|
Apontamentos e Resumos de Português - 12º Ano |
|
|
Memorial do Convento: Biografia Personagens Históricas Autores: Sara Marques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 17/09/2011 Resumo do Trabalho: Resumo/Apontamentos sobre as personagens históricas (D. João V, Bartolomeu Gusmão e Domenico Scarlatti) da obra "Memorial do Convento" de José Saramago, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
|
|
D. João V, O homem e a época
A época de D. João V foi o período de maior fluxo de ouro brasileiro, mas o aumento da receita pública e privada não se refletiu em transformações duradouras no plano económico, ou em modificações sensíveis na estrutura social portuguesa. O rei consumiu quase tudo quanto do rendimento das minas brasileiras na manutenção de uma corte luxuosa e em gastos enormes relacionados com o prestígio real, no entanto, o dinheiro não podia, por si só, resolver nenhum problema. A sua utilização refletia a mentalidade e formação das pessoas que o utilizavam. A época de D. João V caracteriza-se pela inexistência quase completa de quadros empresariais, pela falta de gente preparada para se servir da riqueza como instrumento criador de nova riqueza. Em Portugal, havia falta de elites em todos os campos: na cultura, na arte, na política, na economia. A inexistência de empresários ativos conduziu ao não surgimento, nas épocas do ouro, de empreendimentos reprodutores de riqueza. A abundância do ouro atraiu vários estrangeiros, que procuravam instalar indústrias ou eram encorajados pelo Estado a produzirem em Portugal os bens importados. A maior parte destas iniciativas desapareceram por falta de organização económica.
O aqueduto das Águas Livres resistiu ao terramoto como edifício, e forneceu água a várias fontes; contudo só resolveu parcialmente o problema da falta de água, especialmente quando os particulares – gentes ligadas à nobreza e à Igreja – começam a ter os seus próprios ramais privados. O objectivo principal do aqueduto era abastecer os chafarizes que, entretanto, tinham sido construídos de propósito um pouco por toda a cidade. Eram eles o Chafariz das Amoreiras, o de Entrecampos, Janelas Verdes, Estrela, Rato, Carmo, Esperança, Cais do Tojo, Flores e muitos outros. Alguns destes chafarizes também tinham tanques para a lavagem de roupa. Jaz no Panteão dos Braganças, ao lado da sua esposa, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa. Bartolomeu de Gusmão Tributo ao Pai da Aerostação
Logo se destacou por ser um rapaz brilhante e de ideias avançadas para sua. Fez os estudos primários na Vila de Santos, seguiu para o Seminário de Belém, a fim de completar o Curso de Humanidades, vindo a filiar-se à Companhia de Jesus, sob a orientação do grande amigo de seu pai e fundador daquele Seminário, Padre Alexandre de Gusmão. Em 1705, com apenas 20 anos de idade, requereu à Câmara da Bahia, o privilégio para o seu primeiro invento. Era um aparelho que fazia subir a água de um riacho até uma altura de cerca de 100 metros. A água não precisaria mais de ser transportada nas costas de homens ou em lombo de animais. Entre 1708 e 1709, Bartolomeu de Gusmão, embarcou para Lisboa, onde aprofundou os seus conhecimentos. Na Universidade de Coimbra realizou profundos estudos da Ciência Matemática, Ciências de Astronomia, Mecânica, Física, Química e Filologia, além do exercício da Diplomacia e da Criptografia, atendendo designação de D. João V, tendo bacharelando-se a 5 de Maio de 1720 e completado o Curso de Doutoramento na Universidade de Coimbra, a 16 de Junho. Foi uma bolha de sabão elevando-se ao se aproximar do ar quente ao redor da chama de uma vela, que acendeu o intelecto de Gusmão para a diferença entre as densidades do ar. Um objeto mais-leve-que-o-ar poderia então voar! Em 1709, anunciou à corte que apresentaria uma "Máquina de Voar". Em 19 de Abril daquele ano, recebeu autorização do Rei D. João V para demonstrar seu invento perante a Casa Real. A 3 de agosto de 1709 foi realizada a primeira tentativa na Sala de Audiências do Palácio. No entanto, o pequeno balão de papel aquecido por uma chama incendiou-se antes ainda de alçar voo. Dois dias mais tarde, uma nova tentativa deu resultado: o balão subiu cerca de 20 palmos, para verdadeiro espanto dos presentes. Assustados com a possibilidade de um incêndio, os criados do palácio lançaram-se contra o engenho antes que este chegasse ao teto. Três dias mais tarde, exatamente no dia 8 de agosto de 1709, foi feita a terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia perante D. João V e a rainha D. Maria. Desta vez, sucesso absoluto. O balão ergue-se lentamente, indo cair, uma vez esgotada sua chama, no Terreiro do Paço. Havia sido construído o primeiro engenho mais-leve-que-o-ar. O Rei ficou tão impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as ideias, a pena seria a morte.
A concepção e realização do aeróstato por Bartolomeu de Gusmão, mostrou o passo gigantesco que representou a sua invenção, idealização e objetivação do flutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo corretamente considerado o Pai da Aerostação, tendo precedido em 74 anos os irmãos Montgolfier, que voaram num balão de ar quente em 1783. Bartolomeu de Gusmão foi uma figura singular, na qual o homem, o sacerdote e o bem-dotado se fundiam numa personalidade complexa, que enxergava muito à frente de seu tempo, sofrendo as naturais e inevitáveis consequências dessa excepcionalidade. O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão faleceu a 19 de Novembro de 1724, em Toledo (Espanha) sendo considerado pelos seus feitos a primeira e a mais bela página da Aeronáutica. Domenico Scarlatti
Filho de Alessandro Scarlatti, compositor de muitas óperas, foi mestre-de-capela da rainha Cristina da Suécia em Roma. Scarlatti passou muitos anos a viajar pela Europa, morou em Roma onde foi mestre-de-capela da exilada rainha da Polónia e foi maestro de São Pedro. Morou eventualmente em Lisboa, onde foi professor da Princesa Maria Bárbara, filha mais velha de D. João V., futura rainha de Espanha. Quando a princesa se casou com o herdeiro do trono espanhol em 1729, Scarlatti foi para Madrid onde passou o resto da vida. Durante os anos em que morou na Espanha, produziu a sua melhor música. A sua música é extremamente inventiva, e as suas sonatas para cravo são densas experiências auditivas, devido à sua complexidade. Foi durante este período que começou a compor os pequenos exercícios, peças para cravo, inspiradas na música popular e pela vida quotidiana espanhola, que ele chamou de sonatas. Considerado um dos fundadores da moderna técnica de teclado, empregou nessas sonatas dispositivos novos como mão-cruzadas, arpejos rápidos e repetições de notas. A Sonata em Ré maior, por exemplo, é uma referência para as composições para teclado do Período Clássico. As suas composições para o cravo foram comparadas às de Chopin e de Liszt nas suas obras para piano. Além das sonatas e 12 óperas, também compôs cantatas e música sacra, incluindo um Stabat Mater. Scarlatti morreu em Madrid no dia 23 de Julho.
Outros Trabalhos Relacionados
|
|