhecido como "Rei-Sol" (símbolo da ordem e
da regularidade). Luís XIV foi o maior monarca absolutista da França, e
reinou de 1643 a 1715.
Figura 0 - Luís XIV Figura 1 - Retrato de Luís XIV de França Quem foi Bossuet?
Jacques-Bénigne Bossuet
nasceu em 1627, e morreu em 1704. Foi um bispo e teólogo francês, e um
dos principais teóricos do absolutismo. Bossuet foi um dos primeiros a
defender a teoria do absolutismo político e criou o argumento de que
todo o governo era divino e que os reis recebiam seu poder legitimo de
Deus. No ano 1652 foi ordenado padre e doutorou-se em teologia. Pregou os sermões da quaresma em dois famosos conventos, das . Em 1662 foi chamado a pregar para Luís XIV. As suas orações ficaram principalmente famosas nos funerais da rainha de Inglaterra e sua filha. Atingiu o desígnio de bispo de Condom em França, e foi escolhido para tutor do Delfim, o filho mais velho do rei, deixou ao bispado e entrou na corte, e aí teve a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos e integrar-se na política.
Veio a tornar-se tão
integrado no absolutismo do reinado de Luís XIV que chegou a definir
como pagão qualquer um que tivesse opinião própria. Formulou a ideologia
gaulesa, Receando um corte dentro da igreja, entre os partidários do rei e os ultra montanistas que consideravam os poderes do papa supremos e inatacáveis mesmo em solo francês, fomentou uma assembleia geral cujo documento final redigiu e no qual ficou assente que o papa era autoridade somente em matéria religiosa. Foi o seu livro “Política tirada das Santas Escrituras” em 1708 que lhe valeu o título de teórico do absolutismo. É nessa obra que desenvolve a doutrina do direito divino segundo a qual, qualquer governo formado legalmente expressa a vontade de Deus e é sagrado e qualquer rebelião contra ele é criminoso, no entanto, o soberano deve governar seus súbditos como um pai, à imagem de Deus, sem se deixar atingir pelo poder. Para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra, portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes. Escreveu ainda “Exposição da Fé Católica”, “História das Variações das Igrejas Protestantes” e "Discurso sobre a História Universal”, tudo com o objectivo apoiar e afirmar tudo o que defendia.
Figura 2 - Retrato de Bossuet Figura 3 - Retrato de Bossuet
Figura 4 - Palácio de Versalhes
Figura 5 - Jardim do Palácio de Versalhes
Figura 6 - Planta do Palácio e Jardim de Versalhes
Figura 7 - Palácio dos Inválidos
Figura 8 - Palácio dos Inválidos (vista panorâmica) Absolutismo em Portugal: Portugal foi o primeiro Estado Absolutismo a se consolidar na Europa. Este regime político teve um percurso firme e pacífico em Portugal, e não deve ser de nenhum modo confundido com despotismo ou tirania.
No Absolutismo português o
rei era aclamado e não escolhido ou sagrado, obrigado a prestar um
juramento pelo qual se comprometia a respeitar o povo, as leis da Igreja
e os privilégios e costumes do reino, isto é, o monarca comprometia-se a
aceitar a lei moral e religiosa, bem como as tradições. Esta situação
manteve-se desde o início, vindo apenas a ser alterada com o Marquês de
Pombal, por influência do modelo austríaco e das teorias
jusnaturalistas, passando a colocar-se o rei acima de quaisquer leis.
Durante esta fase da
História portuguesa verificou-se um empenho no reforço da estrutura
intercontinental, resultante da crescente importância da Índia e do
Brasil e em resposta aos ataques de outras potências coloniais
europeias. Verificou-se também um aumento da influência das instituições
locais e da influência local das camadas privilegiadas. A transformação das cortes num corpo permanente e a formação de um conselho de Estado com atribuições executivas independentes, embora tenham sido um passo na modernização do Absolutismo, não o transformaram. Com a expulsão do conde de Castelo Melhor, em 1674, voltou-se à tradicional monarquia absoluta. Uma vez restabelecida a paz com Espanha na sequência das guerras da Restauração, entrou-se num novo período da monarquia absoluta, que englobava os reinados de D. Pedro II e D. João VI, durante os quais não houve uma mudança na estrutura absolutista – continuou, de uma maneira geral, um Absolutismo tradicionalista.
Entre o final do século
XVII e o século XVIII o principal suporte e motivo do Absolutismo foi o
império ultramarino, ligado a uma política económica mercantilista em
que o papel do rei foi proposto, um pouco à imagem do modelo francês de
Luís XIV.
O poder do Estado passou a
ser o próprio Estado. Contudo, esta teoria do governo de D. José não é
amplamente aplicada, pois Portugal é um país estruturalmente inadaptado
a estas alterações tão radicais. A crise do absolutismo chegou no primeiro quartel do século XIX, com as Invasões Francesas, a independência do Brasil e as divergências políticas entre os partidos. A falta de vigor da defesa das ideias absolutistas e a perda da sua base económica conduziram ao abandono deste regime em 1834.
A partir daí, estes
conceitos passaram apenas a estar presentes em minorias políticas dos
séculos XIX e XX.
Figura 9 - Marquês de Pombal
Figura 10 - D. João V
Figura 11 - Conde de Castelo Melhor
Figura 12 - D. Pedro II Figura 13 - D. João VI
Figura 14 - D. João V Figura 15 - D. José O Absolutismo em França: O absolutismo vigorou na França entre os séculos 16 e 18, período conhecido como Antigo Regime para os franceses. Trata-se de uma longa fase da história monárquica francesa, dominada em sua maior parte pela dinastia dos Bourbon. O ápice do absolutismo francês ocorreu sob o reinado de Luís XIV, o Rei Sol. Seu extenso governo foi o modelo acabado do Antigo Regime francês, tendo influenciado outras monarquias europeias, suas contemporâneas.
O fortalecimento do poder
em parte deveu-se á “A Guerra dos Cem Anos”, conflito que opôs França e
Inglaterra entre 1337 e 1453, contribuiu para a consolidação do poder do
monarca francês, na medida em que garantiu um dos elementos centrais da
formação do Estado-Nação moderno: a constituição de um exército
permanente. Na transição do período medieval para o moderno, a dinastia que reinava na França era a dos Valois. Foi sob o reinado dos Valois que a França viveu um dos momentos mais importantes desse período: as chamadas guerras de religião, ocorridas ao longo do século 16, entre católicos e protestantes franceses. Embora, num primeiro momento, essas guerras tenham enfraquecido o processo de centralização política, em razão das consequências que uma guerra civil poderia ter para a unidade do reino francês, os conflitos religiosos acabaram servindo para fortalecer o poder central, processo visto como necessário para encerrar as divisões religiosas. Absolutismo Joanino:
Figura 16
- D. João V O absolutismo joanino é a centralização do poder político, caracterizadora do reinado de D. João V, que esteve na origem das repressões às revoltas clericais de 1736-1739 e às dos nobres, de 1728. Uma das características do governo de D. João V sempre foi a proclamação da sua intenção de manter as leis e os costumes tradicionais - apesar de tomar decisões sem consultar as cortes, como aconteceu com o aumento dos impostos em 1706 e 1712. Na realidade, o monopólio da atribuição de privilégios e benfeitorias, que abundava no apogeu do comércio do ouro e dos diamantes brasileiros e que o rei distribuía a seu prazer, encontrava-se nas suas mãos. O poder absoluto e autoritário de D. João V estendia-se por todas as possessões ultramarinas portuguesas, e o seu principal objectivo era exercer um governo mais produtivo e eficaz, controlado rigorosamente para que não houvesse perda indevida de riqueza. Numa forma geral e explicativa, o governo do rei era feito por um Conselho presidido pelo rei, do qual faziam parte o secretário de Estado do Reino, que funcionava como ministro, o secretário dos Negócios Estrangeiros e da guerra e o secretário de Estado da Marinha e Ultramar. Adoptou uma atitude paternalista em relação aos súbditos, transmitiu o poder absoluto e a dignidade e autoridade de rei, ora castigando os abusos cometidos, ora distribuindo tenças e benesses pelos nobres e dando protecção ao povo. A burguesia desenvolveu-se com os negócios ultramarinos. Nesta segunda fase houve um desafogo financeiro. Isto só foi possível devido ao ouro que vinha do Brasil, permitindo o aumento das importações e o reino embelezou-se com bonitas construções, tais como o Convento de Mafra, a biblioteca da Universidade de Coimbra entre outros. Por essa altura, prevalecia uma corrente europeia que preconizava o absolutismo do monarca reinante como característica óbvia da origem divina do poder régio: se o rei se sentava no trono era pela vontade de Deus, sendo-lhe, por esta razão, devida a obediência. O fausto que acompanhava o rei reforçava esta ideia, materializando-se não só nos trajes e carruagens como na decoração dos edifícios encomendados, forrados a talha dourada, pintura e pedras nobres, nos especiosos e exóticos banquetes e na arquitectura efémera, criada para ocasiões especiais. A centralização política do absolutismo, contudo, não foi suportada pela devida reestruturação dos organismos executivos, o que originou um profundo desequilíbrio. A verdade é que esta reforma foi iniciada uns anos antes da morte do rei, o falecimento de D. João V, contudo, interrompeu a sua progressão. D. José I, seu filho e herdeiro da Coroa, reforçaria o absolutismo monárquico, raiando, por vezes, a opressão intolerante através de medidas radicais contra os que se opunham ao reforço do poder régio. Conclusão:
Com este trabalho pude
concluir que de facto o poder absoluto que era concedido aos monarcas
podia ser bastante conflituoso, mas no entanto mais simples em termos de
quem é que ditava o rumo das coisas. consegui esclarecer todas as
duvidas que tinha sobre este regime politico e pude ainda descobrir
algumas curiosidades intrigantes sobre este assunto. Bibliografia: Internet: http://www.photoatlas.com/pics01/photo-of-france-24.html http://www.pimenet.org.br/missaojovem/mjhistdaigrejatrono.htm http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-s-iacutembolo-da-coroa-image2325531 http://rafaelaffonso.files.wordpress.com/2010/02/800px-versailles_plan_jean_delagrive.jpg http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/o-absolutismo-e-o-rei.htm http://www.infopedia.pt/$genese-do-absolutismo-em-portugal http://pt.shvoong.com/books/classic-literature/1829942-absolutismo/ http://www.slideshare.net/search/slideshow?searchfrom=header&q=absolutismo http://www.edusurfa.pt/mostra_pdf/?pdf=OAbsolutismoRegio.pdf http://esfahistoriadores.blogspot.com/2007/09/absolutismo-rgio.html http://www.knoow.net/historia/historiaportug/absolutismo.htm http://educacao.uol.com.br/historia/absolutismo-na-franca.jhtm http://pt.shvoong.com/humanities/history/1689797-absolutismo-joanino-hist%C3%B3ria/ http://www.lufrancesa.com/blog/wp-content/images/posts/maio2009/300px-invalides_aerial_view.jpg Livros: “O Tempo da História” 11º ano – Célia Pinto do Couto; Maria Antónia Monterroso Rosas – Porto Editora; “Descobrir a História” 8º ano – Cláudia Amaral; Ana Lídia Pinto; Pedro Almiro Neves – Porto Editora; Outros Trabalhos Relacionados
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