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Apontamentos e Resumos de Português - 12º Ano |
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Memorial do Convento: A Inquisição Autores: Sara Marques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 17/09/2011 Resumo do Trabalho: Resumo/Apontamentos sobre a Inquisição em Portugal no contexto da obra "Memorial do Convento", realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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A Inquisição em PortugalA inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica: vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. Na verdade, a igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do papa. A 23 de maio de 1536 – bula do papa Paulo II - estabelece a inquisição em Portugal, no reinado de D. João III Os judeus foram os mais perseguidos pela inquisição em Portugal As novas propostas filosóficas ou científicas eram, geralmente, olhadas com desconfiança pela inquisição que submetia a um regime de censura prévia todas as obras a publicar, criando o Index (catálogo de livros cuja leitura era proibida aos católicos) sob pena de excomunhão. As pessoas viviam amedrontadas e sabiam que podiam ser denunciadas a qualquer momento sem que houvesse necessariamente razão para isso. Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam a confessar-se culpados só para acabar com a tortura. No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-de-fé, a morrer na fogueira. A inquisição em Portugal terminou em 1821 depois da revolução liberal de 1820.
Execução de condenados pela Inquisição, no Terreiro do Paço, em Lisboa (séc. XVIII) Em Roma as mulheres penitentes eram ameaçadas com a inquisição se não tivessem relações sexuais com o sacerdote. Os padres ameaçavam as penitentes no confessionário que, a menos que tivessem relações sexuais com eles, seriam entregues à Inquisição.
Muitas das vítimas eram simplesmente queimadas na estaca. Normalmente, essas execuções na fogueira eram realizadas em público mas na maioria das vezes, as pessoas que eram queimadas em público, primeiro eram torturadas em privado.
Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes. O número de mortes foi enorme: "Foi infligido no sul da França um dos mais ferozes massacres da história. Grupos de brigadas do norte pilhavam e saqueavam. Na Catedral de Saint-Nazaire, doze mil 'hereges' foram mortos... Aqueles que tentaram fugir foram cortados e mortos. Milhares mais foram queimados na estaca. Em Toulouse, o bispo Foulque levou à morte dez mil pessoas acusadas de heresia. Em Béziers, a população inteira de mais de vinte mil pessoas foi chacinada. Em Citeau, quando questionado sobre como os soldados deveriam distinguir os católicos dos cátaros gnósticos, o abade respondeu com seu cinismo afamado: 'Matem todos; Deus saberá quais são os seus'." Instrumentos de tortura na inquisição O Candelabro Peça de madeira em formato de triângulo onde a vítima era colocada de pernas abertas e forçada para baixo. Era uma das formas usadas para punir bruxarias, pois a pessoa tinha que fazer muita força para contrair suas pernas e evitar que a peça entrasse, coisa que era inevitável.
Tortura da água Ao réu, preso à mesa, durante o "interrogatório" era dada água até o seu ventre se partir
Autos-de-fé Cerimónias públicas onde os condenados da Inquisição eram queimados vivos.
A dama de ferro Um sarcófago de madeira com espinhos afiados e longos. Essa ferramenta de tortura tinha os espinhos colocados de tal forma que não atingia nenhum ponto vital das vítimas, para prolongar seu sofrimento.
A Pêra O nome é dado pelo formato da peça. É uma peça que expandia progressivamente as aberturas onde era introduzida. Esse instrumento forçava a boca, o ânus ou a vagina da vítima. Era usada para punir os condenados por adultério, ou união sexual com Satã, e também para blasfémias ou hereges.
A Roda Era uma das mais utilizadas formas de tortura da antiguidade. Existem evidências de sua utilização na Inglaterra, Holanda e Alemanha entre o ano de 1100 a 1700. Podia ser usada de duas formas: Eram quebrados os ossos das juntas da vítima (pulsos, joelhos, cotovelos, ombros), para que essa pudesse ser "trançada" entre os raios da roda. Estando a vítima nua e com os membros trançados, a roda era suspensa e ficava exposta em praça pública ou em locais chamados de docas de execução. As vítimas agonizavam até a morte, muitas vezes com os ossos expostos.
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