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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Biologia - 11º Ano |
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Estudo do Ciclo Reprodutor do Musgo Autores: Patrícia Lucas Escola: Escola secundária/2,3 C.E.B Alfredo da Silva Data de Publicação: 14/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho (Relatório) cujo objectivo foi a observação de uma colónia e espécime de musgo, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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1. Título: . Actividade Laboratorial: Estudo do ciclo reprodutor do musgo. 2. Introdução teórica: 2.1. Identificação da espécie Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. O corpo do musgo é dotado de filamentos denominados rizóides, que, embora se prestem à fixação e à absorção de nutrientes, não têm estrutura típica de raiz verdadeira. As folhas e o caule, também denominados filóides e caulóides, são bastantes simples, delicados. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, e não possuem flores, sementes e frutos. Preferem viver em lugares húmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva. Tradicionalmente, os musgos eram agrupados com os membros dos grupos Marchantiophyta e Anthocerotophitas na Divisão Bryophyta (briófitos), na qual os musgos eram classificados na classe Musci, no entanto, actualmente, os musgos encontram-se dentro da divisão Bryophyta sensu stricto. A Classe Musci (do latim) = musgo é constituída por cerca de 700 géneros e 1400 espécies, Sendo considerada a maior classe das briófitas. 2.2. Caracterização do seu modo de vida No seu ciclo de vida, nota-se a participação de gâmetas que dependem da água para que a fecundação ocorra. Nesse caso o gâmeta masculino desloca-se no meio líquido até ao gâmeta feminino. Assim, numa analogia com o mundo animal, as briófitas são consideradas “os anfíbios do reino vegetal”, já que residem em lugares húmidos e sombrios e dependem da água para a fecundação As briófitas (onde estão incluídos os musgos) reproduzem-se por alternância de gerações ou metagênese. Nesse ciclo reprodutivo observam-se: . Uma fase haplóide, produtora de gâmetas e denominada gametófito – o gametófito constitui a geração mais complexa do ciclo, sendo a fase mais desenvolvida e duradoura, uma vez que permanece vivo após a reprodução dos gâmetas; . Uma fase diplóide, produtora de esporos e designada esporófito – o esporófito representa a geração menos complexa e tem vida passageira, uma vez que se degenera após produzir e libertar os esporos. O gametófito de um musgo é dotado de rizóides; um caule ou caulóide delicado; folhas ou filóides rudimentares e clorofilados. Já o esporófito, que não é clorofilada, possui uma haste cujo ápice se diferencia numa estrutura denominada cápsula, onde os esporos são produzidos. Em certas épocas, o gametófito produz uma região apical uma pequena bolsa denominada gametângio, que produz gâmetas e representa, portanto, o órgão de reprodução do musgo. O gametângio é de dois tipos: . Anterídio – gametângio masculino, produtor de gâmetas pequenos, bifalegados e móveis, denominados anterozóides; . Arquegônio – gametângio feminino, produtor de gâmetas grandes e imóveis, denominados oosferas.
CICLO DE VIDA DO MUSGO: Os musgos são geralmente dióicos, o que significa que a planta ou é masculina ou é feminina, isto é, os sexos encontram-se separados.
Ao atingir a maturidade
sexual, os gametófitos produzem gametângios, sendo produzidos no seu
interior os gâmetas. No musgo masculino, os anterozóides podem alcançar
o musgo feminino através dos borrifos de chuva; então, “nadam” em
direcção ao arquegônio. A união entre o anterozóide e a oosfera, que
configura a fecundação que ocorre no arquegônio, determina a formação do
zigoto (2n). Este desenvolve-se e origina o esporófito (2n), produtor de
esporos, que cresce sobre o gametófito feminino (n), obtendo daí o seu
alimento. Da constituição do esporófito faz parte, uma haste formando-se
na sua extremidade uma cápsula, que abriga os esporângios “urnas” onde
se produzem esporos; os esporos formam-se através da meiose e são, então
libertados para o ambiente. Em condições adequadas, cada esporo germina,
formando uma espécie de “broto” denominado protema. Esse filamento, o
protema, “brota” e forma um novo musgo (gametófito), fechando o ciclo.
Podemos assim concluir que o musgo possui um Ciclo de Vida
Haplodiplonte.
Fig. 1 – Ciclo de vida do musgo 2.3. Distribuição em termos de habitat Como já foi referido anteriormente, o musgo vive preferencialmente em solos húmidos e ambientes sombrios.
Estes são, geralmente, os
primeiros organismos que se instalam sobre o substrato e superfícies
rochosas. Podemos então encontrá-los sobre o solo, troncos de árvores e
rochas. Estes podem ser dulcícolas, ou seja, residem em águas doces, mas
não é conhecido nenhum representante marinho. Fig. 2 – Colónia de musgo 2.4. Breve descrição da finalidade deste trabalho Desta forma uma das finalidades deste trabalho é a melhor compreensão dos conceitos ditos anteriormente, de modo a compreender a matéria leccionada e a visualização dos esporos após sofrerem meiose. Outra das finalidades é o conhecimento do ciclo de vida do musgo.
Fig. 4 – Musgo em água Fig. 5 - Musgo 3. Objectivos: Os principais objectivos deste trabalho são, a observação de uma colónia e espécime de musgo, de um indivíduo em reprodução e de uma cápsula do esporófito no microscópio. Ficando a conhecer, desta forma o Ciclo de Vida do Musgo e como é que o mesmo se processa. Um dos objectivos deste trabalho é também trabalhar um pouco a matéria leccionada anteriormente para melhor percepção da mesma. Tendo sido também necessária uma pesquisa sobre o assunto para se conhecer o Ciclo de Vida do musgo, obrigando os alunos a estudar o tema. Outro objectivo, é no final da actividade observar os esporos a serem libertados através do esporângio. 4. Protocolo experimental: 4.1. Material . Caixas de Petri . Bisturi . Agulha de dissecação . Pinça . Lupa binocular . Lâmina . Musgo (colónia, espécime, em reprodução e cápsula do esporófito) . Microscópio com televisão 4.2. Procedimento . Primeiramente colocou-se numa caixa de petri um pouco de colónia de musgo, de seguida observou-se a mesma na lupa binocular e fez-se o esboço da preparação visualizada. . Posteriormente, retirou-se a preparação anterior e colocou-se numa lâmina, com o auxilio de uma agulha de dissecação e da pinça, um espécime de musgo, e observou-se, também, na lupa e de seguida esboçou-se o observado numa folha branca. . Depois, com a ajuda de uma agulha de dissecação e de uma pinça retirou-se um indivíduo de musgo em reprodução e observou-se no microscópio, no fim esquematizou-se o visualizado numa folha branca. . Por último, visualizou-se numa televisão, ligada a um microscópio, um esporófito o qual possui uma cápsula, que, passados alguns minutos libertou esporos. No final, desenhou-se o observado.
Fig. 5 – Pinça Fig. 6 – Lupa Binocular Fig. 7 – Agulha de dissecação 5. Registo de resultados: Depois de cada observação esquematizamos o que visualizamos, a segui encontra-se o que eu esbocei:
Colónia de Musgo
Espécime de Musgo
Indivíduo em reprodução
Cápsula de um esporófito
6. Discussão:
Na primeira observação
realizada foi possível visualizar a colónia de musgo, na qual alguns
indivíduos eram de maiores dimensões do que os outros, e uns
encontravam-se mais brotados do que outros. Na observação seguinte, foi
possível ver apenas um indivíduo da espécie, que possuía uma raiz
suficientemente grande, e, a zona verde tinha alguns centímetros. Na
última visualização feita na lupa vimos um indivíduo em reprodução, que
se encontrava na fase diplóide. Por fim, observamos, através de um
televisor, com o auxílio do microscópio, a libertação de esporos. O
esporófito possui uma cápsula, que no seu interior tem esporos, ao
retirar a caliptra da cápsula, e esperando alguns segundo podemos ver os
esporos a serem libertados para o meio ambiente que já sofreram meio
Fig. 8 – Musgo em rocha Outros Trabalhos Relacionados
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