Introdução

Com este trabalho pretendo demonstrar que para além das nossas fronteiras e daquilo que conhecemos há vidas muito sofredoras. Por exemplo: quando vemos umas sapatilhas “super fixes”,  por detrás desse encanto encontram-se vidas de grande escravidão.

Aquele mundo que para nós é perfeito, para muitos é um tormento…   

Estimativa

Existem mais de 400 milhões de crianças escravas menores de 15 anos no mundo.

Muitas delas são, na realidade, escravos, trapos humanos ao mando de um patrão, “vendidas como repolhos”.

Normalmente provêm de famílias destruídas, com baixos níveis educativos, numa situação de pobreza.

A maioria dos escravos domésticos, entre 80% a 90%, são raparigas, facilmente exploradas por abuso sexual.

Para kant este é um acto contra a moral… Porquê?

Para kant, o valor moral das acções depende do respeito pelos princípios. Logo, uma acção é moral quando é realizada por puro respeito pelo dever.

O segunda formulação do imperativo categórico diz-nos: Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim, e nunca como um meio.

Neste sentido, é errado utilizar crianças como instrumentos para aumentar os rendimentos de pessoas sem escrúpulos (sem sentimentos), que pensam apenas no seu próprio bem-estar, aproveitando-se de situações de miséria em que as mesmas vivem.

Quais são os trabalhos exercidos?

Normalmente exercem cargos de 18 horas por dia como empregado/a doméstico/a,  agricultura, indústria têxtil, outras são treinadas para matar, e as raparigas com mais frequências são abusadas sexualmente, o que prejudica a criança tanto psicologicamente como fisicamente.

Quando compramos um produto, é possível certificarmo-nos de que não foi usada mão-de-obra infantil na sua produção?

É impossível ter certezas absolutas, mas uma fundação criou um selo de destaque para as empresas que garantem que não à participação de mão-de-obra infantil na elaboração dos seus produtos.

Mas não é feita uma inspecção constante e nem sempre as empresas têm acesso a todas as etapas de produção. Na maioria das vezes é nessas etapas que está concentrada a mão-de-obra infantil, como por exemplo, na colagem de solas de sapatos.

Será que a escravidão depende de culturas para culturas?

Sim!

Nos países mais pobres nomeadamente da África, da Ásia, no Brasil..  a escravidão é mais frequente  do que nos países desenvolvidos devido à pobreza.

É essa mão de obra barata que sustenta  a fome de tantos pobres e por isso sujeitam-se ao mais cruel trabalho que possa haver, enquanto que nos países industrializados existem leis que proíbem a escravidão embora haja um grande número de pobreza.

Mas também nas culturas destes países o conceito de igualdade e de direito não é visto de maneira igual como é  para a nossa sociedade.

Porque é que os governos não acabam com isto?

Devido à falta de posses económicas dos países em desenvolvimento que privam a extinção da escravidão na totalidade, mas felizmente o número de casos tem vindo a diminuir.

No entanto, a culpa não é só do governo é de toda a gente, do egoísmo e daquelas pessoas que querem sempre mais, mesmo que seja ao custo da infância das crianças.

Jonh Locke- estado justo

Não é John Locke que defende que o estado justifica-se porque pode dar a cada indivíduo mais protecção?

Se a teoria de Jonh Locke fosse implantada por parte dos estados certamente a escravidão de menores já não existiria ou os casos eram insignificantes, pois seria-lhe dada protecção.

E com este estado certamente todos teriam os mesmos direitos, já que a estas crianças lhe são tirados todos os direitos de um cidadão.

No entanto ainda não se verifica protecção total nas crianças exploradas.

Sociedade mais justa

Talvez para que se conseguisse acabar com a escravidão infantil e lutar pelos direitos destes, fosse necessário um dialogo intercultural.

Neste diálogo de diferentes culturas eram expostas todas as ideia e opiniões, com vista a chegar a um consenso, a um ponto de vista imparcial, em que os intervenientes das diferentes culturas concordassem.

Só quando os valores fossem universais se conseguiria chegar a uma sociedade mais justa!

Testemunho de uma vítima de escravidão…

Foi raptada aos 12 anos.

Trabalhava 18 horas sem salário, sem possibilidade de estudar, e jamais poderia sair. Quando terminava as duras horas de trabalho, trancavam-na à chave num lugar sem luz e sem água, apenas comia sobras… e recebia pancadas por tudo.

"Foram 7 anos de escravidão que pareceram 17», resume. O pior não era a extenuação física, mas a psicológica. “ Dói... Não és ninguém, és uma coisa, a propriedade de alguém”… Um objecto que se compra ou se cede!

Hoje e o amanhã!

Será que uma criança, após uma vida de escravidão, terá o mesmo desenvolvimento e rentabilidade, comparativamente a uma criança não escrava?

Claro que não,  pois são dias de grandes traumas e esgotamento que marcam a vida para todo o sempre e isso vai manifestar-se nas atitudes e comportamentos da criança (em adulto).

Além disso, porque foram privadas de frequentar a escola estão em desvantagem relativamente aos outros numa sociedade cada vez mais competitiva, nomeadamente na procura de emprego.

Depois de saberes isto…

. Ainda dizes que não queres ir para a escola?

. Eles adoravam estar lá todos os dias…

. Ainda dizes que não queres jantar porque a tua mãe fez um prato que tu não gostas?

. Eles agradeciam aos teus pés se lho desses!

. E quando ficas aborrecido porque não está a dar o teu programa favorito na televisão?

. Eles não têm esse problema pois certamente nunca viram televisão…

. Ainda vais dizer á tua mãe que não queres arrumar o quarto porque estás muito cansado?

. E eles?...

Põem-te no lugar destas crianças escravas, e luta para que seja uma vida boa, que tenha pelo menos os direitos básicos de uma criança!

Conclusão

Na minha opinião, a escravidão de menores provoca uma dor insuportável que marca qualquer pessoa. São dias de longo sofrimento, exaustão e exploração, é não ter ninguém, é não ter nada, é ser um objecto a mando de alguém!

Não terão todas as crianças os mesmos direitos? Não terão todas direito a uma infância feliz?

Porque é que nem todas as crianças têm direito a sonhar, a brincar, a ter um amigo ou simplesmente à sua família?

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