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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Física - 10º Ano |
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Capacidade Térmica Mássica Autores: Inês Gomes Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 12/06/2010 Resumo do Trabalho: Relatório de actividade prática laboratorial sobre a Capacidade Térmica Mássica, realizado no âmbito da disciplina de Física (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Problema . Porque é que no Verão a areia fica escaldante e a água do mar não? . Porque é que os climas marítimos são mais amenos do que os continentais? Objectivo . Determinar a capacidade térmica mássica do ferro e do cobre; . Cumprir todas as normas de segurança e higiene no laboratório. Introdução Nesta actividade experimental vai ser utilizada a expressão C = Δt.I.U / m.Δq para calcular a capacidade térmica mássica de uma substância. A capacidade térmica de uma substância corresponde à quantidade de energia necessária para fazer variar de ΔqºC a temperatura de uma certa massa de um material. Esta expressão mostra que esta quantidade de energia é directamente proporcional à massa da substância e à variação da temperatura pretendida, isto é: . Para obter a mesma variação da temperatura, é necessário fornecer ou retirar uma quantidade de energia tanto maior quanto maior for a massa do material cuja temperatura se quer alterar; . Para a mesma massa, quanto maior for a variação de temperatura que se pretende obter, maior a quantidade de energia é necessário fornecer ou retirar; . A constante de proporcionalidade denomina-se capacidade térmica mássica da substância. Para temperaturas iguais ou superiores à temperatura ambiente, tem um valor constante que caracteriza a maior ou menor facilidade que essa substância tem para absorver energia. A capacidade térmica mássica de uma substância é numericamente igual à quantidade de energia que é necessário transferir para a massa de 1kg dessa substância, para que esta experimente a variação de temperatura de 1k (ou de 1ºC). Material . 1 Fonte de alimentação; . 1 Voltímetro (± 0,01 Volts);
. 1 Amperímetro (± 0,01 Amperes); . 1 Cronómetro; . 1 Balança (± 0,01g); . 1 Bloco de Ferro; . 1 Bloco de Cobre; . 1 Termómetro (± 0,5 ºC) . Glicerina (L); . 1 Interruptor; . 1 Gobelé 250 mL; . 1 Placa de esferovite; . Fios de ligação; . Crocodilos; . Resistência eléctrica. Procedimento 1. Pesaram-se os blocos metálicos; 2. Montou-se o circuito eléctrico com a resistência de aquecimento, a fonte de alimentação, o amperímetro (em série) e o voltímetro (em paralelo); 3. Registou-se as incertezas absolutas de leitura de cada um dos materiais utilizados na montagem do circuito eléctrico; 4. Colocou-se um pouco de glicerina no interior de um dos orifícios do bloco de cobre; 5. Colocou-se a resistência de aquecimento e o termómetro nos restantes orifícios do bloco de cobre; 6. Ligou-se a fonte de alimentação; 7. Fechou-se o circuito e iniciou-se a contagem no cronómetro, simultaneamente; 8. Registou-se, minuto a minuto, os valores obtidos (temperatura, intensidade e diferença de potencial) numa tabela; 9. Calculou-se a capacidade térmica mássica do cobre; 10. Calculou-se a percentagem de erro do valor calculado e comparou-se com o valor tabelado; 11. Elaborou-se um gráfico q = f(t), que ilustra a variação da temperatura do bloco. Para o bloco de ferro efectuou-se o mesmo procedimento. Tabelas Bloco de Cobre
Bloco de Ferro
Cálculos Bloco de Cobre Dados: mbloco= 1021,80g = 1021,80 x 10-3 qfinal= 97ºC = 370K qinicial = 26ºC = 299K Δt= 10m = 600s Ctabelado= 390 J kg-1 k -1 ΔT=370-299=71K I=(5,11+5,21+5,23+5,19+5,05+5,17+5,12+5,15+5,10+5,13+5,19)/11=5,150A U=(3,66+3,18+3,32+0,93+3,65+3,79+3,80+3,91+4,01+3,78+3,55)/11=3,416V C = Δt.I.U / m.ΔT, em que C = capacidade térmica mássica = 600 x 5,150 x 3,416 / 1021,80 x 10-3 x 71 = 145 J Kg-1 K-1 ΔC=| Cmedido - Ctabelado |, em que ΔC = incerteza absoluta = |145 – 390| = 245 J Kg-1 K -1 qr = ΔC / Ctabelado x 100, em que qr = incerteza relativa = 245 / 390 x 100 = 63% Bloco de Ferro Dados: mbloco=1005,32g = 1005,32 x 10-3 Kg qinicial = 25ºC = 298K qfinal= 105ºC = 378K Δt= 10m = 600s Ctabelado= 460 J kg-1 k -1 ΔT=378-298=80K I=(5,43+5,43+5,38+5,41+5,42+5,41+5,39+5,41+5,43+5,42+5,41)/11=5,413A U=(0,62+3,46+3,68+3,86+4,65+3,70+3,30+3,34+3,08+3,32+3,47)/11=3,316V C = Δt.I.U / m.ΔT, em que C = capacidade térmica mássica = 600 x 5,41 x 3,316 / 1005,32 x 10-3 x 80 = 134 J Kg-1 K-1 ΔC=| Cmedido - Ctabelado |, em que ΔC = incerteza absoluta = |134 – 460| = 326 J Kg-1 K -1 qr = ΔC / Ctabelado x 100, em que qr = incerteza relativa = 326 / 460 x 100 = 71% Gráficos
Discussão de Resultados/ Conclusão Depois da execução desta actividade experimental e, respondendo aos problemas levantados no decorrer da mesma, posso concluir que: 1. O material de que é feita a areia e a água apresentam capacidades térmicas mássicas diferentes, devido a serem substâncias diferentes. Se considerarmos uma dada massa de água e igual massa de areia, aquecidas pela radiação solar durante o mesmo tempo, a elevação de temperatura na areia é muito mais elevada, porque a capacidade térmica mássica da areia é muito menor que a da água. Isto faz com que a mesma quantidade de energia transferida provoca um menor aquecimento da água do que aquele que se verifica na areia. 2. Quanto maior for a capacidade térmica mássica de um material, o arrefecimento do mesmo demora mais tempo a efectuar-se, ou seja, a água do mar emite para a atmosfera menor quantidade de calor, logo o clima será mais ameno. Pelo contrário, as areias e outros materiais existentes num clima continental, tendo uma capacidade térmica mássica mais baixa, arrefecem rapidamente, isto é, aquecem rapidamente o meio ambiente e por isso o clima é menos ameno. Podemos ainda referir que os climas marítimos são mais amenos do que os continentais porque, devido à sua enorme capacidade térmica mássica, a água é capaz de armazenar grandes quantidades de energia ao longo do dia, que aquando do arrefecimento nocturno, pode libertar, aquecendo o ar das vizinhanças. Nesta actividade experimental foi utilizada a glicerina para aumentar a condutividade térmica do metal. Mas nem isto foi suficiente para a obtenção de bons resultados, pois as incertezas relativas obtidas nesta experiência ultrapassaram os 50%, ficando bastante “longe” dos valores tabelados, devido a vários factores como: . Existência de grandes dissipações na zona dos crocodilos. Prova disto foi o facto de um crocodilo se ter danificado; . Existência de muitas perdas de energia através da resistência, pois esta esteve ligada, desnecessariamente, durante algum tempo, e também através do sistema, pois este era um sistema aberto (trocas de matéria e energia); . Existência de muitas oscilações nos valores registados no amperímetro e no voltímetro, provavelmente provocadas por movimentos bruscos ocorridos junto do local de ocorrência da actividade experimental; . Houve, provavelmente, uma má colocação do termómetro, o que provocou uma má leitura das temperaturas; . Existência de impurezas no orifício do bloco metálico onde foi colocada a glicerina, o que fez com que aumentasse a condutividade térmica não só do metal, como também dessas substâncias, alterando os valores da temperatura. Mas apesar de tantas “imperfeições”, consegui chegar à conclusão pretendida nesta experiência: a capacidade térmica do ferro é superior à capacidade térmica do cobre. Por isso, o aquecimento do ferro e consequente arrefecimento irão ser mais lentos que o do cobre. Bibliografia . http://pt.wikipedia.org/wiki/Capacidade_térmica_mássica . http://www.cidepe.com.br/resources/multimidia/images/upload/produtos/ m1226324736_EQ213.jpg . http://radamesm.files.wordpress.com/2009/04/balanca.jpg . http://maisonhair.com.br/loja/images/glicerina.jpg . Simões, T., Sobrinho, Queirós, M. Alexandra, Simões, M. Otilde., 2008, Química em Contexto Química 10, 1ª edição, Porto Editora, Porto, Portugal.
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