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Apontamentos e Resumos de Português - 12º Ano |
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Resumo da obra "Memorial do Convento" Autores: Sara Silva Pereira Escola: Escola Secundária D. Sancho I Data de Publicação: 02/07/2010 Apresentação: Resumo/Apontamentos sobre a obra "Memorial do Convento", realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Ver Apontamento/Resumo Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Autor: José Saramago Tempo da História: século XVIII, reinado de D. João V, o Magnânimo D. João V - Vaidade e Megalomania - Construção do Convento de Mafra como Réplica da Basílica de S. Pedro Trilogia necessária para sobreviver a um regime déspota como o do século XVIII: 1. AMOR (Blimunda e Baltasar) 2. SONHO (Padre Bartolomeu de Gusmão) 3. MÚSICA (Domenico Scarlatti) Macroespaços: 1. Lisboa 2. Mafra O CASAL REAL . Casamento = contrato entre duas casas reais europeias . Carácter obrigatório - falta de afectos e sentimentos . Falta de intimidade A apresentação do casal real assenta na ridicularização e humanização do mesmo. CRÍTICA SOCIAL INICIAL - o ócio, a infantilidade e a desocupação do rei – legos - o exagero de pessoal – vestir e despir o rei, momento do encontro noturno - sobrevalorização do material estrangeiro – a cama da rainha CAPÍTULO III - descrição de Lisboa física e anímica - Denúncia da religião balofa e virada para o exterior “Porque a cidade é imunda, alcatifada de excrementos, de lixo, …, de lama mesmo quando não chove…” “Lisboa cheira mal, cheira a podridão…” “… o mal é dos corpos, que a alma, essa, é perfumada.” A procissão: “Deus não tem nada que ver com isto, é tudo coisa de fornicação.” -Povo promíscuo, animal “É a mulher livre uma vez por ano,…, a mulher entre duas igrejas, foi a encontrar-se com um homem…” - as classes altas Hipocrisia religiosa Falta de índole e moral Hipocrisia no casamento CAPÍTULO IV - apresentação de Baltasar Ficou inválido (maneta) no exército, na Guerra de Sucessão de Espanha, e mandaram-no de volta para Portugal, sem nada. Em Évora: - paga o que deve - Homem honesto e consciente - Angaria dinheiro para o resto da viagem PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO - Faz a ligação entre a classe alta e a classe baixa porque se dá com a corte e com o rei (assiste inclusive à aula de música da infanta Maria Bárbara), mas também é grande amigo de Baltasar e Blimunda. Capítulo XIV – A aula da infanta No fim da aula, o padre deixa-se ficar na sala e observa Domenico Scarlatti – o professor – a tocar. Ele improvisa, dedilha o cravo e deixa correr a música. Esta criação, sinónimo de liberdade e imaginação, provoca no Padre Bartolomeu um culminar de emoções e sentimentos – sofre uma fuga no espaço. Depois, o padre leva Scarlatti até à passarola, com cautela, e convida-o a juntar-se ao grupo que constrói o engenho: ele, Blimunda e Baltasar. O papel do músico seria tocar cravo enquanto eles trabalhavam. Entretanto, apresenta-lhe Blimunda e Baltasar. Caracterização de Blimunda: - bonita - esbelta - alta - cabelos cor de mel - olhos enigmáticos Simbolismo do cesto de cerejas: Blimunda chega com cerejas nas orelhas para encantar Baltasar e oferece-lhe um cesto cheio. O cesto simboliza o amor: ela oferece-lhe o seu amor, o seu coração e a vontade de se por bela para o amado reflecte a veracidade dos seus sentimentos. A PESTE Depois da chegada de uma nau vinda do Brasil à Ericeira, Lisboa é assolada por um surto de cólera e febre amarela. Com as imundas condições de vida da cidade, rapidamente se tornam epidemias catastróficas. Então, o padre Bartolomeu lembra-se que seria uma boa oportunidade de recolher as 2000 vontades necessárias para a passarola voar. Blimunda parte para Lisboa com Baltasar e cumpre a missão. Entretanto adoece. A DOENÇA DE BLIMUNDA Blimunda adoece no seguimento das provações que passou em Lisboa. Para conseguir recolher as vontades dos moribundos, a força de viver, precisou de palmilhar imensas ruas, em jejum, no meio da doença e da sujidade. Ficou debilitada. No entanto, nem o padre que se sente culpado pela doença dela, nem Baltasar a deixam sozinha por um momento e, todas as tardes, Scarlatti toca para ela. Capítulo XVI – O medo, a fuga, o sonho O padre Bartolomeu sabe que anda a ser vigiado pela Inquisição. Por isso, confessa a Blimunda que tem medo do St. Ofício. Este medo torna-se, com o passar do tempo, um obsessão. O padre muda comportamentos, torna-se inquieto, alterado, nervoso. “O Santo Ofício anda à minha procura. Querem prender-me.” A passarola surge como o melhor meio para fugir. É a realização do sonho que permite ao padre fugir à sociedade castradora da época. Assim, a passarola voa com Blimunda, Baltasar e o padre. Mas, repentinamente, o vento pára e eles são obrigados a fazer uma aterragem atribulada na Serra do Montejunto. Desesperado, o padre tenta atear fogo à máquina, mas é impedido pelo casal amigo. Então, decide fugir. “Sumiu-se. Foi-se embora e não o tornaremos a ver.” Um tempo mais tarde, Scarlatti procura Blimunda e Baltasar e informa-os que o padre morreu louco em Espanha. Capítulo XIX – A EPOPEIA DA PEDRA Este capítulo é dedicado à glorificação de todos os que trabalharam no convento durante tantos anos. Serve também para criticar o rei e os pensamentos da época. POVO = CONSTRUTORES = HERÓIS Simbologia dos nomes: o narrador encontra um nome próprio para cada letra do alfabeto de forma a glorificar todos os homens que trabalharam para que o convento fosse edificado. É a melhor maneira de mostrar aos leitores que quem merece imortalização são todos os homens do povo e não o rei que só mandou construir, explorar e maltratar para satisfazer a sua grande auto-estima. A PEDRA DE PÊRO PINHEIRO A pedra enorme que serviu para a construção da varanda tinha que ser uma pedra una porque o rei era uno e, por isso, deveria simbolizar o seu poder. Para a transportar de Pêro Pinheiro a Mafra (15km) foram necessários 8 dias, 400 bois, 600 homens e um carro com dimensões especialíssimas. Os homens deram “um gemido de espanto” ao verem aquela “brutidão de mármore”: o espanto relaciona-se com o tamanho absurdo da pedra e o gemido com a antecipação do trabalho e sofrimento que vão ser necessários para a transportar. - Francisco Marques: trabalhador que morre no caminho esmagado pelo carro que resvalou numa descida. Simboliza todos aqueles que morreram no caminho só por causa duma pedra. - A história de Manuel Milho: Manuel conta um bocadinho duma história todos os dias à noite e, no fim da viagem, termina-a. A história fala duma rainha que não sabia se gostava de ser rainha porque não sabia o que era ser mulher. Então, falou com um eremita que a aconselhou a largar tudo e a ir procurar as respostas. E assim foi. O rei, humilhado por ter sido deixado, mandou homens a fio procurar a rainha e o eremita, mas nenhum foi encontrado e nunca se soube se o eremita chegou a ser homem e a rainha chegou a ser mulher. Porquê? Porque essas respostas só o próprio a pode alcançar. Quando chegam a Mafra: - todos ficam admirados com o tamanho da pedra “Tão grande!” - Baltasar olha para a pedra e olha para o convento e exclama “Tão pequena!” com muito desânimo. Capítulo XX: - manutenção da camuflagem da passarola - morte do pai de Baltasar Capítulo XXI: acordo entre o arquitecto Ludovice e o Rei - Ludovice consegue dissuadir o rei de mandar construir uma réplica da Basílica de São Pedro de Roma, utilizando o argumento da idade e do tempo absurdo de construção. - O Rei acede e decide a construção de um convento para 1000 frades. - Ludovice contra-argumenta dizendo que para 1000 frades seria quase tão grande como S. Pedro. - Chegam então a acordar a construção de um convento para 300 frades que deveria estar pronto, impreterivelmente, no Domingo, dia do seu quadragésimo aniversário, 22 de Outubro de 1830. Nova referência a Mafra: M - mortos A - assados F - fundidos R - roubados A – arrastados Comparação homem-tijolo: a vida humana vale zero. Os homens eram arrastados das suas terras, empilhados num carro de madeira e levados para Mafra. Lá, eram descarregados e escolhidos: os que não estivessem em condição de trabalho era mandados embora sem nada e sem meio de regressar a casa. Capítulo XXII: troca de princesas D. Maria Bárbara + D. Fernando D. José + D. Mariana Vitória
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