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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Filosofia - 10º Ano |
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A Civilização Maia Autores: Laura Ribeiro Escola: Escola E.B. 2,3 /S de Vilar Formoso Data de Publicação: 02/06/2010 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Civilização Maia, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução No âmbito da disciplina de Filosofia foi proposta a realização de um trabalho sobre uma cultura à nossa escolha. Foi então que decidi realizar este trabalho sobre a cultura Maia, pois esta é uma cultura muito interessante e que me despertava alguma curiosidade. Uma cultura é o conjunto de conhecimentos, crenças religiosas, arte, moral, direito, custumes, e todas as outras capacidades e hábitos que o homem adquire enquante membro de uma sociedade. Numa vasta região da América, o povo Maia criou uma das mais brilhantes, poderosas e originais civilizações antigas da Mesoamérica. Criadora de uma das formas culturais mais avançadas da história americana, a civilização Maia estendeu-se por um período de mais de três mil anos. Era um povo pacífico, filosófico e sobretudo preocupado com o cálculo do tempo. Considerando a civilização Maia como um grupo cultural muito avançado, pode-se inferir que lograram um grande desenvolvimento em muitas áreas: astronomia, arquitectura, escultura, pintura, matemática, entre muitas outras. Este povo caracterizava-se pela sua grande inteligência e as suas obras de arte.
Imagem 1 - Localização da civilização Maia - Peninsula de Iucatão (México) Religião A religião era o ‘centro’ das actividades maias, visto que todas elas de desenvolviam à volta dos rituais. Entre os rituais típicos mais havia abstinência, danças, coros, música, jejum, meditações, etc. O povo maia acreditava na imortalidade da alma e por isso viam a morte com calma e naturalidade. Para os maias, o Universo era habitado por forças sobrenaturais que se manifestavam na Natureza e no mundo animal e que cediam ao homem o necessário para sobreviver. A cultura maia era “Politeista” e os principais Deuses eram: Hunak Ku (Deus Creador); Itzammá (filho de Hunab Ku); Chac (Deus da chuva e da Agricultura) e Ah Puch (deus da morte).
Imagem 2 - Representação de um Deus Maia Cálculo do Tempo Os calendários desta civilização foram o centro da sua vida e o seu maior feito cultural. Os maias eram grandes observadores do tempo, e possuíam diversos sistemas para o medir. Os calendários maias mais conhecidos são o Tzolkin (baseado no sistema solar) e o Haab (baseado no sistema lunar), que tinham um ciclo de 260 e 365 dias respectivamente. Os calenários maias estavam baseados em precisas observações astronómicas. Mediram com exactitude o ano solar e assim puderam desenhar o “passar do tempo” no passado e no futuro.
Imagem 3 – calculo do tempo
Imagem 4 – Calendário Maia Artes Os Maias foram os artistas mais originais e refinados de toda a América pré-colombiana, estes desenvolveram, diversos estilos de arquitectura, pintura, escultura e outras artes, nas que mostraram um alto nível de qualidade técnica. A labor dos artistas estava com as características sociais, culturais e políticas do seu entorno.
Imagem 5- obra de arte maia As artes eram com frequência utilizadas para decorar templos e monumentos religiosos para representar membros da classe no poder. A pintura era utilizada em grandes representações murais e também na decoração da cerâmica. A arquitectura maia participou nas características generais das culturas americanas, mas com estilos próprios. As construções mais fizeram-se basicamente de madeira e pedra.
Imagem 6 - Pirâmide Maia A escultura maia inclui uma grande variedade de manifestações. As suas principais características são a utilização do relevo, a monumentalidade no tratamento dos temas e o uso da cor no acabado superficial.
Imagem 7 – escultura maia Organização Social Os maias estavam divididos em classes sociais muito marcadas. O mais alto desta hierarquia era o governante, um representante de Deus na terra que tinha o máximo poder e decidia quando se tinha que criar guerra o pactuar a paz; mandava no comércio e nas alianças das uniões matrimoniais. Era apoiado pelo grupo sacerdotal, a nobreza e os seus guerreiros. Outro grupo na estrutura social eram os arquitectos, estavam por cima dos escultores, ceramistas e outros artesãos, os campesinos, serventes e escravos, que eram os de menor categoria. Os soldados eram importantes quando havia guerras, e se não, estes estavam mais abaixo que os arquitectos e comerciantes na escala social. A maioria eram campesinos que sustinham minoritariamente a classe dominante.
Imagem 8 – Pirâmide Maia Rituais A civilização Maia desejava características físicas específicas para os seus filhos, e com tal faziam intervenções para alcançar este padrão. Quando uma criança ainda era pequena, empurravam blocos de madeira sua testa para que ela ficasse mais achatada. Outra intervenção era feita para deixar as crianças vesgas, então balaçavam objectos na frente de recém-nascidos, até que eles ficassem estrábicos. Os Maias davam os nomes de seus filhos de acordo com o dia em que eles nasciam. Cada dia do ano tinha um nome feminino e um masculino, e esta era uma tradição seguida fielmente pelos pais. A tradição Maia sempre teve o costume de realizar sacrifícios de sangue por motivos religiosos e médicos, e muitos Maias ainda realizam este tipo de sacrifícios, mas hoje em dia, substituíram o sangue humano pelo sangue de animais para realizar as tradições ritualísticas dos seus ancestrais.
Imagem 9 - Utilização do sangue para rituais
Imagem 10 - representação da mulher Maia O vestuário Ao contrário dos povos indígenas sul-americanos, os Maias - indígenas da América do Norte sempre utilizaram roupas e muitos adereços, no sentido contemporâneo. Os Maias também usavam muito as penas, pois associavam-nas aos Deuses e como tal tinha um grande significado para eles. O uso de vestimentas "tradicionais" deve-se em parte ao clima temperado. Os Maias possuíam em comum o gosto pelas vestes elaboradas (tais como túnicas, mantos e capas), a tecelagem bastante desenvolvida e o fato dos trajes mais vistosos e coloridos serem destinados aos homens, bem como brincos, bandanas, pulseiras e demais ornamentos. As vestes femininas eram geralmente monocromáticas e de corte reto.
Imagem 11 - Homem Maia
Imagem 12 Vestimentas dos Maias Sustentabilidade própria A base da economia era a agricultura primitiva. O trato da terra era comunal, em sistema rotativo de culturas, sem adubagem ou técnica elaborada, o que levava ao rápido esgotamento do solo e seu consequente abandono. Praticavam a caça, pesca e criavam animais para a alimentação. Desconheciam no entanto a tracção animal, o arado e a roda. Por falta de matéria-prima local não conheceram também a metalurgia, mas desenvolveram uma importante indústria lítica (de pedra) que lhes fornecia armas, enfeites e instrumentos de trabalho. A produção de cerâmica, cestaria, tecelagem e a arte lapidária também tiveram muita importância na civilização Maia.
Imagem 13 – civilização Maia Na actualidade…
Actualmente, mais de dois milhões de Maias vivem nas suas regiões originais, e muitos ainda mantêm muito da sua cultura ancestral. Alguns estão integrados com a cultura dos países onde vivem, e outros ainda utilizam a linguagem Maia como idioma principal. As maiores populações dos Maias modernos habitam os estados mexicanos de Iucatão, Campeche, Quintana Roo, Tabasco e Chiapas. Na América Central, eles podem ser encontrados em Belize, Guatemala e nas regiões oeste de Honduras e El Salvador.
Imagem 14 - Maias na actualidade
Imagem 15 – família Maia na actualidade Curiosidades Matemática: O sistema de numeração dos maias era vigesimal, tinham um símbolo para representar o zero e usavam “bolas” e “riscas” para representarem os restantes números.
Imagem 16 - Numeração Maia Astronomia: Os maias sentiam-se curiosos com o Universo que os rodeava e assim sendo, decidiram explorá-lo. Estes chegaram a cálculos asombrosos pela sua exactitude, como por exemplo o ciclo solar, que o estabeleceram em 3.652.420 dias e o ciclo lunar em 2.953.086 dias. Escritura: A cultura maia desenvolveu o sistema de escritura mais completo de todos os povos indígenas americanos, com ele escreveram todo tipo de textos: de medicina, de botânica, de história, de matemáticas, de astronomia… Estima-se que existam 13 escritos principais da história Maia. Anexo
Imagem 17 – escritura Maia Cultura: É o todo complexo criado pelo homem que inclui crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais, costumes, artes, direitos, que identificam uma sociedade. São práticas e acções sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Explica e dá sentido à cosmologia social. É a identidade própria de um grupo humano num território e num determinado período. Multiculturalismo: Existência de culturas diferentes no mesmo espaço social, sem que nenhuma delas predomine. Face ao multiculturalismo podem-se assumir três tipos diferentes de atitudes: relativismo cultural, etnocentrismo e interculturalismo. Relativismo cultural: O Relativismo Cultural é uma ideologia político-social que defende a validade e a riqueza de qualquer sistema cultural e nega qualquer valorização moral e ética dos mesmos. O relativismo cultural defende que o bem e o mal, o certo e o errado, são relativos a cada cultura. Portanto esta atitude consiste em aceitar as diferenças culturais, considerando que estas devem ser respeitadas e preservadas, e como tal não pode haver misturas entre as culturas. O relativismo cultural pode levar ao racismo, isolamento e estagnação. Etnocentrismo: É um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de indivíduos faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adoptados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte. Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, pois esta atitude consiste em considerar a nossa cultura superior às outras. O etnocentrismo pode levar ao racismo, xenofobia e chauvinismo. Interculturalismo: O interculturalismo refere-se à interacção entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu convívio e integração assente numa relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mútuo, ou seja, esta atitude respeita as diferenças culturais e defende o diálogo entre elas.
Imagem 18 - interculturalismo Bibliografía Web: · http://www.xenciclopedia.com/upload/03-08/mapa_territorio_maya64.gif · http://clio.rediris.es/fichas/otras_mayas.htm · http://es.wikipedia.org/wiki/Cultura_maya · http://cultura.maiadigital.pt/termos · http://www.rosanevolpatto.trd.br/maiacosmo3.jpg · http://1.bp.blogspot.com/__d2B9sUpUVU/SfIWqb4zi2I/AAAAAAAAKY8/ CT9DshB2AhY/s400/mayas.bmp Livros: · “Os Maias; 3000 anos de civilização” ; De la Garza, Mercedes · “Os grandes mistérios da arqueologia ” ; Renzo, Rossi · “Atlas das grandes culturas” ; Oliphant, Margaret · “As civilizações das Américas” ; Davot, François; Purin, Sergio · “América Prehispánica” ; Ramos, Luis; Sanz, Angel; Blasco, Concepción.
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