Relatório de actividade
experimental
Observação de
Células Eucarióticas
Objectivo
Observar as principais
diferenças e semelhanças entre uma célula animal e uma célula vegetal.
Introdução Teórica
Um dos princípios
fundamentais da biologia é que todos os seres vivos são formados por
células. Por esta razão, dizemos que a célula constitui a unidade básica
da vida. Este conceito, que hoje nos parece simples, tem uma origem
muito remota, sendo preciso recuar até ao século XVII, quando os
primeiros instrumentos ópticos, como o microscópio, permitiram ao homem
observar objectos muito pequenos de cuja existência nem se suspeitava.
Assim
na Biosfera encontramos 2 tipos de seres vivos: os unicelulares,
constituídos apenas por uma célula capaz de realizar todas as funções
vitais, e os pluricelulares, constituídos por várias células,
organizadas em tecidos diferenciados e especializados em diversas
funções. As células podem ainda ser divididas em dois grandes grupos,
consoante possuem ou
não uma estrutura designada por núcleo, temos
assim as células procarióticas e eucarióticas.
As
células procarióticas não possuem núcleo, sendo por isso as mais simples
e estão representadas pelas bactérias e pelas cianobactérias (Ilustração
1), enquanto as células eucarióticas apresentam núcleo, tendo por isso
uma estrutura mais complexa, estas células estão representadas nos
restantes grupos de seres vivos, são fundamentalmente semelhantes entre
si e profundamente diferentes das células procarióticas. Apesar de
existirem algumas diferenças estruturais entre as células eucarióticas
animais e as células eucarióticas vegetais, ambas possuem três
constituintes fundamentais: a membrana celular, o citoplasma e o
núcleo.
Quanto às suas
semelhanças, registamos que, a Membrana plasmática constituída por duas
camadas lipídicas fluidas e contínuas onde estão inseridas moléculas
proteicas, esta membrana dá individualidade a cada célula e organiza as
moléculas devido á sua permeabilidade que é a principal responsável pelo
controlo da entrada e saída de substâncias da célula.
O citoplasma é um espaço
intra-celular preenchido por uma substância fluida, denominada por
hialoplasma, onde está "mergulhado" tudo que se encontra dentro da
célula, como moléculas e organelos, responsáveis pelo metabolismo da
célula. É composto principalmente por água, cerca de 80%, mas também
contem iões, sais, macromoléculas, como proteínas e o RNA. Na zona
central da célula existe uma estrutura com material genético que nas
células procariotas se designa por nucleóide e nas células eucariotas se
designa por núcleo.
Relativamente
às diferenças entre a célula eucariótica animal e vegetal, consideramos
que, as células vegetais têm algumas diferenças importantes, em relação
às células animais, mas as maiores diferenças são a existência de
cloroplastos, parede celular e vacúolos. Caracterizamos assim as
estruturas:
Cloroplastos
-
organelos
similares às mitocôndrias, no sentido em que se podem auto-reproduzir e
são como que as fábricas de energia das células, capturam a energia
luminosa emitida pelo sol e convertem-na em ATP e açucares.
Parede celular
-
as
células vegetais não são flácidas como as dos animais e possuem uma
parede celular rígida que as envolve, a parede celular, esta é formada
por fibras de celulose embebidas numa substância constituída por vários
tipos de polímeros. As moléculas de celulose são lineares e providenciam
uma forma perfeita com vista à formação de pontes de hidrogénio,
proporcionando desta forma, um meio de formação de longas e fortes
fibras. É esta estrutura que é primeiramente responsável por assegurar
que a célula não entra em ruptura quando se encontra num meio
hipertónico.
Vacúolos
-
Muitas
vezes as plantas possuem, no centro das suas células, grandes estruturas
membranares que contêm água, estas estruturas são denominadas por
vacúolos e funcionam como reservatórios de água e de alimento, como
lugar de acumulação de desperdícios celulares e funcionam ainda como
suporte estrutural da célula com vista à manutenção da turgescência.
Assim, quando a planta perde ou acumula água, os vacúolos perdem-na ou
acumulam-na correspondentemente.

Procedimentos
Procedimento utilizado
para a realização da experiencia I e II, conforme o da página 32 do
manual da disciplina.
Material/Reagentes
Para a realização desta
actividade experimental utilizámos o seguinte material:
. Um microscópio óptico
. Lâminas
. Lamelas
. Pinça
. Palitos
. Corante vermelho-neutro
. Corante azul-de-metileno
. Uma cebola
Resultados/Registos/Observações
Através do trabalho
prático realizado pôde-se observar com alguma clareza as diferentes
estruturas das células em estudo.
Na primeira experiência
realizada, com as células do tecido não clorofilino da epiderme das
túnicas da cebola pôde-se, desde logo, observar algumas estruturas
celulares. Foi possível depois observar o núcleo corado de vermelho, os
vacúolos incolores, a parede celular e a membrana plasmática com a
utilização do corante vermelho neutro.
Observou-se assim que o
corante vermelho neutro actua ao nível do núcleo corando-o de vermelho e
como os vacúolos ficam incolores também permite a sua identificação.
Na 2ª experiência tivemos
alguma dificuldade em observar as células da superfície dorsal da língua
devido a serem em número reduzido e de pequenas dimensões. Ao utilizar o
corante azul-de-metileno, observou-se claramente o núcleo e alguns
organelos citoplasmáticos. Observou-se que o corante azul-de-metileno
actua ao nível do núcleo corando-o de azul.
Tivemos a oportunidade de
verificar que estávamos na presença de células vegetais e de células
animais e que tinham estruturas celulares diferentes.
Conclusão
A observação microscópica
de material biológico exige a aplicação de diversas técnicas que
permitem uma melhor visualização dos seus componentes, uma vez que as
células, para além das suas reduzidas dimensões, não apresentam
contraste entre os seus constituintes.
Observando ao microscópio
óptico células é possível distinguir os seus constituintes fundamentais:
membrana, citoplasma e núcleo; verifica-se também que as células
apresentam uma grande diversidade de formas e dimensões conforme o
organismo de onde provêm e de acordo com a função que desempenham no
respectivo organismo.
Alguns constituintes da
célula não são facilmente observáveis ao microscópio óptico, pelo que se
recorre a técnicas que permitem evidenciá-los como, por exemplo, o uso
de corantes.
Verifica-se que embora
exista uma estrutura básica comum a todas as células, é possível
encontrar algumas diferenças entre células vegetais e animais.
Bibliografia
. MATIAS, Osório, MARTINS,
Pedro, Biologia 10, Areal Editores, páginas 30 a 36
.
http://ambiente.eternos.org/wp-content/uploads/EfolioA_Biologia_Geral_I_Aluno_700612.pdf
.
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/
microorganismos/CIANOBACTERIAS.jpg&imgrefurl=http://www.enq.ufsc.br/
labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/microorganismos/
CIANOBACTERIAS.html
.
http://pt.wikibooks.org/wiki/Biologia_celular/C%C3%A9lulas_vegetais
.
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/
10celulaseucarioticas.htm
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