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Apontamentos e Resumos de Biologia - 12º Ano |
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Reprodução Humana Autores: Inês Salgado Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 29/07/2011 Apresentação: Resumo/Apontamentos sobre Reprodução Humana, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (12º ano). Ver Apontamento/Resumo Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Morfofisiologia do Aparelho Reprodutor Masculino Testículos: · Estão situados numa bolsa no exterior da cavidade abdominal do corpo (escroto); · São glândulas mistas ovóides com cerca de 5 cm de comprimento; · São limitados por um invólucro fibroso; · São responsáveis pela formação dos espermatozóides e pela produção de hormonas masculinas; · Onde ocorre a espermatogénese; · Constituídos por túbulos seminíferos enovelados. Tubos Seminíferos: · Constituintes dos testículos, enrolados, rodeados por várias camadas de tecido conjuntivo (a túnica albugínea ou cápsula fibrosa) que dá origem a vários septos, dividindo os testículos em vários lóbulos; · Cada lóbulo testicular contém dois ou três tubos seminíferos; · Convergem para a zona posterior do testículo, formando a rede testicular, de onde saem cerca de 15 canais que se vão ligar ao epidídimo; · É possível distinguir células germinativas (que irão dar origem aos espermatozóides); · É possível distinguir células somáticas (células de Sertoli), que auxiliam e controlam o processo de maturação das células germinativas, segregando substâncias necessárias para a sua nutrição e diferenciação. Controlam a espermatogénese e isolam os espermatozóides do sistema imunitário. · Entre estes, distinguem-se células intersticiais de grande tamanho (células de Leydig) que produzem a testosterona, como outras hormonas. São células, responsáveis, também, pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Epidídimos: · Órgãos (um por cada testículos) que se situam no bordo posterior dos testículos, para onde convergem os tubos seminíferos; · Onde ocorre a acumulação, reciclagem e maturação de espermatozóides; · Controlam o fluído tubular; · São tubos enovelados, com cerca de 6 m de comprimento; · Comunicam com o canal deferente respectivo; · A passagem do esperma pelo epidídimo dura cerca de 20 dias, onde os espermatozóides vão ganhando mobilidade e capacidade fecundativa. Canais Deferentes: · São canais com cerca de 40 cm que dão continuidade ao epidídimo; · Fazem a condução dos espermatozóides e recebem as secreções das glândulas anexas; · Partem do testículo e rodeiam a bexiga urinária, atrás da qual cada um deles se a um canal da vesícula seminal, formando um curto canal ejaculatório; · O esperma passa através dos canais deferentes graças à contracção das paredes musculosas destes ductos; · Abrem para a uretra (canal comum ao sistema urinário e reprodutivo, inicia-se na bexiga e conduz a urina e o esperma para o exterior; com cerca de 20 cm, prolonga-se pelo pénis). Vesículas Seminais: · Par de glândulas em forma de saco; · Situam-se nas extremidades dos canais deferentes; · Produzem um líquido alcalino que contém frutose (que serve de nutriente aos espermatozóides), enzimas e hormonas, contribuindo com cerca de 60% do volume total de esperma; · O líquido seminal é conduzido até à uretra através do canal ejaculatório. Glândulas de Cowper: · Produzem uma secreção que lubrifica a uretra durante o acto sexual; · São do tamanho de ervilhas situadas na base do pénis, lateralmente à uretra, debaixo da próstata; · Abrem na uretra onde lançam um muco alcalino (lubrificante) que ajuda a neutralizar os ácidos urinários e lubrifica a glande; · As secreções do líquido prefazem 10% do esperma. Próstata: · É a maior glândula acessória; · Órgão que se situa na base da bexiga e que envolve a porção inicial da uretra; · Tem a forma de uma castanha e é constituída por inúmeras glândulas que terminam em canais prostáticos que abrem directamente na uretra; · Produz uma secreção alcalina que facilita o movimento dos espermatozóides e contém vários compostos, entre os quais o ião citrato e enzimas anticoagulantes; · O suco prostático constitui cerca de 30% do volume total do esperma; · Também permite a passagem para a uretra de urina proveniente da bexiga urinária; · Controla a alternância da passagem de produtos dos sistemas urinário e reprodutor. Pénis: · É um órgão constituído por três cilindros de tecido esponjoso eréctil: corpo esponjoso e corpos cavernosos; · Órgão Copulador cilíndrico; · Transfere os espermatozóides para o sistema reprodutor feminino, durante a cópula; · Na extremidade do pénis situa-se a glande, rica em terminações nervosas, que apresenta no seu vértice o meato urinário, onde se abre a uretra; · A glande é recoberta por uma prega de pele denominada prepúcio. Escroto: · É uma prega externa da superfície corporal que permite manter os testículos fora da cavidade abdominal, para que estes estejam a uma temperatura favorável à espermatogénese. Morfofisiologia do Aparelho Reprodutor Feminino Ovários: · Glândulas do tamanho de amêndoas cobertas pelo pavilhão das Trompas de Falópio; · Glândulas mistas que produzem os gâmetas e hormonas femininos; · Localizam-se na parte inferior da cavidade abdominal; · Estão ligados ao Útero por pregas de tecido conjuntivo (mesentério); · Atingem o seu volume máximo no início da puberdade; · Contém numerosos folículos, que encerram os oócitos. Trompas de Falópio ou Oviductos: · Dois canais com cerca de 10 a 17 cm de comprimento que partem do útero e no final dilatam-se num pavilhão em “franjas” (pavilhão da trompa); · Onde o oócito é conduzido ao útero; · Onde ocorre a fecundação e o início do desenvolvimento embrionário; Útero: · Órgão musculoso coberto internamente por uma mucosa altamente vascularizada (endométrio); · Órgão em forma de pêra e com 7 a 8 cm de comprimento, musculoso e elástico; · A parte dilatada do útero é o corpo uterino e a parte mais estreita é o colo do útero ou cérvix; · É onde se fixa o embrião, durante a gestação (nidação). Vagina: · Canal que vai do colo do útero até o contacto com o exterior, através da vulva; · Órgão copulador feminino; · É um canal musculoso, altamente elástico, com um comprimento entre os 6 e 12 cm; · Serve como depósito de sémen, durante o acto sexual; · Por onde ocorre o nascimento do bebé e por onde passa o ciclo menstrual. Lábios: · Pregas cutâneas que cobrem a vulva (conjunto dos órgãos externos femininos); · Dois maiores – Grandes Lábios; · Dois menores – Pequenos Lábios; · Recobrem os orifícios urinário e genital; · Os grandes lábios prolongam se do monte de Vénus até ao períneo e têm uma função de protecção dos restantes órgãos sexuais; · Os pequenos lábios delimitam uma região chamada vestíbulo. Clítoris: · Pequeno órgão sensível, de estrutura semelhante ao pénis; · Situa-se na união dos lábios menores, na parte superior; · É altamente eréctil e enervado, desempenhando um papel importante na estimulação sexual da mulher. Vestíbulo: · Região onde se situam as aberturas vaginal e uretral (meato urinário), bem como as aberturas das glândulas de Bartholin (segregam um muco destinado à lubrificação do vestíbulo). Orifício Genital: · Comunicação da vagina com o exterior por onde é expulsa a menstruação; · Se houver fecundação e gravidez, o bebé sairá também por este orifício. Gametogénese A gametogénese é o conjunto de fenómenos que ocorre nas gónadas e que conduz à formação dos gâmetas. No homem, denomina-se espermatogénese; na mulher, oogénese. A espermatogénese ocorre nos tubos seminíferos dos testículos. Inicia-se na puberdade e prolonga-se para toda a vida, de modo contínuo. É um processo centrípeto (realiza-se da periferia para o lúmen) e compreende 4 fases sucessivas. Fase da Multiplicação: entre as células de Sertoli encontram-se as espermatogónias (células germinativas), que se dividem continuamente por mitose aumentando em número. Ocorre a partir da puberdade. Todas as células resultantes são diplóides (2n). Fase do Crescimento: algumas espermatogónias iniciam um período de intensa biossíntese, aumentam de tamanho e acumulam substâncias de reserva, originando os espermatócitos I (de 1ª ordem). Fase de Maturação: Cada espermatócito I divide-se, por meiose. Da primeira divisão, resultam dois espermatócitos II (haplóides, n). Cada espermatócito II sofre a segunda divisão meiótica e dá origem a dois espermatídeos (n). Fase de Diferenciação ou Espermiogénese: Os espermatídeos sofrem um processo de transformação em espermatozóides, que conduz à grande perda de citoplasma, diferenciação do flagelo a partir dos centríolos e reorganização dos organelos citoplasmáticos. As células de Sertoli recebem testosterona produzida pelas células de Leydig para a qual possuem receptores, e controlam o processo de espermatogénese. A oogénese é um conjunto de fenómenos que ocorre nos ovários, no interior de folículos ováricos, e conclui-se nas Trompas de Falópio, no momento da fecundação. Tem início durante o desenvolvimento embrionário e pode ocorrer até à menopausa. Sistematiza-se em 4 importantes fases. A fase de multiplicação deixa de ocorrer ainda durante a vida fetal. Os fenómenos da oogénese, não ocorrem de modo contínuo, e iniciam-se durante o desenvolvimento embrionário, no epitélio germinativo da zona cortical do ovário. Fase de Multiplicação ou Proliferativa: nesta fase as oogónias (células germinativas, 2n), multiplicam-se, por mitoses sucessivas e originam milhares de oogónias, durante o desenvolvimento embrionário. Fase de Crescimento: as oogónias crescem por acumulação de substâncias de reserva originando os oócitos I, que se rodeiam de células foliculares, originando os folículos primordiais. Quando se dá o nascimento da mulher, o crescimento dos ovócitos é bloqueado, assim como a divisão meiótica (que se encontra em profase I). Fase de Repouso: os folículos primordiais, contendo os oócitos I em profase I, permanecem inactivos desde o nascimento até à puberdade. A maioria dos folículos primordiais degenera. Fase de Maturação: a partir da puberdade, alguns oócitos I que continuam a sua evolução, vão aumentando de volume, através da elaboração de reservas, enquanto o folículo onde se incluem vai evoluindo para primário, secundário e maduro ou de Graaf. No interior do folículo de Graaf, o oócito I é libertado na cavidade folicular, ao mesmo tempo que retoma a primeira divisão meiótica. A divisão do citoplasma (gemiparidade) é desigual, resultando um oócito II (n), de grandes dimensões e um primeiro glóbulo polar, de pequenas dimensões. O oócito II inicia a segunda divisão meiótica, que pára na metáfase II. É quando o folículo de Graaf rompe até à superfície do ovário, e ocorre a ovulação, sendo libertados o oócito II e o glóbulo polar para o pavilhão das trompas de Falópio. Se não ocorrer fecundação, o oócito II acaba por degenerar e é eliminado. S houver fecundação, completa-se a segunda divisão da meiose e formar-se-ão um óvulo e um glóbulo e um segundo glóbulo polar. Os espermatozóides são células haplóides móveis altamente diferenciadas, constituídas por cabeça (que contém o núcleo, coberto pelo acrossoma que resulta da fusão das vesículas do aparelho de Golgi), segmento intermediário (que contém principalmente mitocôndrias) e a cauda (que contém o flagelo que está ligado a um dos centríolos, assegurando a mobilidade). A energia necessária para este movimento provém das mitocôndrias do segmento intermediário. Os espermatozóides só se tornam fecundos e móveis depois de percorrerem o epidídimo. Aqui, os espermatozóides são revestidos por um “invólucro” proteico que os protege nas vias genitais femininas particularmente no que diz respeito às variações de pH. Os folículos podem ser classificados, com base no seu desenvolvimento, em: Folículo primordial: . Formam-se durante a vida embrionária para toda a vida; . Constituído por uma célula germinativa (oócito), rodeada por células foliculares achatadas; . O feto possui, nos ovários, milhões destes folículos, que começa a degenerar nos meses seguintes (atresia folicular) Folículo Primário: . A partir da puberdade e aproximadamente uma vez por mês, um folículo primordial começa a crescer dentro de um dos ovários; . As células foliculares multiplicam-se e formam uma única camada de células. Folículo Secundário: . Os folículos primários continuam a crescer devido ao contínuo crescimento do oócito I e à proliferação das células foliculares que originam a camada granulosa. . Entre o oócito I e a camada granulosa, forma-se uma camada acelular, constituída apenas por substâncias orgânicas chamada zona pelúcida; . A rodear o folículo surge uma outra camada de células chamada teca. Folículo Maduro ou de Graaf: . Possuem um diâmetro de 16 a 25 mm e têm o aspecto de uma vesícula transparente que se salienta à superfície do ovário; . As cavidades existentes na camada granulosa continuam a aumentar de tamanho até que originam uma cavidade folicular cheia de um líquido folicular; . A camada granular inclui um conjunto de células a rodear o oócito II, pronto a ser libertado; . O crescimento do folículo de Graaf causa uma saliência na superfície do ovário, que acaba por causar a sua ruptura e libertar o oócito II (ovulação) Após a ovulação, a parede o ovário cicatriza. As células que permaneceram no folículo proliferam, aumentando de tamanho e adquirem função secretora. O citoplasma destas células é amarelo, pelo que este conjunto de células se designa corpo amarelo ou corpo lúteo. Controlo Hormonal O funcionamento dos sistemas reprodutores depende de mecanismos neurológicos e hormonais. Os mecanismos hormonais que os regulam envolvem o complexo Hipotálamo-Hipófise e as gónadas através de processos de feedback. Regulação Hormonal no homem Os testículos são glândulas mistas que além de produzirem espermatozóides, produzem hormonas (androgénios), principalmente a testosterona. Esta hormona segregada pelas células de Leydig possui várias funções: . Actua sobre os tubos seminíferos, activando a espermatogénese; . Contribui para a manutenção dos caracteres sexuais secundários. Durante o desenvolvimento embrionário, o feto já produz testosterona, mas esta aumenta e regula-se significativamente na puberdade. Sendo o seu teor, a partir da puberdade, sensivelmente constante. A produção de hormonas nos testículos é controlada pelo complexo Hipotálamo-Hipófise, ou seja pelas hormonas produzidas por este. O Hipotálamo produz GnRH que estimulam o lobo anterior da Hipófise a produzir FSH (folículo-estimulina) e LH (lúteo-estimulina ou hormona luteinizante), que vão actuar nas células dos testículos. A FSH tem como células-alvo as células dos tubos seminíferos, estimulando a espermatogénese. A LH tem como células-alvo as células de Leydig, onde estimula a produção de testosterona. Quando existe uma elevada concentração de testosterona no sangue vai influenciar o Hipotálamo, que vai reduzir a produção de GnRH. Por sua vez a diminuição de GnRH inibe a hipófise, que deixa de produzir gonadotropinas, e consequentemente à diminuição de produção de testosterona. Este processo chama-se retroalimentação negativa. A produção de testosterona é influenciada por factores externos como por exemplo a luz e factores nervosos. Regulação Hormonal na mulher A regulação hormonal na mulher é muito diferente e muito mais complexa da que se verifica no homem. O funcionamento do sistema reprodutor feminino caracteriza-se por uma actividade cíclica desde a puberdade até à menopausa, sendo o padrão de secreção hormonal e os eventos reprodutivos regulados pelas hormonas cíclicos. Este padrão rítmico constitui o ciclo sexual, cuja duração média é de 28 dias e, por convenção, o primeiro dia corresponde ao primeiro dia da menstruação. Estas alterações são particularmente evidentes ao nível dos ovários (ciclo ovárico) e do útero (ciclo uterino). Ciclo Ovárico Cada ciclo ovárico é caracterizado por duas fases, separadas pela ovulação: . A fase folicular caracteriza-se pelo crescimento de alguns folículos primordiais, dos quais apenas um, normalmente, atinge a maturação, visto que os restantes degeneram (atresia folicular). Esta fase termina com a ovulação (em média ao 14º dia). . A fase luteínica é caracterizada pela formação do corpo amarelo, que regride no caso de não ocorrer fecundação. Os ciclos ováricos, normalmente, ocorrem alternadamente em cada um dos ovários. Ciclo Uterino Paralelamente ao ciclo ovárico, ocorre um ciclo uterino ou menstrual, ao longo do qual se dão alterações ao nível do endométrio. Este ciclo ocorre em três fases: . Na fase proliferativa, entre o 5º e o 14º dia, ocorre uma proliferação das células do endométrio, devido ao aumento da taxa de estrogénios. Esta mucosa vai-se regenerando e vascularizando. No final desta fase (14º dia) ocorre a ovulação. . Na fase secretora, após a ovulação, o endométrio atinge a sua máxima espessura, fica mais vascularizado e desenvolve glândulas que segregam um fluído rico em glicogénio. . Na fase menstrual, caso não ocorra fecundação, o corpo lúteo atrofia degenera, deixando de segregar progesterona e estrogénio. A diminuição da concentração destas hormonas no sangue provoca a destruição da maior parte da camada funcional do endométrio. A consequente ruptura dos vasos sanguíneos provoca hemorragias. O sangue, juntamente com os restos da mucosa, forma um fluxo que dura cerca de 5 dias e se denomina menstruação. No caso de ocorrer fecundação, o endométrio apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento embrionário. Outros Trabalhos Relacionados
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