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Apontamentos e Resumos de Português - 12º Ano |
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Felizmente há Luar: Biografia Personagens Históricas Autores: Sara Marques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 19/09/2011 Resumo do Trabalho: Resumo/Apontamentos sobre as personagens históricas (Humberto Delgado, Beresford, Gomes Freire de Andrade) da peça de teatro "Felizmente Há Luar!" de Luís de Sttau Monteiro, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Humberto Delgado O General sem medo
Termina o Colégio Militar em 1922 e entra na Escola do Exército onde consegue o primeiro lugar no final do curso de Artilharia em 1925. No posto de tenente frequenta o curso de piloto aviador e segue a carreira aeronáutica. Apoia o movimento de 28 de Maio, desempenha cargos na Legião Portuguesa e faz parte do Conselho Técnico da Mocidade Portuguesa. Publica várias obras. Entre outras, "Da Pulhice Do Homo Sapiens", "Aviação, Exército, Marinha, Legião", "Aeronáutica Portuguesa", "A marcha para as Índias". Em 1939 a peça de teatro "28 de Maio", radiodifundida pelo Rádio Club Português, é publicado sob a forma de livro nesse mesmo ano. Nomeado Director-Geral da Aeronáutica Civil, tem papel importante na criação da TAP- Transportes Aéreos Portugueses. Desempenha com todo o mérito papel importantíssimo nas negociações para instalação das Bases Aliadas nos Açores. Aos 47 anos é o mais novo general das Forças Armadas Portuguesas. Um ano antes ocupara o lugar de adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e era membro do comité dos Representantes Militares da NATO, trabalhando cinco anos no Pentágono. A rotura com o Estado Novo não surge de maneira precisa, mais ou menos relacionada com factos ou situações definidas. Não se compreende de forma clara um possível processo evolutivo. Em 1950, possivelmente reagindo à prisão de Henrique Galvão, amigo de longa data, escreve algumas linhas sobre o carácter autoritário de Salazar; se não é a primeira demonstração do começo do afastamento, é certamente das primeiras. Medeiros Ferreira dirá mais tarde, num suplemento do jornal "Publico", que já em 1956 Humberto Delgado seria falado como possível contrapeso ao excessivo e concentrado poder de Salazar e do seu Ministro Santos Costa. Assassínio 1965 - O crime da PIDE A PIDE, que já no Brasil fizera uma tentativa de assassinar Humberto Delgado, infiltrou certos círculos da oposição mantendo uma apertada vigilância sobre todos os movimentos do líder da oposição portuguesa no exílio. Uma intensa campanha de descrédito e de isolamento, alimentada pelos serviços secretos, fomentou, gradualmente, ao longo de um período de cinco anos, a criação de uma rede de informadores que conseguiu obter a confiança do General. Foi assim que ele consentiu no encontro de Badajoz em Fevereiro de 1965. Convencido que se ia reunir com oficiais portugueses interessados em derrubar o regime, Humberto Delgado foi de facto ao encontro da morte. Uma brigada da PIDE chefiada pelo inspetor Rosa Casaco atravessou a fronteira utilizando passaportes falsos, a fim de montar a cilada que vitimaria o General. 13 de Fevereiro de 1965 é a data do encontro fatídico, marcado para os Correios de Badajoz, donde aliás enviou quatro postais para quatro amigos em quatro países diferentes e assinados com o nome de sua irmã - Deolinda. O objectivo do envio destes postais correspondia a um código, previamente combinado, que significava: 'estou vivo e não estou preso'. Foi o último sinal de vida e por isso aquela data é considerada a data do seu assassinato que se pressupõe ter ocorrido perto de Olivença. Durante dois meses de especulações e de mentiras deliberadas da imprensa portuguesa nada se soube de Humberto Delgado. A pedido do Professor Emídio Guerreiro em Paris, a Federação Internacional dos Direitos do Homem enviou a Espanha uma delegação composta por um escocês, um italiano e um francês. Estes foram confrontados com uma muralha de silêncio em Espanha. No entanto, após o seu regresso a Paris, a 24 de Abril de 1965, os membros da delegação puderam ler nos jornais as notícias da descoberta dos dois cadáveres numa campa rasa quase à superfície, perto da aldeia de Villanueva del Fresno, num caminho conhecido por Los Malos Pasos. Panteão Nacional Em 1990, dezasseis anos após o 25 de Abril de 1974 que restaurou a democracia em Portugal, o general Humberto Delgado foi postumamente elevado a marechal da Força Aérea e os seus restos mortais trasladados para o Panteão Nacional Marechal Beresford
Em 1806, participou, com o posto de Brigadeiro, na captura do Cabo da Boa Esperança, e mais tarde, em 27 de Julho, ocupou a cidade de Buenos Aires. O levantamento da população da colónia espanhola em Agosto obrigou-o à capitulação, tendo sido feito prisioneiro. Conseguiu fugir seis meses mais tarde, regressando a Inglaterra. Em finais de 1807, devido à invasão de Portugal pelo exército de Junot, ocupou a ilha da Madeira, sendo promovido a Major-General em Abril de 1808. Foi transferido para o exército que desembarcou em Portugal em Agosto desse ano, chegando a Lisboa, já liberta da ocupação francesa, em Setembro. Mais tarde, comandou uma Brigada do Exército britânico que, sob o comando de John Moore, foi enviado para Espanha, tendo participado na Batalha da Corunha. Escolhido pelo governo britânico para comandar o Exército português, é-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército. A sua missão, ao contrário do que se afirma, não foi tanto a de reorganizar o exército, mas sim a de compatibilizar a organização e a táctica existentes no exército português com a britânica, permitindo uma atuação conjunta no campo de batalha. É mais tarde que os seus poderes serão alargados, por meio da Carta Régia de 18. , que lhe permitirá propor mudanças na estrutura do exército, assim como das Milícias e das Ordenanças, sem que estas tenham de passar pelo Conselho de Regência, e pelo crivo de D. Miguel Pereira Forjaz. General com poucas qualidades para o comando em campanha, as suas falhas neste aspecto são conhecidas, sobretudo o seu incompetente posicionamento das forças aliadas na preparação da Batalha de Albuera em 1811; batalha que ganhou devido à iniciativa individual dos seus subordinados. Mas já durante a campanha de 1809 contra Soult tinha mostrado dificuldade em tirar partido de uma situação favorável, ao não apoiar convenientemente o general Silveira, na luta que este travava contra o exército de Soult em retirada. Depois de Albuera, nunca mais terá um comando independente, só voltando a dirigir tropas em 1814, durante a invasão do sul de França, mas sempre sob o comando direto e preocupado de Wellington. Com o fim da guerra em 1814 mantêm-se no comando do Exército português. Devido ao regresso de Napoleão a França em 1815, tenta organizar uma força expedicionária para se reunir ao exército britânico nos Países Baixos, que se preparava para invadir a França, não conseguindo os seus intentos devido à oposição da Regência. Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General. Devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido desembarcar em Portugal, quando chegou a Lisboa em Outubro vindo do Brasil. Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite. Foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com um título equivalente em Portugal ao posto militar de Diretor do Arsenal. Gomes Freire de Andrade
Regressou a Lisboa em Setembro, promovido a tenente do mar da Armada Real, e em Abril de 1788 voltou ao antigo regimento no posto de sargento-mor. Tendo alcançado licença para servir no exército de Catarina II, em guerra contra a Turquia, partiu para a Rússia. Em São Petersburgo conquistou as maiores simpatias na corte e da própria imperatriz. Na campanha de 1788-1789, comandada pelo príncipe Potemkin, distinguiu-se nas planícies do rio Danúbio, na Guerra da Criméia e, sobretudo, no cerco de Oczakow, alegadamente o primeiro a entrar na frente do regimento quando a praça se rendeu em 17 de outubro de 1788, depois de cerco prolongado. Na hora das condecorações esqueceram-se dele, negando-lhe a Comenda de São Jorge. Contudo, Gomes Freire protestou, pediu atestados de heroísmo ao coronel Markoff, e a imperatriz condescende, atribuindo-lhe o posto de coronel do seu exército que, em 1790, lhe foi confirmado no exército português, mesmo ausente. Depois, na esquadra do príncipe de Nassau, salvou-se milagrosamente durante a batalha naval de Schwensk, quando os canhões suecos afundaram a "bateria flutuante" que ele comandava. Perdeu-se toda a tripulação, mas Gomes Freire conseguiu salvar-se, acabando por receber o hábito de São Jorge, uma das Ordens mais importantes da Rússia, não das mãos da imperatriz, como se tem dito, mas sim do príncipe de Nassau, em nome da imperatriz. Houve rumores de simpatia e entusiasmo da czarina por Freire de Andrade, aparentemente confirmado pelas desinteligências entre ele e o príncipe de Potemkin, favorito conhecido. Voltou a Lisboa, nomeado coronel do regimento do marquês das Minas, prestes a embarcar para a Catalunha, na divisão que Portugal enviava auxiliar a Espanha contra a República francesa e a que chegou em 11 de Novembro de 1793, seguindo por terra. Em Arles, acampou em quartéis de inverno o seu Regimento e o de Cascais, que constituíam a 2ª Brigada, comandada por ele. Segundo Latino Coelho, começa aí a evidenciar-se o espírito indisciplinado e irrequieto de Gomes Freire; desordeiro e intrigante, "o ânimo altivo do coronel, avesso, como era a toda a sujeição, difundia na divisão auxiliar o fermento da indisciplina". Mas, apesar das vitórias do exército hispano-português sobre os republicanos da Convenção, a guerra do Roussillon ia-se tornar numa armadilha: os espanhóis tinham 18 mil feridos em hospitais e os portugueses mil homens fora de combate, enquanto os franceses recebiam constantes reforços. Em 29 de Abril de 1794, o general Dugommier atacou a esquerda do exército espanhol, composta de corpos da divisão portuguesa, que sustentou o fogo do romper da manhã às 14 h, salvando o exército espanhol. Regressado a Portugal, veio a integrar a "Legião Portuguesa" criada por Junot e que, sob o comando do marquês de Alorna, partiu para França em Abril de 1808, onde foi recebida por Napoleão Bonaparte no dia 1º de Junho. Participou na campanha da Rússia. Acabou enforcado em frente da fortaleza de São Julião da Barra, em 18 de Outubro de 1817, após a descoberta de uma conspiração contra a regência, em que pontificava o seu primo Miguel Pereira Forjaz, a quem se tinha sempre oposto, do Rossilhão a 1808, e com quem tinha convivido desde os quartéis do regimento de Peniche. Durante a República o dia da sua morte foi feriado nacional. Outros Trabalhos Relacionados
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