Estética

Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção, sensação)

A Estética é uma disciplina filosófica que se ocupa do estudo do Belo e da Arte e de todos os temas que se declinam a partir daqui. É uma das matérias mais difíceis de tratar em filosofia visto o Belo estar muito ligado à sensibilidade e usarem as artes um discurso metafórico e simbólico, ao contrário da filosofia, que busca o desenvolvimento racional através de um discurso esvaziado de equívocos. Enquanto a Arte é um pensamento divergente, a filosofia orienta-se para a convergência, o que parece pôr ambos os saberes de costas um para o outro. O termo filosofia estética é contemporâneo, antigamente entre os gregos usava-se o termo poética (poeisis) - criação, fabricação -, que era aplicado à poesia e a outras artes. Aos poucos, a estética passou a abranger toda a reflexão filosófica que tem por objeto as artes em geral ou uma arte específica. Contemporaneamente, sob uma perspectiva fenomenológica, não existe mais a ideia de um único valor estético (o belo) a partir do qual julgamos todas as obras de arte. Cada objecto artístico estabelece seu próprio tipo de beleza, ou seja, o tipo de valor pelo qual será julgado. Os objectos artísticos são belos porque são autênticos segundo seu modo de ser singular, sensível, carregando significados que só podem ser percebidos por meio da experiência estética.
O significado da beleza e a natureza da arte têm sido objecto da reflexão de numerosos autores desde as origens do pensamento filosófico, mas somente a partir do século XVIII, com a obra de Kant, a estética começou a configurar-se como disciplina filosófica independente. os filósofos; os mais intransigentes vêem em discursos como este (que podem ser um quadro, uma melodia, uma escultura, um filme, etc.) estímulos à confusão sensual, que pode perigar numa sociedade sem interesse pela abstracção espiritual e, portanto, sem apego à regra moral, simulacro da Lei. Platão é um destes filósofos mas não se pense que esta é uma tendência que ficou na Grécia Antiga ¾ veja-se o que acontece na América, onde canções rock são censuradas e proibidas. Outros filósofos não se cansam de elogiar o estilo artístico porque, segundo eles (Nietzsche à frente da lista), ao contrário da metáfora, que tenta acompanhar a realidade no seu fluir constante, assim como a especificidade disto ou daquilo (o particular e contingente, único), o conceito é uma metáfora morta, uma tentativa desesperada de aprisionar a realidade num quadro de coordenadas geométrico-matemáticas, em vez de vivê-la, de pactuar com ela. Portanto, o conceito é uma mentira, tal e qual como se tivéssemos um filme (a vida), transformado em slides imóveis (a filosofia). Há ainda outros filósofos que estão convencidos que a arte é um conhecimento como outro qualquer, com um conjunto de regras tão válidas e rigorosas como o da ciência, por exemplo, se bem que pareçam mais difíceis de estudar. Esta tendência, que nasceu com Wittgenstein. Ciência da criação artística, do belo, ou filosofia da arte, a estética tem como temas principais a génese da criação artística e da obra poética, a análise da linguagem artística, a conceituação dos valores estéticos, as relações entre forma e conteúdo, a função da arte na vida humana e a influência da técnica na expressão artística. Estudar a beleza no decorrer dos tempos tem se tornado uma obsessão para alguns, pois o homem por natureza sempre se interessou pela sua estética, pelas maquiagens, pela busca do corpo perfeito. O BELO é um conceito inexplicável, que só pode ser sentido ou experimentado. É subjectivo, é uma reacção de um modo estético. Segundo Kant, para avaliarmos algo, devemos “abandonar” todos os factores pessoais que nos possam influenciar para podermos concluir se o objecto em vista é dotado de beleza ou não.
A arte resume-se à busca de prazer a satisfação, ao estado de se dedicar a algo em virtude da natureza humana e, portanto, não pela utilidade ou conhecimento.
A arte é um produto dos processos mentais do Homem, que nasce da nossa vivência, sendo uma experiência única, irredutível e que responde a estímulos naturais. A arte exprime aquilo que se passa na mente do artista, do criador; a música de Mozart comunica a intuição de Mozart ao público que tenta recriar a emoção original da música. Temos outros tipos de artes que são: Cinema, bailado, pintura, arquitectura, escultura, ópera, tragédia. Vários nomes da arte como: Picasso, Mozart, Chopin, Goya, William Shakespeare, a fotografia, quando é realista, a pintura, quando é quase fotográfica.
Algo admirável sobre o estudo da filosofia estética é que, podemos ficar mais sensíveis quanto a contemplação, a partir de quando temos o conhecimento básico, creio que era isto que os filósofos, quando levantaram este questionamento estavam querendo despertar dentro de cada um de nós, não sei se seria possível uma academia para se estudar, ou melhor, despertar o interesse do belo, das artes em geral em nós, no entanto, posso afirmar que com um pouco de esforço podemos ver o mundo as artes e tudo ao nosso redor com uma perspectiva de olhar diferente. Os valores artísticos relacionam-se com os valores económicos, sociais, políticos e religiosos, no caso da Arte, ela compra-se e vende-se e os preços podem atingir somas exorbitantes. Alguns destes objectos têm um valor hoje que não tiveram na altura em que foram criados (tome-se o caso de Van Gogh) e outros perdem-no rapidamente (a pintura neo-figurativa dos anos 80). Os poetas e escritores, sempre tiveram a tendência para se apresentar como profetas da Verdade. Quase todas as culturas se fundamentam em discursos poéticos e proféticos (as palavras poeta e profeta têm o mesmo étimo). É o caso da helénica, baseada em Homero, da cristã, baseada na Bíblia; no Bhagavad Guitá, para a Índia, do Corão para os muçulmanos, etc. Ora, a filosofia aparece na Grécia bastante como discurso adversário da poesia, considerada como lei fundamental do Estado, ponto de partida para a religião, para a educação e para o pensamento em geral.

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