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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Biologia - 10º Ano |
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Influência do meio no comportamento das células Autores: Joana Filipa Pereira Romão Escola: Escola Secundária Fernando Namora Data de Publicação: 01/05/2009 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a influência do meio extra-celular no comportamento das células, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Relatório de Biologia Qual a influência da concentração do meio extracelular no comportamento das células? Objectivo Entender a influência da concentração do meio extracelular no comportamento das células. Introdução Teórica Com a finalidade de nos permitir observar a importância que o meio extracelular tem no comportamento das células, a professora de Biologia e Geologia propôs a realização de duas actividades experimentais. Sabemos que as moléculas movimentam-se do meio onde a sua concentração é mais alta – meio hipertónico – para onde a sua concentração é menos elevada – meio hipotónico – até que ambas as concentrações se equilibrem, obtendo-se assim um meio isotónico. Quando isto acontece, ocorre uma difusão simples, que é um transporte passivo e vai a favor do gradiente de concentração. No entanto, a água tende a passar através da membrana plasmática do meio hipotónico para o hipertónico, de modo a diluir o meio mais concentrado, obtendo assim dois meios isotónicos. A este movimento exclusivo da água, chamamos osmose. Na consequência dos movimentos osmóticos, a célula pode: · Perder água, diminuindo assim o seu volume, o que lhe confere um estado de plasmólise. · Ganhar água, aumentando a pressão sobre a membrana/parede celular, e o seu volume, tratando-se assim de uma célula túrgida. · Nos casos mais extremos de turgência nas células animais, a entrada excessiva de água pode levar à ruptura da membrana celular, constituindo assim a lise celular. Procedimento Experimental Material Utilizado Primeira actividade . Lâminas e lamelas . Papel de filtro . Microscópio óptico . Conta-gotas . Marcadores . Agua destilada . Pinça . Solução de cloreto de sódio a 12% Segunda Actividade . Proveta de 100 ml . Balão de erlenmayer . Duas uvas . Duas passas . H2O . H2O + NaCl . Dois recipentes de vidro Procedimento Primeira actividade 1. Com uma pinça, destacar dois fragmentos da epiderme do lírio roxo. 2. Montar um dos fragmentos numa gota de água, entre lâmina e lamela. Marcar a lâmina com a letra A. 3. Montar o outro fragmento entre lâmina e lamela numa gota de solução de cloreto de sódio a 12%. Marcar a lâmina com B. 4. Observar ambas as preparações ao microscópio e esquematizar as observações. 5. Legendar os esquemas. Segunda actividade 1. Encher a proveta com 75ml de H2O. 2. Deitar para um dos recipientes de vidro. 3. Colocar 75ml de H2O + NaCl na proveta. 4. Deitar para o outro recipiente de vidro. 5. Colocar uma uva e uma passa no copo com H2O, e a outra uva e passa no copo com H2O+NaCl. 6. Colocar etiquetas com identificação. Resultados Primeira actividade Observei que no meio de montagem aquoso, as células estavam muito cheias, bem como de uma tonalidade clara. Já na montagem com NaCl, as células pareciam mais pequenas e de certa forma “mirradas”, e estavam bastante mais escuras, comparativamente às da primeira preparação. Tinham também uma maior concentração e os organelos encontravam-se muito mais juntos uns aos outros. Na página seguinte encontra-se o registo da observação efectuada. Segunda actividade Após uma semana, ao observarmos as passas e as uvas, vimos que:
Discussão dos Resultados Primeira actividade Quanto à primeira actividade, observei que na preparação com H2O, as células das folhas do lírio-roxo estavam túrgidas, ao passo que as na preparação de H2O+NaCl, se encontravam plasmolisadas. Isto acontece devido à diferença de concentração do meio, uma vez que a preparação de H2O+NaCl é mais concentrada que a célula, a água, por osmose, tende a passar para o meio extracelular. Já no primeiro caso, acontece o oposto, devido à água ser menos concentrada relativamente ao interior da célula. O que se observou foi o que era esperado, portanto foi uma experiência bem sucedida. Segunda actividade EM H2O Quanto à passa que estava no copo com água, vimos que ela se manteve igual, o que não era suposto ter acontecido, uma vez que o meio aquoso era hipotónico em relação a esta. Por osmose, a passa deveria ter inchado. Já no caso da uva, esta inchou, mas foi muito pouco, logo, as concentrações do meio e das células da uva estavam isotónicas uma em relação à outra. O meio manteve o mesmo nível mas criou algum bolor e a água ficou turva, o que permite concluir que houve difusão de algumas substâncias da uva ou da passa para o meio, que permitiram o desenvolvimento de matéria orgânica para gerar o bolor e turvar a água. EM H2O+NaCl Nesta actividade, observamos que a uva mirrou e ficou mole, isto porque o meio onde se encontrava era hipertónico em relação a ela, o que fez com que a água que se encontrava dentro da célula sofresse osmose. Já a passa ficou muito mais clara e inchou, porque o meio era hipotónico em relação a ela. Não ocorreu lise celular porque as células da passa não são células animais. O meio diminuiu um pouco, mas não turvou, o que diz que se houve difusão de substâncias das células da passa ou da uva para o meio, não foram significativas. Conclusão Através destas actividades práticas, concluímos claramente a importância da concentração do meio extracelular no comportamento da célula. Observámos o aspecto de células túrgidas e plasmolisadas, e entendemos os fenómenos transmembranares como a osmose e a difusão simples de modo que penso que este tipo de actividades é uma boa forma de aprender, porque visualizar os acontecimentos é sempre diferente que ler a teoria. Bibliografia Livros SILVA, Amparo Dias; e outros; Terra Universo de Vida 1ª Parte Geologia – Biologia e Geologia 10º ano, Porto Editora.
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