Trabalhos de Estudantes  

Trabalhos de Biologia - 11º Ano

 

Ficha do trabalho:

Efeitos do sistema simpático e parassimpático

Autores: Ezequiel Tertuliano

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 06/08/2013

Resumo: Trabalho sobre os efeitos do sistema simpático e parassimpático, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano). Ver Trab. Completo

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Efeitos do sistema simpático e parassimpático

INTRODUÇÃO

O sistema simpático e sistema parassimpático, que apresentam acção antagónica sobre os órgãos que enervam.
Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes hormônios.
O hormônio secretado pelos neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurónios são chamados colinérgicos.
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles é chamada neurónios adrenérgicos.
A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagônica.

SISTEMA NERVOSO

O SN autônomo ou visceral, como o próprio nome diz, funciona independentemente de nossa vontade e tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a actividade dos sistemas digestório, cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração.

O sistema nervoso autónomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas), isto é, quando um estimula uma acção o outro inibe. Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em acção, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em acção para diminuir as contracções desses órgãos.

O SNP autónomo simpático, de modo geral, estimula acções que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de stress.

Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes hormônios. O hormônio secretado pelos neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pelas quais esses neurónios são chamados colinérgicos.

Os neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles é chamada neurônios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula supra-renal, promovendo aumento da secreção de adrenalina, harmónio que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de stress.

A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagônica.

 

Órgão

Efeito da estimulação simpática

Efeito da estimulação parassimpática

Olho: pupila Músculo ciliar

Dilatada nenhum

Contraída Excitado

Glândulas gastrointestinais

vaso construção

Estimulação de secreção

Glândulas sudoríparas

sudação

Nenhum

Coração:músculo (miocárdio) Coronárias

Atividade aumentada Vasodilatação

Diminuição da atividade Constrição

Vasos sanguíneos sistêmicos: Abdominal Músculo Pele

Constrição Dilatação Constrição ou dilatação

Nenhum Nenhum Nenhum

Pulmões: brônquios Vasos sangüíneos

Dilatação Constrição moderada

Constrição Nenhum

Tubo digestivo: luz Esfíncteres

Diminuição do tônus e da peristalse Aumento do tônus

Aumento do tônus e do peristaltismo Diminuição do tônus

Fígado

Liberação de glicose

Nenhum

Rim

Diminuição da produção de urina

Nenhum

Bexiga: corpo Esfíncter

Inibição Excitação

Excitação Inibição

Ato sexual masculino

Ejaculação

Ejaculação Ereção

Glicose sangüínea

Aumento

Nenhum

Metabolismo basal

Aumento em até 50%

Nenhum

Atividade mental

Aumento

Nenhum

Secreção da medula supra-renal (adrenalina)

Aumento

Nenhum

NEUROTRANSMISSORES

Nas junções neuro-musculares, tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do parassimpático, ocorrem sinapses químicas entre os neurónios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Nos dois casos, a substância neurotransmissora é a acetilcolina. Além da acetilcolina e da noradrenalina, existem outras dezenas de substâncias químicas neurotransmissoras. Algumas são citadas abaixo.

Endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos.

Dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma deficiência de dopamina neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode verificar-se demência. O segundo grupo, o mesolímbico, funciona na regulação do comportamento emocional. O terceiro grupo, o mesocortical, projecta-se apenas para o córtex pré-frontal. Esta área do córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planeamento de comportamento e pensamento abstracto, assim como em aspectos emocionais, especialmente relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas estão associados com a esquizofrenia.

Serotonina: neurotransmissor derivado do triptofano regula o humor, o sono, a actividade sexual, o apetite, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, actividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos age produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurónio e outro.

GABA (ácido gama-aminobutirico): principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie conforme a região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Seu efeito ansiolítico seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema límbico, inclusive a amígdala e o hipocampo. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação intensa, manifestada através de convulsões generalizadas.

Acido glutâmico, glutamato: principal neurotransmissor estimulador do SNC. A sua activação aumenta a sensibilidade aos estímulos dos outros neurotransmissores.

Os receptores adrenérgicos

O receptor α2 é conhecido como receptor pré-ganglionar, e também recebe o nome de auto-receptor (quando a noradrenalina, por exemplo, se liga ao receptor α2, ele inibe a função da noradrenalina, modulando uma resposta como uma alça reflexa – retro-alimentação negativa).

Os receptores α1 existem, em grande quantidade, na musculatura lisa das arteríolas. A noradrenalina, ao se ligar aos receptores α1 das arteríolas, produz vasoconstrição, fazendo com que exista uma tendência ao aumento de pressão arterial. Quando o indivíduo é hipertenso, deve-se dar o antagonista do receptor α1, um vasodilatador, como o Prasozin, por exemplo, pois este é um bloqueador de α1.

Ele inibe, por competitividade, o receptor, pois realiza a ligação, mas não provoca o efeito vasoconstritor (noradrenalina).

Também se pode impedir a liberação do neurotransmissor por uso de um agonista; dessa forma, acontece a modulação da liberação dos neurotransmissores no sistema nervoso simpático.

Os receptores β1, normalmente se localizam no coração, e têm influência directa no aumento da frequência cardíaca e no aumento do inotropismo. Essa estimulação β1 é cronotrópica positiva, ou seja, aumenta a frequência cardíaca, e tem um efeito inotrópico positivo, ou seja, aumenta a força de contracção, aumentando a velocidade de liberação e recaptação de cálcio no sistema cardíaco.

Os receptores β2 se localizam, fundamentalmente, na musculatura lisa das vias aéreas.
Essas características podem demonstrar como os efeitos podem ser completamente diferentes. Os receptores β1 aumentam a força de contracção do miocárdio, ao passo que a estimulação β2 relaxa a musculatura lisa brônquica e bronquiolar.

Se um animal estiver em situação de luta ou fuga, ou durante o exercício, no caso de humanos, o sistema nervoso simpático será estimulado, e produzirá um aumento da frequência cardíaca e da força de contracção do coração; já nas vias aéreas, ocorrerá a broncodilatação. Essas respostas são necessárias devido à realização do exercício físico.

Na asma, há um aumento da resistência das vias aéreas, ou seja, uma constrição das vias aéreas, fato que dificulta a ventilação. A classe farmacológica utilizada para tratar esta doença é a classe β2, com acção agonista, para que seja promovido o relaxamento das vias aéreas, facilitando a respiração.

CONCLUSÃO

O sistema simpático é responsável por reacções de stress, como uma briga, discussão ou perigo aumentando os batimentos cardíacos, pressão arterial e adrenalina no sangue.

Os neurónios pré-gânglionares na medula torácica e lombar (T1 a L2)-tóraco-lombar Gânglios longe das vísceras Fibra pré-gânglionar curta e pós longa Os neurotransmissores são noradrenalina e adrenalina. Sistema de alerta e fuga.

O sistema parassimpático, no entanto é responsável por reações de calma, como yoga, meditação e dormir.

Localizam-se no Tronco encefálico e na medula sacral (S2, S3 e S4)- crânio-sacral Neurónios próximos ou dentro das vísceras Fibra pré-gânglionar longa e pós curta O neurotransmissor é acetilcolina.

 

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