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Apontamentos e Resumos de Português - 12º Ano |
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Ricardo Reis Autores: Sara Marques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 19/09/2011 Resumo do Trabalho: Resumo/Apontamentos sobre Ricardo Reis (o poeta da razão), heterónimo de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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A linguagem de Ricardo Reis é clássica. Usa um vocabulário erudito e, muito apropriadamente, os seus poemas são metrificados e apresentam uma sintaxe rebuscada. Os poemas de Reis são odes (Poesia própria para canto), poemas líricos de tom alegre e entusiástico, cantados pelos gregos, ao som de cítaras ou flautas, em estrofes regulares e variáveis. É uma poesia neoclássica, pagã, povoada de alusões mitológicas. Enfim, uma poesia moralista, sentenciosa, contida, sem qualquer traço de espontaneidade. Cultivando preferencialmente a ode, utiliza uma linguagem culta, rebuscada – o hipérbato, inversão da ordem normal dos elementos da frase, é um recurso amplamente usado. Fernando Pessoa publicou poemas de Ricardo reis – vinte odes – pela primeira vez em 1924, na revista “Athena” por si fundada. Depois, entre 1927 e 1930, oito odes foram publicadas na revista “Presença” de Coimbra. Os restantes poemas e a prosa de Ricardo Reis apenas foram publicados depois da sua morte. As odes de Reis, como as de Píndaro, recorrem sempre aos deuses da mitologia grega. Este paganismo, de carácter erudito, afasta-se da convicção de Alberto Caeiro de que não se deve pensar em Deus. Para Ricardo Reis, os deuses estão acima de tudo e controlam o destino dos homens.
"Acima da verdade estão
os deuses. Reis é, afinal, um conformista que pensa que nenhum gesto, nenhum desejo vale a pena, uma vez que a escolha não está ao alcance do homem e tudo está determinado por uma ordem superior e incognoscível. Para quê, então, querer conhecer a verdade que, a existir, apenas aos Deuses pertence? Nada se pode conhecer do universo que nos foi dado e por isso só nos resta aceita-lo com resignação, como o destino. Além disso, o medo do sofrimento paralisa-o conduzindo-o a uma filosofia de vida terrivelmente vazia. Para Ricardo Reis, a vida deve ser conduzida com calculismo e frieza, alheia a tudo o que possa perturbar. E como tudo o que é verdadeiramente humano é intenso e perturbante, Reis isola-se, numa espécie de gaiola dourada que o protege de qualquer envolvimento social, moral ou mesmo sentimental. Os Jogadores de Xadrez
Momento Narrativo
À sombra de ampla árvore
fitavam
Ardiam casas, saqueadas
eram
Inda que nas mensagens do
ermo vento Momento Reflexivo
Quando o rei de marfim
está em perigo,
Mesmo que, de repente,
sobre o muro
Caiam cidades, sofram
povos, cesse Momento Conclusivo
Meus irmãos em amarmos
Epicuro
Tudo o que é sério pouco
nos importe,
(Sob a sombra tranquila do
arvoredo) VEM SENTAR-TE COMIGO, LÍDIA, À BEIRA DO RIO
Ricardo Reis Barqueiro Sombrio – Caronte (barco) que na mitologia grega transportava as almas dos mortos. Óbolo – Moeda que se metia na boca dos mortos para pagar a passagem. Estrutura: Primeira e segunda estrofe: Estilo de vida que o sujeito quer levar e o facto de aceitar o seu destino (a morte). Terceira, quarta, quinta e sextas estrofes: Dar vários exemplos de modo como quer levar a sua vida. Sétima e oitava estrofes: Conclusão do sujeito poético. RICARDO REIS - O poeta da razão – Pensa para não sentir (Sofrimento) . Educação Jesuíta / Brasil / Médico . Latinista (Educação) / Semi-helenista (Educação própria) (Romano) . Língua rebuscada (+ erudita e culta) / poesia paga e neoclássica (recurso à mitologia) . Os deuses estão acima de tudo e controlam o destino do homem . Epicurismo (triste) / Estoicismo -> filosofias morais de conduta . Vida – passageira, transitória efémera, Precária . Aceitação e conformado do Destino (MORTE = inexorável, inelutável) – Tudo passa nada fica. . Prazer e felicidade – ataraxia (indiferente perante o mundo e as pessoas) -> Ausência de paixão, perturbação e dor (relativos) Nada é absoluto
Ricardo Reis segue duas
filosofias de vida
Objectivo: Tentar encontrar a calma e a tranquilidade de vida. No entanto o epicurismo é triste porque quem vive sempre com medo da morte nunca poderá atingir a felicidade e a calma. Outros Trabalhos Relacionados
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